Norvir® (ritonavir) é destinado, em combinação com outros antirretrovirais, ao tratamento de pacientes adultos e pediátricos infectados pelo HIV-1, quando uma terapia antirretroviral for indicada, com base em evidência clínica e/ou imunológica de progressão da doença.
Norvir® (ritonavir) não cura a infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e os pacientes podem adquirir outras doenças associadas à infecção por HIV, incluindo infecções oportunistas.
Norvir® (ritonavir) é um inibidor da protease do HIV, apresentando atividade contra o HIV.
Norvir® (ritonavir) é um medicamento de uso contínuo e o início da ação depende de cada paciente. Sua ação e eficácia são mantidas durante os intervalos de doses. Seu médico lhe dará a orientação necessária.
Como é um medicamento de uso contínuo, destinado ao tratamento de pacientes infectados pelo HIV, a duração do tratamento depende de orientação médica.
Este medicamento não deve ser tomado por pacientes que tiveram reações alérgicas graves ao ritonavir ou a quaisquer componentes da fórmula.
Quando ritonavir for coadministrado com outro inibidor de protease, o médico deve verificar as informações completas de prescrição destes inibidores de protease, inclusive suas contraindicações.
Os médicos devem consultar as informações completas de prescrição e estudos clínicos sobre inibidores da protease para verificar se estes são coadministrados com doses reduzidas de ritonavir.
Norvir® (ritonavir) comprimido revestido deve ser administrado por via oral e com alimentos.
Os comprimidos de Norvir® (ritonavir) devem ser engolidos inteiros sem mastigar, não devem ser cortados ou triturados.
A duração do tratamento depende de orientação médica, a partir da avaliação clínica e laboratorial de cada paciente.
A dose recomendada de Norvir® (ritonavir) comprimido revestido é de 600 mg (6 comprimidos) duas vezes por dia.
Habitualmente, inicia-se o tratamento com doses menores, com aumentos gradativos, até que se chegue à dose completa. Seu médico lhe dará a orientação necessária para o seu caso.
Norvir® (ritonavir) deve ser iniciado com doses de, no mínimo, 300 mg (3 comprimidos) duas vezes ao dia durante o período de três dias, com aumentos de 100 mg (1 comprimido) duas vezes ao dia, até atingir a dose máxima de 600 mg (6 comprimidos) duas vezes ao dia em um período não superior a 14 dias.
Os eventos adversos frequentemente observados no início do tratamento, como distúrbios gastrointestinais leves a moderados e parestesia podem diminuir com a continuidade do tratamento.
Os pacientes não devem ser mantidos com dose de 300 mg (3 comprimidos) duas vezes ao dia por mais de três dias.
A dose máxima diária é de 6 comprimidos de 100 mg duas vezes ao dia, totalizando 1200 mg ao dia.
Quando administrado em combinação a outros inibidores da protease, a dose será definida pelo seu médico.
Norvir® (ritonavir) deve ser utilizado em combinação com outros agentes antirretrovirais. Norvir® (ritonavir) pode ser utilizado por crianças acima de 01 mês de idade capazes de deglutir comprimidos.
Fica a critério do médico prescritor a escolha pela apresentação que mais se adeque ao paciente pediátrico.
A dosagem recomendada de Norvir® (ritonavir) em crianças > 01 mês é de 350 a 400 mg/m2, baseando-se na Área de Superfície Corporal, duas vezes ao dia, não excedendo a dose de 600 mg (6 comprimidos) duas vezes ao dia.
A dose deve ser iniciada em 250 mg/m2 e aumentada, em intervalos de 2 a 3 dias, em 50 mg/m2 duas vezes ao dia.
Se o paciente não tolerar a dose máxima diária devido aos eventos adversos, a dose máxima tolerada deve ser utilizada como terapia de manutenção em combinação com outros agentes antirretrovirais.
A tabela abaixo apresenta o guia para doses pediátricas de Norvir® (ritonavir) baseando-se na Área de Superfície Corporal.
Tabela 1 - Posologia pediátrica
Área de superfície corporal (m2)* | 2 doses diárias 250 mg/m2 | 2 doses diárias 300 mg/m2 | 2 doses diárias 350 mg/m2 | 2 doses diárias 400 mg/m2 |
0,20 | 0,6 mL** (50 mg) | 0,75 mL** (60 mg) | 0,9 mL** (70 mg) | 1,0 mL** (80 mg) |
0,25 | 0,8 mL** (62,5 mg) | 0,9 mL** (75 mg) | 1,1 mL** (87,5 mg) | 1,25 mL** (100 mg, 1 comprimido) |
0,50 | 1,6 mL** (125 mg) | 1,9 mL** (150 mg) | 2,2 mL** (175 mg) | 2,5 mL** (200 mg, 2 comprimidos) |
0,75 | 2,3 mL** (187,5 mg) | 2,8 mL** (225 mg) | 3,3 mL** (262,5 mg) | 3,75 mL** (300 mg, 3 comprimidos) |
1,00 | 3,1 mL** (250 mg) | 3,75 mL** (300 mg, 3 comprimidos) | 4,4 mL** (350 mg) | 5 mL** (400 mg, 4 comprimidos) |
1,25 | 3,9 mL** (312,5 mg) | 4,7 mL** (375 mg) | 5,5 mL** (437,5 mg) | 6,25 mL** (500 mg, 5 comprimidos) |
1,50 | 4,7 mL** (375 mg) | 5,6 mL** (450 mg) | 6,6 mL** (525 mg) | 7,5 mL** (600 mg, 6 comprimidos) |
*A Área de Superfície Corporal (ASC) pode ser calculada com a seguinte equação: ASC (m2) = [Altura (cm) X Peso (kg) / 3600].1/2
**Volumes referentes à apresentação solução oral.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Os médicos devem consultar as informações completas de prescrição e estudos clínicos sobre os inibidores de protease, para verificar se estes são coadministrados com doses reduzidas de ritonavir.
Norvir® (ritonavir) pó para suspensão oral deve ser administrado por via oral, misturado com água.
Norvir® (ritonavir) pó para suspensão oral pode deixar um sabor desagradável na boca.
Para diminuí-lo, Norvir® (ritonavir) pode ser misturado com leite achocolatado, fórmula infantil ou alimentos leves (papinha de maçã ou pudim).
A duração do tratamento depende de orientação médica, a partir da avaliação clínica e laboratorial de cada paciente.
