Parecoxibe Sódico é indicado para a prevenção e tratamento de dor pós-operatória em adultos. Além disso, no tratamento de condições dolorosas no período pós-operatório que requeiram o uso de opioides.
Parecoxibe Sódico reduz significativamente o consumo destes medicamentos sem prejuízo da analgesia.
Parecoxibe Sódico também é indicado no tratamento de cólica renal aguda.
Pacientes com hipersensibilidade conhecida ao parecoxibe e a outros componentes da fórmula; pacientes que demonstraram reações do tipo alérgicas às sulfonamidas; pacientes que tenham tido asma, urticária ou reações alérgicas depois do uso de ácido acetilsalicílico, AINEs ou outros inibidores específicos da COX-2; pacientes em tratamento da dor pós-operatória imediatamente após cirurgia de revascularização do miocárdio (CABG) e não deve ser usado nesses cenários.
Parecoxibe Sódico pode ser administrado por via IV ou IM em dose única ou em dose múltipla em regime regular ou quando necessário. Após o início do tratamento, a dose pode ser ajustada com base na resposta do paciente. O tempo de duração do tratamento não deve exceder a 5 dias. Parecoxibe Sódico só é indicado para pacientes que precisam de terapia parenteral e para aqueles em que um benefício similar não pode ser obtido com terapia oral alternativa. É recomendado que os pacientes sejam transferidos para a terapia oral alternativa assim que indicado clinicamente. Como o risco de doenças cardiovasculares (CV) associadas a inibidores específicos da ciclooxigenase-2 (COX-2) pode aumentar com a dose e duração da exposição, deve ser usada a menor duração possível e a dose efetiva diária mais baixa. No entanto, a relevância desta descoberta para o uso de curto prazo de parecoxibe no cenário pós-operatório não foi avaliada.
A dose única recomendada é de 40 mg por via IV.
A dose recomendada na administração pré-operatória é de 40 mg IM ou IV (preferencialmente IV), 30 a 45 minutos antes do procedimento cirúrgico. Pode ser necessário continuar o tratamento com Parecoxibe Sódico no pós-operatório para adequar o efeito analgésico.
A dose única ou inicial recomendada para tratamento de dor pósoperatória é de 40 mg por via IM ou IV.
Após a prevenção da dor pós-operatória ou da obtenção da analgesia inicial, pode-se repetir o uso de Parecoxibe Sódico com 20 mg ou 40 mg a cada 6 a 12 horas. A dose diária máxima é de 80 mg por via IM ou IV.
Analgésicos opioides podem ser usados concomitantemente com parecoxibe na dose descrita acima. Em estudos clínicos, a necessidade diária por opioides foi reduzida significativamente (20%-40%) quando coadministrados com Parecoxibe Sódico. O melhor efeito é obtido quando Parecoxibe Sódico é dado antes da administração do opioide. Em todas as avaliações clínicas Parecoxibe Sódico foi administrado a uma dose fixa com intervalos de dose fixas considerando que os opioides foram administrados conforme necessidade.
O ajuste da dose em idosos geralmente não é necessário. No entanto, em idosos pesando menos de 50 kg, deve-se iniciar o tratamento com metade da dose de Parecoxibe Sódico usualmente recomendada. Pacientes com menos de 50 kg, a dose diária recomendada deve ser reduzida para 40 mg.
Não foram avaliadas a segurança e a eficácia em indivíduos menores de 18 anos.
Não é necessário ajustar a dose para pacientes com insuficiência hepática leve (Classe A de Child-Pugh). O tratamento com Parecoxibe Sódico deve ser iniciado com a menor dose recomendada em pacientes com insuficiência hepática moderada (Classe B de Child-Pugh). Pacientes com insuficiência hepática grave (Classe C de Child-Pugh) não foram estudados, portanto, não se recomenda o uso de parecoxibe nesses pacientes.
Em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 30 mL/minuto) ou em pacientes predispostos à retenção hídrica, Parecoxibe Sódico deve ser iniciado com a menor dose recomendada e a função renal do paciente deve ser monitorizada.
Quando Parecoxibe Sódico é coadministrado com fluconazol deve ser utilizada a menor dose recomendada de Parecoxibe Sódico.
