É um inibidor seletivo da recaptação de norepinefrina indicado para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.
Atentah é um medicamento inibidor seletivo da recaptação da norepinefrina (hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais). É utilizado no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Atentah pode ajudar a aumentar a atenção e diminuir a impulsividade e hiperatividade em pacientes com TDAH.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Atentah pode ser administrado com ou sem alimentos. As cápsulas devem ser tomadas inteiras com algum líquido e não devem ser abertas, divididas, trituradas, mastigadas ou dissolvidas. O tratamento com Atentah pode ser descontinuado sem redução gradativa de dose.
A atomoxetina é um irritante ocular. As cápsulas de Atentah não devem ser abertas. No caso de o conteúdo da cápsula entrar em contato com os olhos, estes devem ser enxaguados imediatamente com água e o médico deve ser consultado. As mãos e superfícies potencialmente contaminadas devem ser lavadas o mais rápido possível.
Atentah deve ser iniciado com uma dose diária total de aproximadamente 0,5 mg/kg e aumentada após um mínimo de 3 dias para uma dose diária total de aproximadamente 1,2 mg/kg administrado como uma dose única diária pela manhã ou em doses uniformemente divididas pela manhã e no final da tarde/início da noite. Nenhum benefício adicional foi demonstrado para doses superiores a 1,2 mg/kg/dia.
A dose diária total em crianças e adolescentes não deve exceder 1,4 mg/kg ou 100 mg, o que for menor.
Atentah deve ser iniciado com uma dose diária total de 40 mg e aumentado, após um mínimo de 3 dias, para uma dose diária total de aproximadamente 80 mg administrada como uma dose diária única pela manhã ou em doses igualmente divididas pela manhã e ao final da tarde/início da noite. Após 2 a 4 semanas adicionais, a dose pode ser aumentada até um máximo de 100 mg em pacientes que não alcançaram uma resposta ótima. Não há dados que apoiem o aumento da eficácia em doses mais altas.
A dose diária total máxima recomendada em crianças e adolescentes com mais de 70 kg e adultos é de 100 mg.
O tratamento do TDAH com medicamentos pode ser necessário por longos períodos. Os pacientes que utilizaram Atentah na fase de manutenção geralmente continuaram com a mesma dose usada para obter uma resposta na fase aguda. O médico que optar por prescrever Atentah por longos períodos deve reavaliar periodicamente a necessidade do uso a longo prazo do medicamento pelo paciente.
Em crianças e adolescentes com até 70 kg de peso corporal que estejam utilizando medicamentos inibidores fortes do CYP2D6 (por exemplo, paroxetina, fluoxetina e quinidina) ou em pacientes conhecidos por serem metabolizadores pobres (MPs) de CYP2D6, Atentah deve ser iniciado com 0,5 mg/kg/dia e apenas aumentado para a dose alvo usual de 1,2 mg/kg/dia se os sintomas não melhorarem após 4 semanas e a dose inicial for bem tolerada.
Em crianças e adolescentes com peso corporal acima de 70 kg e adultos que estejam utilizando medicamentos inibidores fortes do CYP2D6 (por exemplo, paroxetina, fluoxetina e quinidina), Atentah deve ser iniciado com 40 mg/dia e apenas aumentado para a dose alvo usual de 80 mg/dia se os sintomas não melhorarem após 4 semanas e a dose inicial for bem tolerada.
Indivíduos metabolizadores extensivos (EMs) com doença renal em fase terminal apresentaram exposição sistêmica à atomoxetina mais alta que indivíduos sadios (aumento de cerca de 65%), mas não houve diferença quando a exposição foi corrigida para dose em mg/kg. Portanto, Atentah (atomoxetina) pode ser administrado em pacientes com TDAH e doença renal em fase terminal ou insuficiência renal em graus menores na posologia recomendada para pacientes com função renal normal. Atentah (atomoxetina) pode exacerbar a hipertensão em pacientes com doença renal em fase terminal.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Caso você esqueça de tomar Atentah no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que possível, não ultrapassando a dose total recomendada pelo médico para um período de 24 horas. Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento duas vezes para compensar doses esquecidas.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Informe ao médico se houver histórico familiar de doença bipolar (doença maníaco-depressiva) e se o paciente teve pensamentos ou ações suicidas antes de iniciar o tratamento com Atentah.
A chance de pensamentos e ações suicidas pode ser maior no início do tratamento com Atentah e durante os ajustes de dose.