Antes de preparar a dose necessária de Norvir® (ritonavir), colete os itens mostrados na Figura 1. Pode ser necessário mais de 1 envelope de Norvir® (ritonavir) para cada dose. Verifique a dosagem prescrita pelo médico. Se for necessário mais do que 1 envelope para a dose, repita todas as etapas de preparação para cada envelope.
Tomar o cuidado para não derramar qualquer quantidade de pó fora do copo misturador.
Se for necessário administrar mais de um envelope de Norvir® (ritonavir), repetir todos os passos anteriores desde o início.
A dose recomendada de Norvir® (ritonavir) pó para suspensão oral é de 600 mg (6 envelopes) duas vezes por dia misturado com alimentos leves (como papinha de maçã ou pudim) ou líquido adequado como água, leite achocolatado ou fórmula infantil. Norvir® (ritonavir) pó para suspensão oral deve ser administrado com alimentos.
Habitualmente, inicia-se o tratamento com doses menores, com aumentos gradativos, até que se chegue à dose completa. Seu médico lhe dará a orientação necessária para o seu caso.
Norvir® (ritonavir) deve ser iniciado com doses de, no mínimo, 300 mg (3 envelopes) duas vezes ao dia durante o período de três dias, com aumentos de 100 mg (1 envelope) duas vezes ao dia, até atingir a dose máxima de 600 mg (6 envelopes) duas vezes ao dia em um período não superior a 14 dias.
Os eventos adversos frequentemente observados no início do tratamento, como distúrbios gastrointestinais leves a moderados e parestesia (sensações cutâneas, sensações de frio, calor, formigamento), podem diminuir com a continuidade do tratamento.
Os pacientes não devem ser mantidos com dose de 300 mg (3 envelopes) duas vezes ao dia por mais de três dias.
A dose máxima diária é de 6 envelopes de 100 mg duas vezes ao dia, totalizando 1200 mg ao dia.
Quando administrado em combinação a outros inibidores de protease, a dose será definida pelo seu médico.
Norvir® (ritonavir) pode ser utilizado em combinação com outros agentes antirretrovirais. Norvir® (ritonavir) pode ser utilizado por crianças acima de 01 mês de idade.
A dose recomendada de ritonavir em crianças com mais de 01 mês de idade é de 350 a 400 mg/m2 de área de superfície corporal, por via oral, duas vezes por dia e não deve exceder 600 mg (6 envelopes) duas vezes por dia. Norvir® (ritonavir) deve ser iniciado com doses duas vezes ao dia de 250 mg/m2 e incrementos de 50 mg/m2 em cada dose, em intervalos de 2 a 3 dias. Se os pacientes não tolerarem a dose máxima diária devido às reações adversas, a dose máxima tolerada deve ser utilizada como tratamento de manutenção, em combinação com outros agentes antirretrovirais. Quando possível, a dose deve ser administrada utilizando uma seringa dosadora calibrada.
Fica a critério do médico prescritor a escolha pela apresentação que mais se adequa ao paciente pediátrico.
A tabela abaixo apresenta o guia para doses pediátricas de Norvir® (ritonavir) baseando-se na Área de Superfície Corporal:
Tabela 2 - Posologia pediátrica (preparado como uma suspensão de 100 mg/10 mL)*
Área de Superfície Corporal (m2) | 2 doses diárias 250 mg/m2 | 2 doses diárias 300 mg/m2 | 2 doses diárias 350 mg/m2 |
0,25 | 6,4 mL (62,5 mg) | 7,6 mL (76 mg) | 8,8 mL (88 mg) |
0,50 | 12,6 mL (126 mg) | 15,0 mL (150 mg) | 17,6 mL (176 mg) |
0,75 | 18,8 mL (188 mg) | 22,6 mL (226 mg) | 26,4 mL (262,5 mg) |
1,00 | 25,0 mL (250 mg) | 30,0 mL (300 mg) | 35,0 mL (350 mg) |
1,25 | 31,4 mL (312,5 mg) | 37,6 mL (376 mg) | 43,8 mL (438 mg) |
1,50 | 37,6 mL (376 mg) | 45,0 mL (450 mg) | 52,6 mL (526 mg) |
*Quando misturado com 9,4 mL de líquido, a concentração da suspensão é 10 mg/mL. Em alguns casos, os volumes e/ou doses foram ajustados para garantir a dose final e o volume da dose recomendada.
A Área de Superfície Corporal (ASC) pode ser calculada com a seguinte equação: ASC (m2) = [Altura (cm) X peso (kg) / 3600].1/2
Para calcular o volume a ser administrado (em mL) para áreas de superfície corporal intermediárias não incluídas na tabela acima, a Área de Superfície Corporal deve ser multiplicada por um fator de: 25 para uma dose de 250 mg/m2; 30 para 300 mg/m2 e 35 para 350 mg/m2.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Os médicos devem consultar as informações completas de prescrição e estudos clínicos sobre inibidores da protease para verificar se estes são coadministrados com doses reduzidas de ritonavir.
Norvir® (ritonavir) solução oral deve ser administrado por via oral, de preferência com alimentos. Agitar bem antes de usar.
A duração do tratamento depende de orientação médica, a partir da avaliação clínica e laboratorial de cada paciente.
A dose prescrita de Norvir® (ritonavir) solução oral pode ser administrada através de um tubo de alimentação. Siga as instruções do tubo de alimentação para administrar o medicamento. Produtos que contenham álcool, como Norvir® (ritonavir) solução oral, não são recomendados para uso com tubos de alimentação de poliuretano devido ao potencial de incompatibilidade.
Para abrir o frasco de Norvir® (ritonavir) solução oral, aperte a tampa para baixo e gire. Use o copo-medida fornecido para medir a dose. Seque bem o copo-medida antes de colocar a dose. Coloque o medicamento no copo-medida até a marca, de acordo com a dose indicada pelo médico. O copo-medida de Norvir® (ritonavir) solução oral deve ser lavado imediatamente após o uso com água quente e detergente; não usar máquina de lavar louça. A limpeza imediata retira resíduos de medicamento. O copo-medida precisa estar seco antes de ser usado.
Norvir® (ritonavir) solução oral pode deixar um sabor desagradável na boca. Para diminuí-lo, Norvir® (ritonavir) solução oral pode ser misturado com leite achocolatado. Misture só uma dose por vez e tome-a imediatamente. Não misture com água.