A injeção in bolus pode ser administrada diretamente na veia ou numa via IV existente. A injeção IM deve ser administrada lenta e profundamente no interior do músculo.
Parecoxibe Sódico deve ser reconstituído antes do uso. O produto não contém conservantes e sua preparação exige técnica asséptica. Recomenda-se reconstituir Parecoxibe Sódico (frascos de 40 mg) com 2 mL de solução IM/IV de cloreto de sódio a 0,9%.
Solução bacteriostática de cloreto de sódio a 0,9%, solução de glicose a 5%, solução de glicose a 5% com cloreto de sódio a 0,45%. Não se recomenda para a reconstituição o uso de solução de Ringer lactato ou solução de glicose a 5% em Ringer lactato, pois ocorrerá a precipitação do fármaco. Não se recomenda o uso de água para injetáveis para a reconstituição de Parecoxibe Sódico, uma vez que a solução resultante não é isotônica.
Após a reconstituição com diluente adequado, Parecoxibe Sódico pode ser injetado através de uma via de infusão IV, usada para as soluções: solução injetável de cloreto de sódio a 0,9%; solução de glicose a 5%; solução de Ringer lactato; solução de glicose a 5% com cloreto de sódio a 0,45%. Não se recomenda a injeção em via de administração intravenosa com solução de glicose a 5% em Ringer lactato ou outras soluções IV não listadas acima, pois isso pode causar a precipitação da solução. Parecoxibe Sódico não deve ser misturado a qualquer outro medicamento para administração na mesma seringa. Não injetar Parecoxibe Sódico numa via de infusão IV de qualquer outro fármaco. A via IV deve ser adequadamente limpa antes e após a injeção de parecoxibe com uma solução de compatibilidade conhecida.
As seguintes reações adversas foram relatadas por pacientes que receberam Parecoxibe Sódico (n = 5.402) em 28 estudos placebo-controlados.
Após cirurgia de revascularização do miocárdio, pacientes que receberam Parecoxibe Sódico tiveram um maior risco de desenvolverem reações adversas, como reações cardiovasculares/tromboembólicas (por ex., infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral), infecções cirúrgicas ou complicações da cicatrização da ferida do esterno.
Na experiência pós-comercialização, foram relatados os seguintes eventos adversos raros e graves em associação ao uso de Parecoxibe Sódico: colapso circulatório, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, insuficiência renal e reações de hipersensibilidade incluindo anafilaxia e angioedema. Na experiência pós-comercialização, além de reação adversa cutânea grave, eritema multiforme e da síndrome de Stevens Johnson, necrólise epidérmica tóxica foram relatadas durante o uso de valdecoxibe e não podem ser descartadas para o Parecoxibe Sódico.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos - VigiMed, disponível em http://portal.anvisa.gov.br/vigimed, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
A experiência clínica com superdose é limitada. Não se observaram sintomas de superdose com uma única dose IV de até 200 mg de Parecoxibe Sódico em indivíduos saudáveis. Doses de Parecoxibe Sódico de 50 mg IV, 2 vezes ao dia (100 mg/dia) por 7 dias não resultaram em sinais de toxicidade. Em caso de suspeita de superdose, cuidados médicos apropriados de suporte devem ser realizados. É pouco provável que a diálise seja um método eficiente de remoção do fármaco devido à sua alta ligação proteica.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Os estudos de interação medicamentosa foram realizados tanto com Parecoxibe Sódico quanto com valdecoxibe, a forma ativa do fármaco. Em humanos, parecoxibe sofre extenso metabolismo hepático envolvendo as isoenzimas P450 3A4 e 2C9, e vias P450-independentes (por ex., glicuronidação). A administração concomitante de parecoxibe com inibidores conhecidos da CYP3A4 e da 2C9 pode resultar em aumento da AUC de parecoxibe.
Parecoxibe Sódico pode ser coadministrado com analgésicos opioides. Em estudos clínicos, a dose diária requerida de opioides (conforme necessidade – PRN) foi significativamente reduzida quando coadministrada com Parecoxibe Sódico.