A família ou cuidadores de crianças e adolescentes devem prestar muita atenção ao humor, comportamento, pensamentos e sentimentos da criança ou adolescente durante o tratamento com Atentah para evitar pensamentos e ações suicidas.
Fale com o médico da criança ou adolescente imediatamente se eles apresentarem algum dos sinais acima, especialmente se forem novos, repentinos ou graves. A criança ou o adolescente devem ser acompanhados de perto para detectar pensamentos e ações suicidas ou para identificar a necessidade de uma mudança no medicamento.
O uso do medicamento deve ser interrompido e não reiniciado em pacientes com icterícia (amarelamento dos fluidos e tecidos do organismo devido à alteração da produção de uma substância chamada bilirrubina) ou evidências laboratoriais de lesão do fígado. O medicamento pode causar lesão no fígado em alguns pacientes. Entre em contato com seu médico imediatamente se você ou o seu filho apresentarem os seguintes sinais de problemas no fígado: coceira, dor na parte superior direita da barriga, urina escura, pele ou olhos amarelos, sintomas semelhantes aos da gripe inexplicáveis.
Crianças, adolescentes ou adultos que estão sendo considerados para tratamento com atomoxetina devem passar por um exame físico e de histórico cuidadoso [incluindo avaliação de histórico familiar de arritmia ventricular (condição em que as câmaras inferiores do coração chamadas de ventrículos batem muito rapidamente) ou morte súbita] para avaliar a presença de doença cardíaca. Os pacientes que desenvolverem sintomas como dor no peito por esforço, síncope (perda súbita de consciência) inexplicada ou outros sintomas sugestivos de doença cardíaca durante o tratamento com atomoxetina devem ser submetidos a uma avaliação cardíaca imediata.
Informe ao médico se você ou o seu filho têm problemas no coração, pressão alta ou histórico familiar desses problemas. O seu médico deve verificar se você ou seu filho apresentam problemas no coração antes de iniciar o tratamento com Atentah.
Atentah geralmente não deve ser usado em crianças ou adolescentes com má-formação cardíaca grave conhecida, cardiomiopatia (doença no músculo cardíaco), anormalidades graves do ritmo cardíaco ou outros problemas cardíacos graves que podem colocá-los em maior vulnerabilidade aos efeitos da atomoxetina.
Durante o tratamento com atomoxetina foram relatadas morte súbita em pacientes com problemas cardíacos, acidente vascular cerebral (AVC), ataque cardíaco em adultos, aumento da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca.
O médico deve verificar regularmente a sua pressão arterial e a frequência cardíaca durante o tratamento com Atentah, pois podem ocorrer aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, bem como síncope (perda súbita de consciência) e ortostase (tontura). Usar com cautela em pacientes com hipertensão (pressão sanguínea muito alta), taquicardia (aumento da frequência cardíaca) ou doenças cardiovasculares e/ou cerebrovasculares.
Entre imediatamente em contato com o médico se você ou o paciente apresentarem quaisquer sinais de problemas no coração, como dor no peito, falta de ar ou desmaios durante o tratamento com Atentah.
A atomoxetina deve ser usada com cautela em pacientes com hipertensão (pressão sanguínea muito alta), taquicardia (aumento da frequência cardíaca) ou doença cardiovascular (doença que atinge vasos sanguíneos do coração) ou cerebrovascular (doença que atinge vasos sanguíneos do cérebro), cujas condições médicas anteriormente citadas podem ser agravadas por aumentos na pressão arterial ou frequência cardíaca. O pulso e a pressão arterial devem ser medidos no início do tratamento, após aumentos da dose de atomoxetina e periodicamente durante o tratamento para detectar possíveis alterações clinicamente importantes.
Sintomas psicóticos como, por exemplo, ouvir vozes, suspeitar ou acreditar em coisas que não são verdadeiras ou sintomas maníacos (alterações de humor e/ou intensa euforia) podem aparecer durante o tratamento.
Informe imediatamente o médico sobre quaisquer novos sintomas mentais porque pode ser necessário considerar o ajuste de dose ou a interrupção do tratamento com Atentah.
Deve-se ter cuidado no tratamento de TDAH em pacientes com transtorno bipolar. Por isso, deve ser feita a avaliação destes pacientes para evitar a possível indução de um episódio misto/maníaco em pacientes com risco de transtorno bipolar.