Norvir® (ritonavir) solução oral geralmente é administrado 2 vezes ao dia. Quando administrado em combinação a outros inibidores da protease, a dose será definida pelo médico.
A dose máxima diária de ritonavir é de 600 mg (7,5 mL) duas vezes ao dia, ou seja, 1200 mg (15 mL) totais por dia.
A dose recomendada de Norvir® (ritonavir) solução oral é de 600 mg (7,5 mL) duas vezes por dia.
Para ajudar a reduzir os eventos adversos, habitualmente, inicia-se o tratamento com doses menores, com aumentos gradativos, até que se chegue à dose completa. Norvir® (ritonavir) solução oral deve ser iniciado com doses de, no mínimo, 300 mg (3,75 mL) duas vezes ao dia durante o período de três dias, com incrementos de 100 mg (1,25 mL) duas vezes ao dia, até atingir a dose máxima de 600 mg (7,5 mL) duas vezes ao dia, em um período não superior a 14 dias. Os eventos adversos frequentemente observados no início do tratamento, como distúrbios gastrointestinais leves a moderados e parestesia, podem diminuir com a continuidade do tratamento. Os pacientes não devem ser mantidos com dose de 300 mg (3,75 mL) duas vezes ao dia por mais de três dias.
Norvir® (ritonavir) solução oral deve ser utilizado em combinação com outros agentes antirretrovirais.
A dose recomendada de ritonavir em crianças com mais de 01 mês de idade é de 350 a 400 mg/m2 de superfície corporal, por via oral, duas vezes por dia e não deve exceder 600 mg (7,5 mL) duas vezes por dia. Norvir® (ritonavir) solução oral deve ser iniciado com doses duas vezes ao dia de 250 mg/m2 e incrementos de 50 mg/m2 em cada dose, em intervalos de 2 a 3 dias. Se os pacientes não tolerarem a dose máxima diária devido às reações adversas, a dose máxima tolerada deve ser utilizada como tratamento de manutenção, em combinação com outros agentes antirretrovirais.
Sempre que possível, a dose deve ser administrada através de uma seringa calibrada.
Fica a critério do médico prescritor a escolha pela apresentação que mais se adeque ao paciente pediátrico.
A tabela abaixo apresenta o guia para doses pediátricas de Norvir® (ritonavir) solução oral baseando-se na Área de Superfície Corporal.
Tabela 3 - Posologia pediátrica
Área de superfície corporal (m2)* | 2 doses diárias 250 mg/m2 | 2 doses diárias 300 mg/m2 | 2 doses diárias 350 mg/m2 | 2 doses diárias 400 mg/m2 |
0,20 | 0,6 mL (50 mg) | 0,75 mL (60 mg) | 0,9 mL (70 mg) | 1,0 mL (80 mg) |
0,25 | 0,8 mL (62,5 mg) | 0,9 mL (75 mg) | 1,1 mL (87,5 mg) | 1,25 mL (100 mg) |
0,50 | 1,6 mL (125 mg) | 1,9 mL (150 mg) | 2,2 mL (175 mg) | 2,5 mL (200 mg) |
0,75 | 2,3 mL (187,5 mg) | 2,8 mL (225 mg) | 3,3 mL (262,5 mg) | 3,75 mL (300 mg) |
1,00 | 3,1 mL (250 mg) | 3,75 mL (300 mg) | 4,4 mL (350 mg) | 5 mL (400 mg) |
1,25 | 3,9 mL (312,5 mg) | 4,7 mL (375 mg) | 5,5 mL (437,5 mg) | 6,25 mL (500 mg) |
1,50 | 4,7 mL (375 mg) | 5,6 mL (450 mg) | 6,6 mL (525 mg) | 7,5 mL (600 mg) |
*A Área de Superfície Corporal (ASC) pode ser calculada com a seguinte equação: ASC (m2) = [Altura (cm) X Peso (kg) / 3600].1/2
O médico deve levar em consideração a quantidade total de álcool e propilenoglicol para todos os medicamentos, incluindo Norvir® (ritonavir) solução oral, que são administrados em crianças, a fim de evitar a toxicidade com estes excipientes.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Caso se esqueça de tomar uma dose de Norvir® (ritonavir), tome-a tão logo se lembre. Se estiver próximo à dose seguinte, espere e tome a dose no horário previsto. Não duplique a dose seguinte.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quando ritonavir for coadministrado com outro inibidor de protease, o médico deve verificar as informações completas de prescrição destes inibidores de protease inclusive suas advertências e precauções.
Foram relatadas reações alérgicas, incluindo urticária (alergia de pele), erupções de pele, broncoespasmos (estreitamento das vias aéreas), angioedema (inchaço dos lábios e pálpebras) e, raramente, anafilaxia (alergia grave) e Síndrome de Stevens-Johnson.
O ritonavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Portanto, deve-se ter cautela ao administrar ritonavir a pacientes com insuficiência do fígado moderada a grave.
Elevações de transaminases hepáticas (enzimas do fígado), excedendo cinco vezes o limite superior de normalidade, hepatite clínica e icterícia (coloração amarela na pele) ocorreram em pacientes recebendo ritonavir isoladamente ou em combinação com outros medicamentos antirretrovirais. Pode haver um risco aumentado de elevação de transaminases em pacientes com hepatite B ou C subjacente. Portanto, deve-se ter cautela ao administrar ritonavir a pacientes com doença do fígado preexistente, alterações em enzimas hepáticas ou hepatite.
Houve relatos de disfunção do fígado, incluindo alguns óbitos. Esses casos geralmente ocorreram em pacientes tomando múltiplos medicamentos em combinação e/ou com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) avançada.
Uma relação causa/efeito definitiva não foi estabelecida.
Pancreatite (inflamação do pâncreas) foi observada em pacientes em uso de ritonavir, incluindo aqueles que desenvolveram aumento dos triglicérides (hipertrigliceridemia). Alguns casos fatais foram relatados. Pacientes com doença avançada pelo HIV podem apresentar risco aumentado de elevação de triglicérides e pancreatite. Pancreatite (inflamação do pâncreas) deve ser considerada pelo médico se ocorrerem sinais clínicos (náusea, vômitos, dor abdominal) ou alterações laboratoriais (como valores aumentados de lipase ou amilase) sugestivos de pancreatite. Pacientes que apresentem estes sinais ou sintomas devem entrar em contato com seu médico imediatamente.