Não foram realizados estudos formais de interação entre parecoxibe e agentes anestésicos inalatórios, tais como óxido nitroso e isoflurano. No entanto, não há evidência de interação medicamentosa em estudos clínicos.
Parecoxibe Sódico não tem efeito sobre a inibição da agregação plaquetária mediada pelo ácido acetilsalicílico.
Devido à ausência de efeitos plaquetários, Parecoxibe Sódico não substitui ácido acetilsalicílico como profilaxia cardiovascular.
Modos de administração que não sejam IV ou IM (por exemplo, intraarticular, intratecal) não foram estudados e não devem ser usados.
Inibidores COX-2, classe da qual o parecoxibe faz parte, estão associados com o aumento do risco de eventos adversos cardiovasculares e trombóticos quando administrados por muito tempo. O aumento relativo desse risco parece ser similar naqueles com ou sem doença CV conhecida ou fatores de risco CV. Entretanto, pacientes com doença cardiovascular conhecida ou fatores de risco CV podem estar sob um risco maior em relação à incidência absoluta, devido ao aumento da taxa basal. A exata magnitude do risco associado com uma dose única ainda não foi determinada, assim como a exata duração da terapia associada com risco aumentado. Dois estudos separados sobre a cirurgia de revascularização do miocárdio (CABG) mostraram que pacientes recebendo parecoxibe por no mínimo 3 dias seguidos e valdecoxibe via oral (o metabólito ativo do parecoxibe) por 7 a 14 dias, apresentaram aumento da incidência de eventos cardiovasculares e tromboembólicos (por ex. infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral) comparados com aqueles recebendo placebo. Parecoxibe Sódico é, portanto, contraindicado, para o tratamento de dor pósoperatória imediata seguida de cirurgia CABG.
Em pacientes tratados com parecoxibe, ocorreu hemorragia, ulceração ou perfuração do TGI superior. Os pacientes sob maior risco de desenvolvimento de complicação gastrintestinais com AINEs são os idosos, aqueles com doença cardiovascular ou pacientes com história ou doença gastrointestinal ativa, como ulceração, sangramento ou condições inflamatórias; ou pacientes que utilizam ácido acetilsalicílico concomitantemente. A classe dos AINEs também está associada a complicações gastrointestinais aumentadas quando co-administrada com corticosteroides, inibidores seletivos de recaptação da serotonina, outros antiagregantes plaquetários, outros AINEs ou pacientes que ingiram álcool, no entanto, não há dados clínicos específicos para parecoxibe.
O valdecoxibe, a parte ativa do parecoxibe, contém o radical sulfonamida e em pacientes com história conhecida de alergia à sulfonamidas pode aumentar o risco de reações dermatológicas. Pacientes sem história prévia de alergia a sulfonamidas pode também estar sob risco de apresentar reações cutâneas graves. Foram relatadas reações dermatológicas graves, incluindo eritema multiforme e síndrome de Stevens-Johnson, através da vigilância pós-comercialização em pacientes que receberam Parecoxibe Sódico. Também foi relatado necrólise epidérmica tóxica, além de eritema multiforme e síndrome de Stevens-Johnson, através da vigilância póscomercialização em pacientes que receberam valdecoxibe. Foram relatadas fatalidades devido à síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica com valdecoxibe e esses desfechos não podem ser descartados com o uso de Parecoxibe Sódico. A reação medicamentosa com eosinofilia e síndrome dos sintomas sistêmicos (síndrome de DRESS) pode ocorrer com a exposição ao parecoxibe com base em outras reações cutâneas graves relatadas com a exposição ao celecoxibe e ao valdecoxibe. Os pacientes parecem estar sob um risco maior para esses eventos durante o início do tratamento; com o início dos eventos ocorrendo, na maioria dos casos, dentro das duas primeiras semanas de tratamento. Parecoxibe Sódico deve ser interrompido ao primeiro sinal de erupção cutânea (rash), lesões na mucosa ou qualquer outro indicativo de hipersensibilidade. Reações dermatológicas graves também foram relatadas com outros inibidores da COX-2 durante a experiência pós-comercialização. A frequência desses eventos parece ser maior para valdecoxibe quando comparados a outros agentes da COX-2.