Pacientes em tratamento para TDAH devem ser monitorados quanto ao aparecimento ou agravamento de comportamento agressivo ou hostilidade.
Podem ocorrer reações alérgicas, incluindo reações anafiláticas (reações alérgicas graves), edema angioneurótico (inchaço nas camadas da pele que ocorre principalmente no rosto, mãos e pés), urticária (alergia na pele) e erupção cutânea (alterações na pele geralmente caracterizadas por irritação e/ou vermelhidão).
Podem ocorrer hesitação urinária (dificuldade para urinar) e retenção urinária (incapacidade de esvaziar a bexiga completamente) associadas ao uso de atomoxetina.
É necessária atenção médica imediata em caso de suspeita de priapismo (ereção peniana prolongada dolorosa ou não dolorosa).
A altura e peso devem ser monitorados em pacientes pediátricos que estejam fazendo tratamento com atomoxetina.
Atentah 18 mg: Contém os corantes amarelo de quinolina e amarelo crepúsculo que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
Atentah 25 mg: Contém os corantes azul brilhante e vermelho allura 129 que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
Atentah 40 mg: Contém os corantes azul brilhante e vermelho allura 129 que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
Atentah 60 mg: Contém os corantes azul brilhante, vermelho allura 129, amarelo de quinolina e amarelo crepúsculo que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
Atentah 80 mg: Contém os corantes azul brilhante, vermelho allura 129 e amarelo de quinolina que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
Não foram realizados estudos apropriados e bem controlados com atomoxetina em mulheres grávidas. Atentah (atomoxetina) não deve ser usado durante a gravidez, a menos que o benefício esperado justifique o risco potencial para o feto.
Não existem dados sobre a presença de atomoxetina ou de seu metabólito no leite humano, dos efeitos na criança amamentada ou na produção de leite. A atomoxetina está presente no leite de animais e é provável que esteja presente no leite humano.
Os benefícios para o desenvolvimento e a saúde da criança em fase de amamentação devem ser considerados juntamente com a necessidade clínica do uso do medicamento Atentah para a mãe assim como quaisquer potenciais efeitos adversos do medicamento sobre a criança ou da condição materna subjacente.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso de atomoxetina em uma criança ou adolescente deve ser avaliado considerando a relação entre os potenciais riscos e a necessidade clínica para o paciente.
A atividade da atomoxetina em crianças e adolescentes é semelhante à dos adultos. A segurança, eficácia e atividade de atomoxetina em pacientes pediátricos com menos de 6 anos de idade não foram avaliadas.
A segurança, eficácia e farmacocinética de Atentah em pacientes geriátricos não foram avaliadas.
Deve ser realizado o monitoramento de pacientes com insuficiência do fígado em tratamento com Atentah. O ajuste da dose é recomendado para pacientes com insuficiência do fígado moderada ou grave.
Atentah pode ser usado por pacientes com TDAH que tenham doença dos rins em estágio terminal ou graus menores de insuficiência dos rins usando o regime de dosagem normal.
O medicamento não agrava os tiques em pacientes com TDAH e Transtorno de Tourette (é uma doença neurológica que leva a pessoa a realizar atos impulsivos, frequentes e repetidos, também conhecidos como tiques) concomitantes.
O medicamento não agrava a ansiedade em pacientes com TDAH e transtornos de ansiedade concomitantes.
Gênero e origem étnica não influenciam na farmacocinética (atividade) da atomoxetina.
A atomoxetina não foi associada a um padrão de resposta que sugerisse propriedades estimulantes ou euforizantes.
Não há evidência de sintomas rebote ou reações adversas sugerindo descontinuação do medicamento ou síndrome de abstinência com o uso de atomoxetina.
Avise seu médico se você tiver bradicardia (diminuição da frequência cardíaca), insuficiência cardíaca ou outras doenças do coração, ou se você souber que tem baixo nível de potássio ou de magnésio no sangue. Avise seu médico se você estiver utilizando outros medicamentos, especialmente medicamentos que causam prolongamento do intervalo QT (alteração do ritmo do coração no eletrocardiograma), medicamentos para arritmia (para corrigir o ritmo do coração) ou medicamentos diuréticos (remédios para eliminar água do corpo).