Foram relatados novo aparecimento de diabetes mellitus, exacerbação de diabetes mellitus preexistente e hiperglicemia (alta taxa de açúcar no sangue) em pacientes infectados por HIV que receberam tratamento com inibidores da protease. Alguns pacientes necessitaram iniciar ou ajustar as doses de insulina ou hipoglicemiantes orais para o tratamento destes eventos. Em alguns casos ocorreu cetoacidose diabética (disfunção metabólica grave causada pela deficiência relativa ou absoluta de insulina). Nos pacientes que descontinuaram o tratamento com inibidores da protease, a hiperglicemia persistiu em alguns casos. Como estes eventos foram relatados espontaneamente durante a prática clínica, não se pôde estimar a sua frequência, e uma relação causal entre o tratamento com inibidores da protease e estes eventos não foi estabelecida. Deve-se considerar o monitoramento da glicemia.
Atenção: o uso incorreto causa resistência do vírus da AIDS e falha no tratamento.
Uma dose segura e eficaz de Norvir® (ritonavir) solução oral na população de recém-nascidos prematuros não foi estabelecida. Norvir® (ritonavir) solução oral contém álcool (43,2% v/v) e propilenoglicol (26,57% p/v). Norvir® (ritonavir) solução oral não deve ser utilizado em recém-nascidos prematuros no período imediato ao pós-natal devido à possibilidade de toxicidade. O álcool inibe competitivamente o metabolismo do propilenoglicol, podendo levar a concentrações elevadas de propilenoglicol quando administrado concomitantemente. Recém-nascidos prematuros podem apresentar um risco aumentado de reações adversas associadas ao propilenoglicol, devido à habilidade diminuída de metabolização do mesmo, levando ao seu acúmulo e eventos adversos potenciais. O médico deve levar em consideração a quantidade total de álcool e propilenoglicol para todos os medicamentos, incluindo Norvir® (ritonavir) solução oral, que são administrados em crianças, a fim de evitar a toxicidade com estes excipientes.
Quando ritonavir for coadministrado com outro inibidor de protease, o médico deve verificar as informações completas de prescrição destes inibidores de protease, inclusive suas reações adversas.
Os seguintes eventos foram relatados durante o período de comercialização de Norvir® (ritonavir). A frequência das reações adversas na pós-comercialização é desconhecida.
O ritonavir foi estudado em pacientes pediátricos com idades entre 01 mês e 21 anos. O perfil de eventos adversos observado durante os estudos clínicos pediátricos e através da experiência pós-comercialização foi similar àquele de pacientes adultos.
Vômito, diarreia e erupção cutânea/alergia foram os únicos eventos adversos clínicos relacionados à droga, de intensidade moderada a grave, observados em 2% ou mais dos pacientes pediátricos registrados em estudos clínicos do ritonavir.
As seguintes anormalidades laboratoriais ocorreram em 3% ou mais dos pacientes pediátricos que receberam tratamento com ritonavir, seja sozinho ou combinado com inibidores da transcriptase reversa:
Exclusivo comprimido: Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
As reações adversas mais frequentemente relatadas entre os pacientes recebendo Norvir® (ritonavir) isoladamente ou em combinação com outros medicamentos antirretrovirais foram alterações gastrointestinais [incluindo diarreia, náusea, vômito, dor abdominal (superior e inferior)], distúrbios neurológicos (incluindo parestesia e parestesia oral), e fadiga/astenia.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Neste caso, informe seu médico.
Quando ritonavir for coadministrado com outro inibidor de protease, o médico deve verificar as informações completas de prescrição destes inibidores de protease, inclusive suas reações adversas.
Os seguintes eventos foram relatados durante o período de comercialização de Norvir® (ritonavir). A frequência das reações adversas na pós-comercialização é desconhecida.
O ritonavir foi estudado em pacientes pediátricos com idades entre 01 mês e 21 anos.
O perfil de eventos adversos observado durante os estudos clínicos pediátricos foi similar àquele de pacientes adultos.
Vômito, diarreia e erupção cutânea/alergia foram os únicos eventos adversos clínicos relacionados à droga, de intensidade moderada a grave, observados em ≥2% dos pacientes pediátricos registrados em estudos clínicos do ritonavir.
As seguintes anormalidades laboratoriais ocorreram em 3% ou mais dos pacientes pediátricos que receberam tratamento com ritonavir, seja sozinho ou combinado com inibidores da transcriptase reversa:
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Não há recomendações específicas para o uso de Norvir® (ritonavir) em idosos.
Em pacientes com idade entre 01 mês e 21 anos, infectados por HIV, a atividade antiviral e o perfil de eventos adversos observados foram similares aos de pacientes adultos. Este medicamento não foi estudado em crianças menores de 01 mês de idade.
Norvir® (ritonavir) não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando uma vez que ritonavir está presente no leite humano. Não se recomenda, portanto, que mulheres que estejam em uso de ritonavir amamentem seus filhos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Embalagem com 30 comprimidos revestidos.
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico acima de 01 mês de idade.*
*Para crianças capazes de deglutir comprimidos.
Embalagem com 30 envelopes de pó para suspensão oral contendo 100 mg de ritonavir cada + 1 copo misturador + 2 seringas dosadoras.
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico acima de 01 mês de idade.
Embalagens com 1 frasco de 240 mL.
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico acima de 01 mês de idade.
100 mg de ritonavir.
Excipientes: copovidona, laurato de sorbitana, dióxido de silício, estearilfumarato de sódio, fosfato de cálcio dibásico, água purificada.
Constituintes do revestimento do comprimido: hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, hiprolose, talco, dióxido de silício, polissorbato 80.
100 mg de ritonavir.
Excipientes: copovidona, laurato de sorbitana, dióxido de silício.
80 mg de ritonavir.
Excipientes: álcool etílico, água deionizada (14,9% v/v), óleo de rícino (10,5% p/v), propilenoglicol, sacarina sódica (1,0% p/v), ácido cítrico para ajuste do pH (0,277% p/v), óleo de hortelã, sabor de caramelo e corante amarelo FD&C nº 6 (E110).
Norvir® (ritonavir) solução oral contém 43,2% de álcool etílico (v/v) e 26,57% de propilenoglicol (p/v).
A experiência humana de superdosagem aguda com ritonavir é limitada. Um paciente em um ensaio clínico tomou 1500 mg/dia de ritonavir durante 2 dias e relatou parestesia (sensações cutâneas sem estimulação), que regrediu depois que a dose foi reduzida. Um caso de insuficiência dos rins com eosinofilia (aumento da concentração de eosinófilos no sangue) foi relatada com superdosagem de ritonavir na fase de pós-comercialização.
