Desoximetasona não deve ser utilizado nos olhos e em pacientes com hipersensibilidade conhecida a Desoximetasona e a outros corticosteroides derivados da betametasona ou a qualquer componente da fórmula.
Desoximetasona contém uma parafina em sua fórmula, que pode causar vazamento ou ruptura de preservativos de látex (camisinha). Portanto, o contato entre Desoximetasona e preservativos de látex deve ser evitado, pois a segurança proporcionada pelo preservativo pode estar prejudicada.
Desoximetasona não deve ser utilizado em reações cutâneas consequentes de vacinações e manifestações cutâneas consequentes à sífilis, tuberculose, infecções virais (por exemplo, varicela), rosácea e dermatite perioral devido ao risco de agravamento.
Se possível, Desoximetasona deve ser aplicado suavemente na pele.
Caso ocorra um pequeno desvio no esquema posológico (por exemplo: aplicação em uma área maior ou em excessiva quantidade, aplicação muito frequente ou um simples erro de dosagem) não causará prejuízo ao tratamento.
Estes efeitos tópicos ocorrem especialmente quando o tratamento é prolongado ou utilizam-se curativos oclusivos.
Desoximetasona raramente leva a uma reação de hipersensibilidade no local da pele.
Quantidades sistemicamente ativas de Desoximetasona podem ser absorvidas se Desoximetasona for usado sobre grandes áreas, por período prolongado ou sob curativos oclusivos.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Devido à absorção de grande quantidade de Desoximetasona podem ocorrer efeitos corticosteroides sistêmicos - particularmente após aplicação de Desoximetasona em grandes superfícies de pele ou por períodos prolongados. Nestes casos, a dosagem deve ser reduzida ou o tratamento interrompido. Caso haja suspeita de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, a descontinuação do tratamento deve ser feita de maneira gradativa.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não são conhecidas até o momento interações com outros medicamentos.
Em adultos, em circunstâncias excepcionais pode ser necessário aplicar Desoximetasona em grandes áreas da pele. Em tais casos, especialmente no uso prolongado, a possibilidade de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal deve ser considerada. Se isto ocorrer, o tratamento deverá ser descontinuado gradualmente.
Ao longo do tempo, a pressão intraocular pode aumentar se pequenas doses de corticosteroides tópicos (incluindo Desoximetasona) repetidamente entrar em contato com a bolsa conjuntival. Por esta razão, a aplicação prolongada de Desoximetasona nos arredores dos olhos deverá ser precedida por uma cuidadosa avaliação risco/benefício e deve somente ser feita sob supervisão médica.
Corticosteroides tópicos tais como Desoximetasona devem ser usados somente na terapia sintomática de infecções bacterianas e/ou infecções micóticas em associação concomitante com tratamento antibacteriano e antimicótico.
Distúrbio visual pode estar associado com o uso de corticosteroides sistêmico e tópico. Se o paciente apresentar sintomas como visão turva ou outros distúrbios visuais, este deve ser encaminhado a um oftalmologista para uma avaliação das possíveis causas, que podem incluir catarata, glaucoma ou doenças raras como Corioretinopatia Central Serosa (CRCS).
Pode ocorrer absorção sistêmica de corticosteroides tópicos (especialmente quando usados por longa duração, alta dose, uso impróprio ou excessivo, em grande área de superfície, sob curativo oclusivo). Os riscos associados à interrupção repentina após o uso prolongado de corticosteroides são exacerbação ou recorrência da doença subjacente, insuficiência adrenocortical ou síndrome de abstinência de esteroides. O risco pode variar de acordo com a potência do esteróide. Os sinais e sintomas típicos de abstinência de esteroides tópicos são eritema, dor ardente, descamação da pele, prurido, etc.
Devido ao risco de absorção sistêmica da Desoximetasona, a aplicação tópica de Desoximetasona em áreas extensas é contraindicada durante a gravidez e lactação. Entretanto, se o médico considerar necessário o uso de Desoximetasona, este pode ser aplicado apenas em uma pequena área da pele.
Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Desoximetasona somente poderá ser utilizado em bebês ou crianças com menos de 6 anos se o médico considerar necessário, já que nesta faixa de idade o risco de efeitos sistêmicos, devido a absorção de corticosteroide, é maior. Se o uso for inevitável, a aplicação deverá ser a mínima dose necessária para o sucesso do tratamento.
A Desoximetasona creme de 0,05% foi superior ao placebo em um estudo duplo-cego, de comparação pareadas em 60 pacientes portadores de dermatoses (principalmente eczema crônico, dermatite de contato, dermatite atópica). Os pacientes aplicaram o creme de dois tubos idênticos no lado direito ou esquerdo do corpo três vezes ao dia durante 7 dias. Entre as áreas tratadas com Desoximetasona, 68% apresentaram uma melhoria marcada ou desaparecimento completo das lesões em comparação com 32% para o placebo, e os pacientes preferiram Desoximetasona (57%) ao placebo (20%). Os efeitos adversos foram limitados a um paciente que sofreu piora das pústulas em ambos os locais de tratamento, e outro paciente que sofreu foliculite leve em ambos os locais de tratamento (Shah et al, 1980).
Em um pequeno ensaio de 2 semanas, duplo-cego, Desoximetasona creme 0,25% foi igual ou ligeiramente superior ao valerato de betametasona creme 0,1% no tratamento de dermatite atópica. Avaliação semanal dos sintomas não produziu diferenças estatisticamente significativas entre os tratamentos, porém foi favorável a Desoximetasona em relação ao prurido (Lessard & Labelle, 1980).
Em um estudo multicêntrico, duplo-cego, de 2 semanas, 134 pacientes com psoríase estável ou piorando, Desoximetasona creme 0,25% foi superior ao valerato de betametasona 0,1% em creme. Avaliação semanal dos sintomas foi favorável a Desoximetasona para eritema, descamação e espessamento. A resposta geral após duas semanas também foi favorável a Desoximetasona (Burnett et al, 1978).
A Desoximetasona 0,25% e 0,05% formulações creme oleoso foram comparadas com valerato de betametasona creme a 0,1% e hidrocortisona 1% creme em 96 pacientes com eczema (Ashton et al, 1987). Neste estudo duplo-cego, de grupo paralelo, os pacientes aplicaram os cremes duas vezes ao dia durante três semanas. Os resultados mostraram que Desoximetasona 0,25% produziu a maior melhora nos sinais clínicos e sintomas de eczema. Hidrocortisona a 1% foi o menos efetivo de todos. O valerato de betametasona a 0,1% foi menos eficaz, mas produziu resultados semelhantes a Desoximetasona 0,25%. Não foram relatados efeitos colaterais.
O efeito antiproliferativo dos glicocorticoides é atribuível a uma taxa de rotatividade reduzida das células afetadas e a uma taxa reduzida de síntese de DNA. As conseqüências disso são bem conhecidas e incluem, inibição da granulação, fechamento da ferida e proliferação de fibroblastos.
O efeito anti-alérgico dos glicocorticoides deriva da sua ação imunossupressora e sua influência na hipersensibilidade mediada por anticorpos e células.
O efeito imunossupressor dos glicocorticoides é atribuível principalmente à diminuição do número e atividade dos linfócitos (linfócitos T, linfócitos B).
A hipersensibilidade mediada por anticorpos é influenciada, entre outros fatores, pela inibição da liberação de substâncias vasoativas (por exemplo, histamina) e a hipersensibilidade mediada por células é influenciada por uma redução na liberação de linfocinas.
O efeito antiinflamatório baseia-se, em parte, na intervenção no metabolismo do ácido araquidónico, juntamente com a formação reduzida de mediadores de inflamação, por exemplo, prostaglandinas e leucotrienos. Por outro lado, os sinais celulares excessivos também são suprimidos para o nível normal.
Para determinar o efeito sistêmico da Desoximetasona quando aplicada em uma área grande, 25 g de Esperson N foram esfregados em 50% da superfície corporal de sete indivíduos uma vez por dia por um período de 10 dias.