A atomoxetina foi administrada a 5382 crianças ou adolescentes com TDAH e 1007 adultos com TDAH em estudos clínicos. Durante os estudos clínicos de TDAH, 1.625 crianças e adolescentes foram tratados por mais de 1 ano e 2.529 crianças e adolescentes foram tratados por mais de 6 meses.
As seguintes reações adversas foram relatadas durante a experiência pós-comercialização com atomoxetina. A menos que especificado de outra forma, essas reações adversas ocorreram em adultos, crianças e adolescentes. Como estas reações são notificadas a partir de uma população de dimensão incerta, nem sempre é possível estimar de forma confiável a sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Este medicamento pode aumentar o risco de alteração grave nos batimentos cardíacos, que pode ser potencialmente fatal (morte súbita).
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico acima de 6 anos.
Cloridrato de atomoxetina (equivalente a 10 mg de atomoxetina) | 11,428 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido, estearato de magnésio, gelatina e dióxido de titânio.
Cloridrato de atomoxetina (equivalente a 18 mg de atomoxetina) | 20,570 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido, estearato de magnésio, gelatina, amarelo de quinolina, amarelo crepúsculo e dióxido de titânio.
Cloridrato de atomoxetina (equivalente a 25 mg de atomoxetina) | 28,569 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido, estearato de magnésio, gelatina, azul brilhante, vermelho allura 129 e dióxido de titânio.
Cloridrato de atomoxetina (equivalente a 40 mg de atomoxetina) | 45,711 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido, estearato de magnésio, gelatina, azul brilhante, vermelho allura 129 e dióxido de titânio.
Cloridrato de atomoxetina (equivalente a 60 mg de atomoxetina) | 68,567 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido, estearato de magnésio, gelatina, azul brilhante, vermelho allura 129, amarelo de quinolina, amarelo crepúsculo e dióxido de titânio.
Cloridrato de atomoxetina (equivalente a 80 mg de atomoxetina) | 91,422 mg |
Excipientes q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido, estearato de magnésio, gelatina, azul brilhante, vermelho allura 129, amarelo de quinolina e dióxido de titânio.
A experiência em ensaios clínicos com sobredosagem com atomoxetina é limitada. Durante a pós-comercialização, foram relatados casos fatais envolvendo uma sobredosagem por ingestão mista de atomoxetina e pelo menos um outro medicamento. Não houve relatos de morte envolvendo sobredosagem apenas com atomoxetina, incluindo sobredosagens intencionais de até 1400 mg. Em alguns casos de sobredosagem envolvendo atomoxetina, foram notificadas convulsões. Os sintomas mais comumente relatados que acompanham as sobredosagens agudas e crônicas com atomoxetina foram sintomas gastrointestinais, sonolência, tonturas, tremores e comportamento anormal. Hiperatividade e agitação também foram relatadas. Também foram observados sinais e sintomas consistentes com ativação leve a moderada do sistema nervoso simpático [por exemplo, taquicardia (aumento da frequência cardíaca), aumento da pressão arterial, midríase (dilatação da pupila), boca seca]. A maioria dos eventos foram leves a moderados. Menos comumente, há relatos de prolongamento do intervalo QT e alterações mentais, incluindo desorientação e alucinações. Como a atomoxetina se liga fortemente às proteínas, a diálise provavelmente não será útil no tratamento da sobredosagem.
Não existe tratamento específico para superdose com Atentah (atomoxetina). O tratamento tem sido de suporte, incluindo o estabelecimento de uma via aérea quando necessário, monitoramento de sinais vitais e cardíacos, juntamente com medidas sintomáticas e de suporte apropriadas. A lavagem gástrica pode ser indicada se realizada logo após a ingestão. O carvão ativado pode ser útil para limitar a absorção. Como a atomoxetina é altamente ligada às proteínas, a diálise provavelmente não será útil no tratamento de superdose.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
O uso concomitante de medicamentos inibidores da monoanino oxidase (por exemplo, antidepressivos) com atomoxetina pode causar reações graves, às vezes fatais (incluindo hipertermia (aumento da temperatura corporal), rigidez, mioclonia (contrações musculares rápidas e repentinas), instabilidade autonômica com possíveis alterações rápidas dos sinais vitais e do estado mental que incluem agitação extrema que progride para delírio e coma). Alguns casos apresentaram características semelhantes à síndrome neuroléptica maligna (doença neurológica).
O uso concomitante de medicamentos inibidores da CYP2D6 (por exemplo, paroxetina, fluoxetina e quinidina) com a atomoxetina pode aumentar as concentrações sanguíneas da atomoxetina em indivíduos metabolizadores extensivos.