Não há antídoto específico para ritonavir. O tratamento de superdosagem com ritonavir deve consistir de medidas gerais de suporte, incluindo o monitoramento de sinais vitais e observação do estado clínico do paciente. É proposto que o tratamento da superdosagem inclua também lavagem gástrica e administração de carvão ativado.
Como ritonavir é extensamente metabolizado pelo fígado e altamente ligado a proteínas plasmáticas, é improvável que a diálise seja benéfica na remoção significativa do fármaco.
Em caso de superdosagem com Norvir® (ritonavir), deve-se procurar socorro médico imediatamente.
Exclusivo solução oral: Entretanto, a diálise pode remover o álcool e o propilenoglicol no caso de superdosagem com Norvir® (ritonavir) solução oral.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Quando ritonavir for coadministrado com outro inibidor de protease, o médico deve verificar as informações completas de prescrição destes inibidores de protease, inclusive suas interações medicamentosas.
Estes exemplos são um guia e não são considerados uma lista abrangente de todos os possíveis medicamentos que podem interagir com Norvir® (ritonavir). O seu médico deve consultar referências apropriadas para informações abrangentes.
Norvir® (ritonavir) não deve ser utilizado com certos tipos de medicamentos, pois podem ocorrer potenciais eventos adversos sérios ou diminuição da atividade de quaisquer dos medicamentos utilizados.
O fumo está associado a uma redução da concentração de ritonavir no sangue, podendo haver diminuição da ação do medicamento.
O monitoramento cuidadoso dos efeitos adversos pelo médico é recomendado quando as substâncias a seguir forem administradas concomitantemente ao ritonavir. A redução de dose pode ser necessária em alguns casos.
Eventos cardíacos e neurológicos foram reportados quando ritonavir foi coadministrado com disopiramida, mexiletina, nefazodona ou fluoxetina. A possibilidade de interação medicamentosa não deve ser excluída.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Foi relatado sangramento aumentado, incluindo hematomas espontâneos de pele e hemartrose (derrame de sangue numa articulação), em pacientes com hemofilia tipo A e B, tratados com inibidores de protease.
A coadministração de elagolix com ritonavir poderia aumentar a exposição do elagolix. Eventos adversos graves conhecidos para elagolix incluem ideação suicida e elevações na transaminase hepática. Adicionalmente, elagolix é um indutor fraco/moderado da CYP3A, o que pode diminuir a exposição do ritonavir. Consulte a bula de elagolix para informações sobre a posologia com fortes inibidores da CYP-3A4.
Norvir® (ritonavir) comprimido revestido deve ser administrado por via oral, com alimentos.
Foi relatado sangramento aumentado, incluindo hematomas espontâneos de pele e hemartrose (derrame de sangue numa articulação), em pacientes com hemofilia tipo A e B, tratados com inibidores de protease. Em alguns casos foi administrado fator VIII adicional. Em mais da metade dos casos relatados, o tratamento com inibidores da protease foi continuado ou reiniciado. Uma relação causal foi postulada, embora não tenha sido estabelecido um mecanismo de ação.
A coadministração de elagolix com ritonavir poderia aumentar a exposição do elagolix. Eventos adversos graves conhecidos para elagolix incluem ideação suicida e elevações na transaminase hepática. Adicionalmente, elagolix é um indutor fraco/moderado da CYP3A, o que pode diminuir a exposição do ritonavir. Consulte a bula de elagolix para informações sobre a posologia com fortes inibidores da CYP-3A4.
Norvir® (ritonavir) pó para suspensão oral deve ser administrado por via oral, misturado com água. Norvir® (ritonavir) pó para suspensão oral pode deixar um sabor desagradável na boca. Para diminuí-lo, Norvir® (ritonavir) pode ser misturado com leite achocolatado, fórmula infantil ou alimentos leves (papinha de maçã ou pudim).
Foi relatado sangramento aumentado, incluindo hematomas espontâneos de pele e hemartrose (derrame de sangue numa articulação), em pacientes com hemofilia tipo A e B, tratados com inibidores de protease. Em alguns casos foi administrado fator VIII adicional.
A solução oral de ritonavir contém etanol (43,2% v/v); portanto, a administração concomitante de ritonavir e dissulfiram ou medicamentos com reações semelhantes ao dissulfiram (ex.: metronidazol) deve ser evitada.
Foi observado redistribuição ou acúmulo de gordura no corpo, incluindo obesidade, aumento de gordura dorsocervical (corcunda de búfalo), emagrecimento das extremidades, perda de gordura na face, aumento das mamas e aparência cushingoide (face arredondada) em pacientes que receberam medicamento para tratar o HIV (terapia antirretroviral).
Danner et al. demonstraram a potência, segurança e eficácia do Ritonavir em um estudo que avaliou regimes contendo diferentes doses de Ritonavir, comparando-os com placebo. Após 32 semanas, o grupo que recebeu 600 mg a cada 12 horas, em combinação com outros agentes ARV (inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo) apresentaram um ganho de CD4 de 230 células por mm3 e uma queda na carga viral de 0,81 log. Os eventos adversos mais comuns foram náuseas, aumento dos triglicérides e das enzimas hepáticas. Assim, o Ritonavir mostrou-se seguro, eficaz e bem tolerado.1
Contemporaneamente, Markowitz et al. mostraram resultados similares, demonstrando uma resposta imunológica satisfatória, com um ganho de CD4 de 74 e 83 células por mm3 após 4 e 12 semanas, respectivamente. Na semana 12, a queda da carga viral foi de 1,1 log.2
Referências Bibliográficas
1. Danner S, Carr A, Leonard J, Leahman L, Gudiol F Gonzalez J. A short term Study of the Safety, Pharmacokinetics and Efficacy of Ritonavir, an Inhibitor of HIV-1 Protease. N Engl J Med 1995;333:1528-33.
2. Markowitz M, Saag M, Powderly W, Hurley A, Hsu A, Valdes J. A Preliminary Study of Ritonavir, an Inhibitor of HIV-1 Protease, to Treat HIV Infection. N Engl J Med 1995;333:1534-9.
A atividade de Ritonavir como monoterapia ou em combinação com inibidores da transcriptase reversa foi avaliada em 1.446 pacientes em dois estudos duplo-cegos randomizados.