As concentrações plasmáticas de cortisol e a excreção urinária de 17-oxosteroides e 17-hidroxi-corticosteroides foram determinadas antes, durante e após a aplicação. A redução antecipada das concentrações plasmáticas de cortisol e na excreção urinária de 17-oxosteroides e 17-hidroxicorticosteroides foi detectada durante a aplicação de Esperson N.
Estes valores aumentaram novamente após o término do tratamento.
A Desoximetasona, ingrediente ativo de Desoximetasona, é um corticosteroide altamente ativo especialmente desenvolvido para uso tópico. Tem efeito anti-inflamatório, antialérgico, antiexsudativo, antiproliferativo e antipruriginoso.
As investigações foram realizadas após administração sistêmica de Desoximetasona em cães e ratos.
Em ratos, a meia-vida da Desoximetasona, rotulada como tritium, no sangue foi de 2,3 horas. A excreção foi muito rápida e ocorreu em proporções quase iguais na urina e fezes. Aproximadamente 95% da administração radioativa foi excretada dentro de 24 horas.
A concentração sanguínea em cães reduziu em duas fases com meias-vidas de 4 horas e 3-4 dias. Após 24 horas, as concentrações sanguíneas caíram para 3% a 7% da concentração máxima. Aproximadamente 55% da dose radioativa administrada foi excretada por via renal, com a maior parte sendo eliminada nas primeiras 24 horas.
Em ratos, os principais produtos de excreção isolados na urina foram os metabólitos 6-beta-hidroxidesoximetasona (aproximadamente 70%) e 7-anfa-hidroxidexometasona (aproximadamente 20%). Em cães, também a principal substância excretada na urina foi 6-beta-hidroxiDesoximetasona (aproximadamente 60%). Um metabólito adicional também foi detectado, 6-beta-hidroxi-21-carboxidesoximetasona (aproximadamente 35%). Apenas traços de Desoximetasona inalterada foram detectados em ambas as espécies.
Em ratos, o principal metabólito 6-beta-hidroxidesoximetasona demonstrou atividades timolíticas e anti-inflamatórias significativamente menores que a Desoximetasona.
Durante a aplicação tópica, nenhuma reação de toxicidade foi detectada tanto em ratos quanto em coelhos.
Para determinar a toxicidade oral aguda em ratos, a Desoximetasona suspendida em mucilagem de amido foi administrada utilizando um tubo estomacal. Os ratos toleraram a dose máxima oral possível de 20 mL/kg de peso corpóreo de Desoximetasona (equivalente a uma dose do ingrediente ativo de 437,5 mg/kg de peso corpóreo) sem nenhuma reação. Após três semanas de acompanhamento, foi calculada uma LD50 de 1469 (985 a 2152) mg/kg de peso corpóreo. A toxicidade foi caracterizada por ptose, ataxia, espasmos sutis posicionados na lateral.
Camundongos também toleraram a administração de uma dose única oral ou subcutânea de Desoximetasona em uma dose de 50 mg/kg de peso corpóreo sem reação (10 animais por grupo, acompanhados durante 7 dias).
Após aplicação crônica (20 aplicações para cada categoria de peso corpóreo) na pele de coelhos raspados e/ou cortados (0,05 g/ 0,15 g/ 0,5 g / 1 g/kg de peso corpóreo) e de cães (0,5 mg/kg de peso corpóreo), as únicas alterações observadas foram aquelas normalmente associadas com corticosteroides (atrofia do timus, aumento do ducto epitelial hepático a aumento do conteúdo de glicogênio).
As investigações em ratos utilizando Desoximetasona em doses de até 0,8 e 2,5 mg/kg de peso corpóreo respectivamente falharam em revelar qualquer falha na fertilidade de machos e fêmeas, gravidez em geral e desenvolvimento peri-natal e pós-natal. Em altas doses, o único efeito notado foi um leve retardo no crescimento pós-natal na prole.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 21 de Junho de 2022
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