O uso concomitante de medicamentos anti-hipertensivos e agentes pressores (por exemplo: dopamina, dobutamina) ou outros medicamentos que aumentam a pressão arterial com a atomoxetina deve ser feito com cautela devido aos possíveis efeitos sobre a pressão arterial.
A ação do albuterol no sistema cardiovascular pode ser potencializada, resultando em aumentos da frequência cardíaca e da pressão arterial.
A atomoxetina não causou inibição clinicamente importante ou indução das enzimas do citocromo P450, incluindo CYP1A2, CYP3A, CYP2D6 e CYP2C9 (enzimas responsáveis pela metabolização da maioria dos medicamentos).
A administração concomitante de atomoxetina e midazolam resultou em um aumento da concentração sanguínea do midazolam. Nenhum ajuste de dose é recomendado para medicamentos metabolizados pelo CYP3A.
A administração concomitante de atomoxetina e desipramina não alterou a farmacocinética (atividade) da desipramina. Nenhum ajuste de dose é recomendado para medicamentos metabolizados pelo CYP2D6.
O consumo de álcool com a atomoxetina não alterou os efeitos intoxicantes do álcool.
A administração concomitante de metilfenidato com atomoxetina não aumentou os efeitos cardiovasculares além daqueles observados com metilfenidato sozinho.
A atomoxetina não afetou a ligação da varfarina, ácido acetilsalicílico, fenitoína ou diazepam à albumina humana. Da mesma forma, esses compostos não afetaram a ligação da atomoxetina à albumina humana.
Os medicamentos que aumentam o pH gástrico (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio, omeprazol) não tiveram efeito na biodisponibilidade de atomoxetina.
Não são necessários testes laboratoriais de rotina.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A eficácia de atomoxetina no tratamento do TDAH foi estabelecida em sete estudos clínicos randomizados, duplo-cegos e placebo-controlados, realizados em crianças, adolescentes e adultos, que preencheram os critérios da 4ª edição do Manual Estatístico e de Diagnóstico (DSM-IV) para o TDAH.
A eficácia de atomoxetina no tratamento do TDAH foi estabelecida em 4 estudos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo de pacientes pediátricos (idades de 6 a 18 anos). Aproximadamente um terço dos pacientes preencheram os critérios do DSM-IV para subtipo desatento e dois terços preencheram os critérios para os subtipos desatento e hiperativo / impulsivo.
Os sinais e sintomas de TDAH foram avaliados por uma comparação da mudança média da linha de base até o desfecho de pacientes tratados com atomoxetina e placebo, adotando uma análise por “intenção de tratar” para a Escala para TDAH versão IV para pais (ADHDRS), administrada e pontuada pelo investigador, incluindo a pontuação total da escala e as subescalas: hiperativo/impulsivo e desatento. Cada item na Escala de Avaliação do TDAH avalia um sintoma, de acordo com os critérios para TDAH no DSM-IV.
No Estudo 1, um estudo do tratamento agudo de 8 semanas, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, dose-resposta em crianças e adolescentes de 8 a 18 anos (N = 297), os pacientes receberam uma dose fixa de atomoxetina (0,5, 1,2 ou 1,8 mg / kg / dia) ou placebo. A atomoxetina foi administrada como uma dose dividida no início da manhã e no final da tarde / início da noite. Nas 2 doses mais altas, a melhora dos sintomas do TDAH se mostrou estatisticamente superior nos pacientes tratados com atomoxetina, comparado aos pacientes tratados com placebo, conforme medido na escala de ADHDRS. A dose de atomoxetina de 1,8 mg / kg / dia não proporcionou nenhum benefício adicional em relação ao observado com a dose de 1,2 mg / kg / dia. A dose de atomoxetina de 0,5 mg / kg / dia não foi superior ao placebo.
No Estudo 2, um estudo de tratamento agudo de 6 semanas, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com crianças e adolescentes de 6 a 16 anos (N = 171), os pacientes receberam atomoxetina ou placebo. A atomoxetina foi administrada em dose única no início da manhã e sua dose titulada com base no peso e de acordo com a resposta clínica, até uma dose máxima de 1,5 mg / kg / dia. A dose final média de atomoxetina foi de aproximadamente 1,3 mg / kg / dia. Houve uma melhora estatisticamente significativa nos sintomas do TDAH com o uso de atomoxetina comparado ao placebo, conforme escala de avaliação ADHDRS. Este estudo mostra que a atomoxetina é eficaz quando administrado uma vez ao dia pela manhã.