O Estudo 247, randomizado, duplo-cego (com abertura de seguimento) foi conduzido em pacientes HIV infectados em terapia antirretroviral nos últimos 09 meses que apresentavam contagem celular média basal de CD4 menor ou igual a 100 células/mm3. Em cada paciente em regime de terapia antirretroviral (com até dois agentes antirretrovirais aprovados) foi administrado Ritonavir 600 mg duas vezes ao dia ou placebo.
O estudo ampliou-se com 1.090 pacientes, com contagem celular média basal de CD4 de 32 células/mm3. Após a demonstração dos benefícios clínicos da terapia com Ritonavir, todos os pacientes foram elegíveis a optar por Ritonavir durante o período de acompanhamento. A duração média da terapia duplocega com Ritonavir e placebo foi de 06 meses. A duração média do acompanhamento até a fase final do estudo aberto foi de 13,5 meses para pacientes randomizados com Ritonavir e 14 meses para os pacientes randomizados com placebo.
A incidência acumulada de progressão da doença ou morte durante a fase duplo-cega do Estudo 247 foi de 26% para os pacientes inicialmente randomizados com Ritonavir contra 42% dos pacientes inicialmente randomizados com o placebo. Essa diferença de porcentagem foi estatisticamente relevante. (veja Figura 01).
Figura 01: Tempo de Progressão da Doença ou Morte durante a fase duplo-cega do Estudo 247
O acumulado de mortalidade no final da fase aberta de seguimento do Estudo 247 resultou em 18% para os pacientes inicialmente randomizados com Ritonavir e 26% para os pacientes inicialmente randomizados com placebo. Essa diferença na porcentagem foi estatisticamente relevante (veja Figura 02). Como a análise no final da fase aberta de seguimento incluiu pacientes que inicialmente estavam no grupo placebo e passaram a utilizar Ritonavir, os benefícios na sobrevida com Ritonavir não foram estimados com precisão.
Figura 02: Sobrevida dos pacientes no regime randomizado do Estudo 247
As Figuras 3 e 4 resumem as diferenças de contagem celular média basal de CD4 e de níveis de HIV RNA plasmático (cópias/mL) respectivamente, durante as primeiras 24 semanas da fase duplo-cega do Estudo 247.
Figura 03: Diferenças na contagem celular média basal de CD4 (células/mm3) durante a fase duplo-cega do Estudo 247
Figura 04: Diferenças no nível médio de HIV RNA plasmático (log cópias/mL) durante a fase duplo-cega do Estudo 247
No Estudo 245, 356 pacientes HIV infectados sem terapia antirretroviral prévia - naive (média basal de CD4 = 364 células/mm3) foram randomizados para receber Ritonavir 600 mg duas vezes ao dia, zidovudina 200 mg três vezes ao dia ou uma combinação dessas drogas. A Figura 05 e 06 resumem a contagem celular média basal de CD4 e os níveis plasmáticos de HIV RNA (cópias/mL), respectivamente durante as primeiras 24 semanas da fase duplo-cega do Estudo 245.
Figura 05: Diferenças na contagem celular média basal de CD4 (células/mm3) durante o Estudo 245
Figura 06: Diferenças nos níveis plasmáticos basais de HIV RNA durante o Estudo 245
Referências Bibliográficas
Caso haja interesse em conhecer as referências bibliográficas e/ou estudos clínicos disponíveis para este medicamento, por favor, entre em contato com a Central de Relacionamento AbbVie Line através do telefone 0800 022 2843.
O Ritonavir é um inibidor da protease do HIV, apresentando atividade contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Ritonavir é um inibidor peptidomimético oral ativo das aspartil-proteases do HIV-1 e HIV-2. A inibição da protease do HIV torna a enzima incapaz de processar o precursor da poliproteína gag-pol, fazendo com que as partículas virais produzidas se tornem imaturas e, portanto, incapazes de iniciar um novo ciclo de infecção. O Ritonavir tem afinidade seletiva pela protease do HIV e pouca atividade inibitória diante da aspartil-protease humana. Pode ser utilizado também em conjunto com outros antirretrovirais da mesma classe com a finalidade de reduzir sua metabolização, diminuindo a dose necessária a cada tomada ou aumentando o intervalo entre as tomadas.
Dados in vitro indicam que Ritonavir é ativo contra todas as cepas de HIV testadas em uma variedade de linhagens celulares humanas primárias e transformadas. A concentração da droga que inibe 50% e 90% da replicação viral in vitro é aproximadamente 0,02 mcM e 0,11 mcM, respectivamente. Potências similares foram observadas com cepas de HIV sensíveis e resistentes ao AZT. Estudos que avaliaram a citotoxicidade direta de Ritonavir em diversas linhagens celulares não mostraram toxicidade direta em concentrações de até 25 mcM, com um índice terapêutico resultante in vitro de pelo menos 1000.
Isolados de HIV-1 resistentes ao Ritonavir foram selecionados in vitro. Os isolados resistentes demonstraram reduzir a susceptibilidade de Ritonavir e a análise genotípica desses isolados mostrou que a resistência foi primariamente atribuída a substituições específicas de aminoácidos na protease do HIV-1 nas posições 84 (IIe por Val), 82 (Val por Phe), 71 (Ala por Val) e 46 (Met por IIe). Alterações fenotípicas e genotípicas nos isolados de HIV de pacientes selecionados tratados com Ritonavir foram monitoradas em ensaios clínicos de Fase I/II. A análise genotípica e fenotípica em série indicou que a sensibilidade ao Ritonavir caiu de forma ordenada e gradual. As mutações iniciais ocorreram nas posições 82(Val por Ala/Phe), 54 (IIe por Val), 71 (Ala por Val/Thr) e 36 (IIe por Leu), seguidas pelas combinações de mutações em cinco posições adicionais específicas de aminoácidos. Cepas virais isoladas in vivo sem alteração na posição 82 não têm sensibilidade diminuída ao Ritonavir. A mutação na posição 82 parece ser necessária, mas não suficiente para conferir resistência fenotípica. A resistência fenotípica foi definida como uma diminuição ≥ 5 vezes na sensibilidade viral in vitro em relação ao basal. A relevância clínica das alterações genotípicas e fenotípicas associadas ao Ritonavir ainda não foi estabelecida.
O potencial para resistência cruzada ao HIV entre inibidores de protease não foi completamente explorado. Portanto, não se conhece o efeito que Ritonavir terá na atividade de outros inibidores da protease administrados subsequentemente. Isolados de HIV obtidos em série de seis pacientes tratados com Ritonavir mostraram sensibilidade reduzida in vitro a este medicamento, mas não demonstraram redução correspondente da sensibilidade in vitro ao saquinavir quando comparada aos isolados basais. Entretanto, isolados de dois desses pacientes mostraram uma redução (8 vezes) na sensibilidade in vitro ao indinavir. Isolados de cinco pacientes também foram testados quanto à resistência cruzada ao amprenavir e nelfinavir; isolados de dois pacientes apresentaram diminuição da sensibilidade ao nelfinavir (12–14 vezes) e nenhuma ao amprenavir. A resistência cruzada entre Ritonavir e inibidores da transcriptase reversa é improvável, já que os alvos enzimáticos envolvidos são diferentes. Um isolado de HIV resistente á zidovudina (ZDV) testado in vitro manteve total sensibilidade ao Ritonavir.
Em um estudo de farmacocinética de dose única em indivíduos infectados pelo HIV do sexo masculino, em jejum, altos níveis do fármaco foram encontrados e mantidos por várias horas após administração oral de 100 mg, 200 mg, 400 mg, 600 mg, 800 mg ou 1000 mg de Ritonavir. A área sob a curva (AUC) da concentração versus tempo variou de 3,92 a 123 mcg.h/mL, respectivamente e a Cmáx variou de 0,416 a 12,7 mcg/mL. A farmacocinética do Ritonavir foi dose-dependente e aumentos maiores do que o proporcional na AUC e Cmáx com aumento de dose foram relatados.
O Tmáx permaneceu constante por aproximadamente 3 horas com o aumento de dose. A depuração renal foi, em média, inferior a 0,1 L/h e relativamente constante na faixa de dosagem. Como não há formulação parenteral de Ritonavir, a biodisponibilidade absoluta não foi determinada.
Após uma dose única de 600 mg sob condições de plenitude gástrica, as formulações em cápsula gelatinosa mole de 100 mg (n=57) e em solução oral (n=18) produziram AUCs de 121,7 + 53,8 mcg.h/mL e 129,0 + 39,3 mcg.h/mL (média + desvio padrão), respectivamente. Em comparação à ingestão em jejum, a extensão de absorção da cápsula gelatinosa mole foi 12% maior quando administrada com uma refeição. Quando a formulação líquida foi dada sob condições de jejum, as concentrações de pico de Ritonavir aumentaram 28% em relação às condições de plenitude.
A farmacocinética do Ritonavir durante regimes de múltiplas doses foram estudadas em voluntários adultos HIV-positivos em condições de plenitude gástrica. Sob condições de múltiplas doses, o acúmulo de Ritonavir é ligeiramente menor do que o previsto a partir da dose única devido a um aumento relacionado ao tempo e à dose na depuração aparente (Cl/F). Foi observado que concentrações mínimas de Ritonavir diminuem com o tempo, possivelmente devido à indução enzimática, atingindo níveis estáveis após 2 semanas. No estado de equilíbrio, com uma dose de 600 mg duas vezes ao dia, foram observados valores de Cmáx e Cmín de 11,2 e 3,7 mcg/mL, respectivamente. O t½ de Ritonavir foi de aproximadamente 3 a 5 horas. A depuração aparente no estado de equilíbrio em pacientes tratados com 600 mg duas vezes ao dia foi em média 8,8 ± 3,2 L/h.
Não foram observadas diferenças clinicamente significantes na AUC ou Cmáx entre homens e mulheres. Os parâmetros farmacocinéticos do Ritonavir não foram significativamente associados à perda de peso ou massa corpórea magra.
O volume aparente de distribuição (VB/F) do Ritonavir é de aproximadamente 0,41 ± 0,25 L/kg após uma dose única de 600 mg. A ligação do Ritonavir a proteínas no plasma humano foi de aproximadamente 98 a 99%. O Ritonavir se liga à alfa-1 glicoproteína ácida (AAG) e à albumina sérica humana (HSA) com afinidades comparáveis. A ligação a proteínas plasmáticas total é constante na faixa de concentração de 1 a 100 mcg/mL.
Estudos de distribuição tecidual em ratos com Ritonavir marcado com 14C demonstraram que o fígado, as suprarrenais, o pâncreas, os rins e a tireoide tinham as maiores concentrações de Ritonavir. Uma relação tecido-plasma de aproximadamente 1, medido nos gânglios linfáticos de ratos, sugere que o Ritonavir é distribuído no tecido linfático. O Ritonavir penetra de maneira mínima no cérebro.
Observou-se que o Ritonavir é extensamente metabolizado pelo sistema do citocromo hepático P450, principalmente pela isoenzima CYP3A e em menor extensão pela CYP2D6. Estudos em animais, assim como experimentos in vitro com microssomos hepáticos humanos, indicam que o Ritonavir sofre principalmente metabolismo oxidativo. Cinco metabólitos de Ritonavir foram identificados no homem. O metabólito da oxidação isopropiltiazólico (M-2) é o principal metabólito e tem atividade antiviral similar à da substância precursora. Entretanto, a AUC do metabólito M-2 foi aproximadamente 3% da AUC da substância precursora.
Estudos em humanos com Ritonavir marcado radioativamente demonstraram que sua eliminação se faz principalmente pela via hepatobiliar; aproximadamente 86% da substância marcada foi recuperada nas fezes. Nestes estudos, a via renal de eliminação não foi observada como via de eliminação importante do Ritonavir.
O intervalo QTcF foi avaliado em um estudo controlado cruzado, randomizado, placebo e ativo (moxifloxacina 400 mg/uma vez ao dia), com 45 adultos sadios, com 10 medidas durante 12 horas no Dia 3. A média de diferença máxima (limite de confiança superior a 95%) no QTcF do placebo foi de 5,5 (7,6) mseg para Ritonavir 400 mg duas vezes ao dia. A exposição ao Ritonavir no Dia 3 foi aproximadamente 1,5 vezes maior que a observada com a dose de 600 mg duas vezes ao dia no estado de equilíbrio. Nenhum voluntário teve um aumento na QTcF > 60 mseg da baseline ou um intervalo QTcF que excedesse o limite clinicamente relevante de 500 mseg.
Um discreto prolongamento no intervalo PR também foi verificado em voluntários recebendo Ritonavir durante o mesmo estudo no Dia 3. O intervalo PR máximo foi de 252 mseg e não houve bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro graus.