Em 2 estudos idênticos, de 9 semanas, agudos, randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo com crianças de 7 a 13 anos (Estudo 3, N = 147; Estudo 4, N = 144), atomoxetina e metilfenidato foram comparados com placebo. A atomoxetina foi administrada em uma dose dividida pela manhã e ao final da tarde e titulada com base no peso de acordo com a resposta clínica. A dose máxima recomendada de atomoxetina foi de 2,0 mg / kg / dia. A dose final média de atomoxetina para ambos os estudos foi de aproximadamente 1,6 mg / kg / dia. Em ambos os estudos, os sintomas de TDAH apresentaram uma melhora estatisticamente superior com atomoxetina em comparação ao placebo, conforme medido pela escala de avaliação ADHDRS.
O exame dos subconjuntos da população com base no sexo e na idade (<12 e 12 a 17) não revelou qualquer resposta diferencial com base nesses subgrupos. Não houve exposição suficiente de grupos étnicos diferentes de caucasianos para permitir a exploração das diferenças nesses subgrupos.
A eficácia da atomoxetina no tratamento de manutenção do TDAH foi estabelecida em um estudo ambulatorial de crianças e adolescentes (idades de 6 a 15 anos). Pacientes que atenderam aos critérios do DSM-IV para TDAH que mostraram resposta contínua por cerca de 4 semanas durante uma fase inicial de tratamento aberto de 10 semanas com atomoxetina (1,2 a 1,8 mg / kg / dia) foram randomizados para a continuação de sua dose atual de atomoxetina (N = 292) ou placebo (N = 124) em tratamento duplo-cego para observação de recaída. A resposta durante a fase aberta foi definida como pontuação CGI-ADHD-S ≤2 e uma redução de pelo menos 25% em relação ao valor basal em “ADHDRSIV-Parent:Inv total score”. Os pacientes que utilizaram atomoxetina e mostraram resposta contínua por aproximadamente 8 meses durante a primeira fase de tratamento duplo-cego foram novamente randomizados para a continuação de sua dose atual de atomoxetina (N = 81) ou para placebo (N = 82) sob tratamento duplo-cego para observação de recaída. A recaída durante a fase duplo-cega foi definida como aumentos de pontuação CGI-ADHD-S de pelo menos 2 desde o final da fase aberta e a pontuação total ADHDRS-IV-Parent:Inv retorna para ≥ 90% da pontuação de entrada no estudo por 2 visitas consecutivas. Em ambas as fases duplo-cegas, os pacientes que receberam tratamento contínuo com atomoxetina tiveram tempos de recaída significativamente mais longos do que aqueles que receberam placebo.
A eficácia da atomoxetina no tratamento do TDAH foi estabelecida em 2 estudos clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo de pacientes adultos, com 18 anos ou mais, que preencheram os critérios do DSM-IV para TDAH.
Os sinais e sintomas de TDAH foram avaliados usando a versão de triagem da escala de classificação de TDAH de Conners administrada pelo investigador (CAARS), uma escala de 30 itens. A medida de eficácia primária foi a pontuação total de sintomas de TDAH de 18 itens (a soma das subescalas de desatenção e hiperatividade/impulsividade do CAARS) avaliada pela comparação da alteração média do início ao final do estudo, usando a análise por intenção de tratar.
Em 2 estudos de tratamento agudo idênticos, de 10 semanas, randomizados, duplo-cegos, controlados por placebo (Estudo 5, N = 280; Estudo 6, N = 256), os pacientes receberam atomoxetina ou placebo. A atomoxetina foi administrada em uma dose dividida no início da manhã e no final da tarde / início da noite e titulada de acordo com a resposta clínica em um intervalo de 60 a 120 mg/dia. A dose final média de atomoxetina para ambos os estudos foi de aproximadamente 95 mg/dia. Em ambos os estudos, os sintomas de TDAH melhoraram de forma estatisticamente significativa no grupo que utilizou atomoxetina, conforme medido na pontuação de sintomas de TDAH da escala CAARS.