Atualmente não há dados específicos sobre esta população de pacientes. Entretanto, devido à alta ligação protéica de Ritonavir é pouco provável que o Ritonavir seja significativamente removido por hemodiálise ou diálise peritoneal.
Em seis indivíduos adultos, com doença hepática leve, infectados pelo HIV, recebendo 400 mg de Ritonavir duas vezes ao dia, a exposição ao Ritonavir foi semelhante em comparação com os indivíduos controles recebendo 500 mg de Ritonavir duas vezes ao dia. Os resultados indicam que não é necessário ajuste de doses em pacientes com doença hepática leve. Dados adequados de farmacocinética não estão disponíveis para pacientes com doença hepática moderada. A ligação protéica do Ritonavir não foi afetada de modo estatisticamente significativo pela doença hepática leve e moderada.
Farmacocinética no estado de equilíbrio foi avaliada em 37 pacientes com idades entre 2 e 14 anos infectados por HIV, que recebiam doses variando entre 250 mg/m2 de superfície corporal e 400 mg/m2 de superfície corporal duas vezes ao dia, no Grupo de Estudo de Pacientes Pediátricos com AIDS do estudo 310 (PACTG), e em 41 pacientes com idades entre 1 mês e 2 anos, infectados por HIV, em doses de 350 e 450 mg/m2 duas vezes ao dia, no estudo 345 em PACTG.
A depuração de Ritonavir oral no estado de equilíbrio foi aproximadamente 1,5 a 1,7 vezes mais rápida em pacientes pediátricos do que em adultos. As concentrações de Ritonavir em pacientes pediátricos, maiores de 2 anos, obtidas após 350 a 400 mg/m2 duas vezes ao dia, foram comparáveis àquelas obtidas em adultos recebendo 600 mg (aproximadamente 330 mg/m2) duas vezes ao dia. As seguintes observações foram feitas a respeito das concentrações do Ritonavir após a administração de 350 ou 450 mg/m2, duas vezes ao dia, em crianças menores de 2 anos de idade. Exposições mais elevadas do Ritonavir não foram evidentes com 450 mg/m2 duas vezes ao dia comparado a 350 mg/m2 duas vezes ao dia. As concentrações mais baixas de Ritonavir eram um pouco menores do que aquelas obtidas nos adultos que receberam 600 mg duas vezes ao dia.
A área sob a curva de concentração plasmática de Ritonavir/tempo e menores concentrações obtidas após a administração de 350 ou 450 mg/m2, duas vezes ao dia, em crianças menores de 2 anos, foram aproximadamente 16% e 60% mais baixas, respectivamente, do que aquelas obtidas em adultos que receberam 600 mg duas vezes ao dia.
O Ritonavir apresenta baixos índices de toxicidade aguda quando administrado oralmente. A DL50 foi determinada como sendo maior do que 2500 mg/kg, tanto em ratos quanto em camundongos. Os sinais de toxicidade com altas doses nas duas espécies incluíram diminuição da atividade, ataxia, dispneia e tremores. Em geral, os sinais de toxicidade foram aparentes de 1 a 3 dias após a administração. Nenhuma mudança morfológica bruta foi vista em necropsia de ratos depois de um período de 2 semanas de observação.
Os estudos de toxicidade com doses repetidas nos animais identificaram como principais órgãos-alvo: o fígado, a glândula tireoide, retina e o rim. Alterações hepáticas envolveram elementos hepatocelular, biliar e fagocíticos e foram acompanhados de aumentos nas enzimas hepáticas. Hipertrofia no epitélio pigmentado da retina (RPE) e degeneração da retina foram observados nos roedores nos estudos conduzidos com Ritonavir, mas não foram observados em cachorros. Evidências ultraestruturais sugeriram que essas alterações na retina em roedores podem ser secundárias a fosfolipidose. Entretanto, três experiências clínicas de fase II não revelaram evidências claras de alterações na retina por indução do fármaco em humanos. Alterações relacionadas à glândula tireoide incluíram hipertrofia das células foliculares, diminuição dos níveis séricos de tiroxina (T4) e/ou aumento dos níveis séricos de TSH. Todas as alterações tireoidianas foram reversíveis após a descontinuação do fármaco. Investigações clínicas em humanos não revelaram alterações clínicas significantes nos testes das funções da tireoide. Alterações renais, incluindo degeneração tubular, inflamação crônica e proteinúria, foram observadas em ratos e foram atribuídas a doenças espécieespecíficas espontâneas. Além disso, não foram observadas alterações renais clinicamente significantes nas experiências clínicas.
A alimentação reduz ligeiramente a biodisponibilidade de Ritonavir comprimidos. A administração de uma dose única de 100 mg de Ritonavir comprimidos com uma alimentação moderada em gordura (857 Kcal, 31% calorias em gordura) ou uma alimentação rica em gordura (907 Kcal, 52% calorias em gordura) foi associado com uma diminuição de 20-23% na AUC e na Cmáx de Ritonavir.
O Ritonavir é um pó branco ou com leve cor marrom, de sabor metálico amargo. É facilmente solúvel em metanol e etanol, solúvel em isopropanol e praticamente insolúvel em água.
O Ritonavir é chamado quimicamente de éster 5-tiazolilmetílico, [5S- (5R*,8R*,10R*,11R*)] do ácido 10-hidroxi-2-metil-5-(1-metiletil)-1-[2-(1- metiletil)-4-tiazolil]-3,6-dioxo-8,11-bis(fenilmetil)-2,4,7,12-tetraazatridecan-13- óico. Sua fórmula molecular é C37H48N6O5S2 e seu peso molecular é 720,95.
O Ritonavir não foi mutagênico ou clastogênico nos estudos in vitro e in vivo que incluíram ensaios de mutação reversa Ames usando S. typhimurium e E. coli, ensaios com linfoma de camundongos, teste de micronúcleo em camundongos e ensaio de aberração cromossômica em linfócitos humanos. Além disso, estudos de carcinogenicidade em ratos e camundongos indicaram que o Ritonavir não tem ação carcinogênica direta nas dosagens testadas. Uma incidência maior de adenoma hepatocelular foi encontrada em camundongos machos recebendo alta dose de 200 mg/kg/dia. Tais respostas tumorais em fígado de camundongos associadas à compostos não-genotóxicos são consideradas de pequena relevância para a resposta do fígado humano.
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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 28 de Janeiro de 2022