O exame dos subconjuntos da população com base no sexo e na idade (<42 e ≥42) não revelou qualquer resposta diferencial com base nesses subgrupos. Não houve exposição suficiente de grupos étnicos diferentes de caucasianos para permitir a exploração das diferenças nesses subgrupos.
O mecanismo preciso pelo qual a atomoxetina produz seus efeitos terapêuticos no Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é desconhecido, mas acredita-se que esteja relacionado à inibição seletiva do transportador de norepinefrina pré-sináptica, conforme determinado em estudos ex vivo de captação e depleção de neurotransmissores.
Uma análise de exposição-resposta abrangendo doses de atomoxetina (0,5, 1,2 ou 1,8 mg/kg/dia) ou placebo demonstrou que a exposição à atomoxetina se correlaciona com a eficácia, conforme medido pela Escala de Classificação de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade-IV-Versão dos Pais: administrado e pontuado pelo investigador. A relação exposição-eficácia foi semelhante à observada entre a dose e a eficácia.
O efeito de atomoxetina no prolongamento do QTc foi avaliado em um estudo cruzado randomizado, duplo-cego, positivo (moxifloxacina 400 mg) e controlado por placebo em homens saudáveis metabolizadores pobres de CYP2D6. Um total de 120 indivíduos saudáveis receberam atomoxetina (20 mg e 60 mg) duas vezes ao dia durante 7 dias. Não foram observadas grandes alterações no intervalo QTc (ou seja, aumentos> 60 mseg a partir da linha de base, QTc absoluto> 480 mseg) no estudo. No entanto, pequenas alterações no intervalo QTc não podem ser excluídas do estudo atual, porque o estudo falhou em demonstrar a sensibilidade do ensaio. Houve um ligeiro aumento no intervalo QTc com o aumento da concentração de atomoxetina.
A atomoxetina é bem absorvida após administração oral e é minimamente afetada pelos alimentos. É eliminado principalmente pelo metabolismo oxidativo através da via enzimática do citocromo P450 2D6 (CYP2D6) e subsequente glucuronidação. A atomoxetina tem meia-vida de cerca de 5 horas. Uma fração da população (cerca de 7% dos caucasianos e 2% dos afro-americanos) são metabolizadores pobres (PMs) de drogas metabolizadas pelo CYP2D6. Esses indivíduos têm atividade reduzida nesta via, resultando em AUCs 10 vezes maiores, pico de concentrações plasmáticas 5 vezes maiores e eliminação mais lenta (meia-vida plasmática de cerca de 24 horas) da atomoxetina em comparação com pessoas com atividade normal [metabolizadores extensivos (EMs)]. Os medicamentos que inibem o CYP2D6, como a fluoxetina, a paroxetina e a quinidina, causam aumentos semelhantes na exposição.
A farmacocinética da atomoxetina foi avaliada em mais de 400 crianças e adolescentes em estudos clínicos selecionados, principalmente utilizando estudos farmacocinéticos populacionais. Dados farmacocinéticos individuais em dose única e em estado estacionário também foram obtidos em crianças, adolescentes e adultos. Quando as doses foram normalizadas para uma base de mg/kg, valores semelhantes de meia-vida, Cmax e AUC foram observados em crianças, adolescentes e adultos. A depuração e o volume de distribuição após o ajuste para o peso corporal também foram semelhantes.
A atomoxetina é rapidamente absorvida após administração oral, com biodisponibilidade absoluta de cerca de 63% em EMs e 94% em PMs. As concentrações plasmáticas máximas (Cmax) são atingidas aproximadamente 1 a 2 horas após a administração.
Atomoxetina pode ser administrada com ou sem alimentos. A administração de atomoxetina com uma refeição padrão rica em gordura em adultos não afetou a extensão da absorção oral da atomoxetina (AUC), mas diminuiu a taxa de absorção, resultando em uma Cmax 37% mais baixa e um Tmax retardado em 3 horas. Em ensaios clínicos com crianças e adolescentes, a administração de atomoxetina com alimentos resultou numa Cmax 9% mais baixa.
O volume de distribuição no estado estacionário após a administração intravenosa é de 0,85 L/kg, indicando que a atomoxetina se distribui principalmente na água corporal total. O volume de distribuição é semelhante em toda a faixa de peso do paciente após a normalização pelo peso corporal.
Em concentrações terapêuticas, 98% da atomoxetina no plasma liga-se às proteínas, principalmente à albumina.
A atomoxetina é metabolizada principalmente pela via enzimática CYP2D6. Pessoas com atividade reduzida nesta via (PMs) têm maiores concentrações plasmáticas de atomoxetina em comparação com pessoas com atividade normal (EMs). Para PMs, a AUC da atomoxetina é aproximadamente 10 vezes e Css, max é cerca de 5 vezes maior do que EMs. A co-administração de atomoxetina com inibidores potentes do CYP2D6, como fluoxetina, paroxetina ou quinidina, resulta em um aumento substancial na exposição plasmática da atomoxetina e pode ser necessário ajuste da dose. A atomoxetina não inibiu ou induziu a via do CYP2D6.
O principal metabólito oxidativo formado, independentemente do status do CYP2D6, é a 4- hidroxiatomoxetina, que é glicuronidada. A 4-hidroxatomoxetina é equipotente à atomoxetina como um inibidor do transportador da norepinefrina, mas circula no plasma em concentrações muito mais baixas (1% da concentração de atomoxetina em EMs e 0,1% da concentração de atomoxetina em PMs). A 4- hidroxiatomoxetina é formada principalmente pelo CYP2D6, mas nos PMs, a 4-hidroxatomoxetina é formada em uma taxa mais lenta por várias outras enzimas do citocromo P450. A N-desmetilatomoxetina é formada pelo CYP2C19 e outras enzimas do citocromo P450, mas tem substancialmente menos atividade farmacológica em comparação com a atomoxetina e circula no plasma em concentrações mais baixas (5% da concentração de atomoxetina em EMs e 45% da concentração de atomoxetina em PMs).
A depuração plasmática aparente média da atomoxetina após administração oral em adultos EMs é de 0,35 L/h/kg e a meia-vida média é de 5,2 horas. Após a administração oral de atomoxetina aos PMs, a depuração plasmática aparente média é de 0,03 L/h/kg e a meia-vida média é de 21,6 horas. Para PMs, a AUC da atomoxetina é aproximadamente 10 vezes e Css, max é cerca de 5 vezes maior do que EMs. A meia-vida de eliminação da 4-hidroxiatomoxetina é semelhante à da N-desmetilatomoxetina (6 a 8 horas) em indivíduos EM, enquanto a meia-vida de N-desmetilatomoxetina é muito maior em indivíduos PM (34 a 40 horas).
A atomoxetina é excretada principalmente como 4-hidroxatomoxetina-O-glicuronídeo, principalmente na urina (mais de 80% da dose) e em menor extensão nas fezes (menos de 17% da dose). Apenas uma pequena fração da dose de atomoxetina é excretada como atomoxetina inalterada (menos de 3% da dose), indicando extensa biotransformação.
O cloridrato de atomoxetina não foi carcinogênico em ratos e camundongos quando administrada na dieta por 2 anos em doses médias ponderadas de até 47 e 458 mg/kg/dia, respectivamente. A dose mais elevada usada em ratos é aproximadamente 8 e 5 vezes a dose humana máxima recomendada (MRHD) em crianças e adultos, respetivamente, numa base de mg /m2. Os níveis plasmáticos (AUC) de atomoxetina nesta dose em ratos são estimados em 1,8 vezes (metabolizadores extensivos) ou 0,2 vezes (metabolizadores pobres) em humanos que recebem a dose humana máxima. A dose mais alta usada em camundongos é aproximadamente 39 e 26 vezes o MRHD em crianças e adultos, respectivamente, em uma base de mg/m2.
O cloridrato de atomoxetina foi negativo em uma bateria de estudos de genotoxicidade que incluiu um ensaio de mutação de ponto reverso (Teste de Ames), um ensaio de linfoma de camundongo in vitro, um teste de aberração cromossômica em células de ovário de hamster chinês, um teste de síntese de DNA não programado em hepatócitos de rato, e um teste de micronúcleo in vivo em camundongos. No entanto, houve um ligeiro aumento na porcentagem de células de ovário de hamster chinês com diplocromossomos, sugerindo endreduplicação (aberração numérica).
O metabólito cloridrato de N-desmetilatomoxetina foi negativo no Teste de Ames, ensaio de linfoma em camundongo e teste de síntese de DNA não programado.
O cloridrato de atomoxetina não prejudicou a fertilidade em ratos quando administrada na dieta em doses de até 57 mg/kg/dia, que é aproximadamente 6 vezes o MRHD em uma base de mg/m2.
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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 05 de Março de 2024
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