Foram relatadas reações de hipersensibilidade (reações anafiláticas e angioedema) durante a experiência pós-comercialização com valdecoxibe e Parecoxibe Sódico.
Essas reações ocorreram em pacientes com e sem história de reações alérgicas a sulfonamidas.
Casos de hipotensão severa logo após a administração de parecoxibe foram relatados na experiência pós-comercialização com parecoxibe. Alguns destes casos têm ocorrido sem outros sinais de anafilaxia. O profissional de saúde deve estar preparado para tratar a hipotensão severa.
O uso concomitante de AINEs com anticoagulantes orais aumenta o risco de sangramento. Anticoagulantes orais incluem varfarina/tipo cumarina e modernos anticoagulantes orais (p. ex., apixabana, dabigatran e rivaroxabana). A coadministração de parecoxibe e varfarina causou um pequeno aumento da área sob a curva (AUC) da varfarina e também do tempo de protrombina (medido pelo International Normalized Ratio - INR). Embora os valores médios do INR tenham aumentado pouco com a coadministração de Parecoxibe Sódico, a variabilidade diária individual dos valores do INR foi aumentada. A atividade anticoagulante deve ser monitorada, particularmente durante os primeiros dias, após o início do tratamento com Parecoxibe Sódico em pacientes que estejam em uso de varfarina ou agentes similares, uma vez que estes pacientes apresentam um risco aumentado de complicações hemorrágicas.
Assim como com todos os AINEs, Parecoxibe Sódico pode levar ao surgimento de uma nova hipertensão ou piora da hipertensão preexistente, o que pode contribuir para o aumento da incidência de eventos cardiovasculares. AINEs, incluindo parecoxibe, devem ser usados com precaução em pacientes com hipertensão.
A pressão sanguínea deve ser monitorada cuidadosamente durante o início e ao longo de toda terapia com Parecoxibe Sódico.
Como acontece com outros fármacos conhecidos por inibir a síntese de prostaglandinas, observaram-se retenção de líquido e edema em alguns pacientes em uso de Parecoxibe Sódico Portanto, Parecoxibe Sódico deve ser usado com cautela em pacientes com função cardíaca comprometida, edema preexistente ou outras condições que predisponham à, ou sejam agravadas, pela retenção de líquido, incluindo pacientes em tratamento com diuréticos ou então com risco de hipovolemia.
Foi relatada insuficiência renal aguda durante a experiência pós-comercialização em pacientes recebendo Parecoxibe Sódico. Pacientes com doença renal avançada em tratamento com Parecoxibe Sódico devem ter a função renal cuidadosamente monitorada. Deve-se ter cuidado ao se iniciar o tratamento com Parecoxibe Sódico em pacientes com desidratação. É aconselhável reidratar os pacientes primeiro e, em seguida, iniciar o tratamento com Parecoxibe Sódico.
Pacientes com insuficiência hepática grave (Classe C de Child-Pugh) não foram estudados. O uso de Parecoxibe Sódico em pacientes com insuficiência hepática grave não é recomendado. Parecoxibe Sódico deve ser utilizado com cautela quando administrado a pacientes com insuficiência hepática moderada (Classe B de Child-Pugh) e iniciado na menor dose recomendada (vide item 8. Posologia e Modo de Usar). Durante o tratamento com Parecoxibe Sódico qualquer paciente com sinais e/ou sintomas sugestivos de insuficiência hepática, ou que tenha apresentado uma prova de função hepática anormal, deve ser monitorado cuidadosamente quanto ao desenvolvimento de uma reação hepática mais grave.
Por reduzir a inflamação, Parecoxibe Sódico pode diminuir a utilidade de sinais diagnósticos, como febre, na detecção de infecções. O uso concomitante de Parecoxibe Sódico com outros AINEs não específicos deve ser evitada.
Não foram avaliadas a segurança e a eficácia em indivíduos menores de 18 anos.
Com base no mecanismo de ação, o uso de AINEs pode retardar ou impedir a ruptura dos folículos ovarianos, o que tem sido associado com a infertilidade reversível em algumas mulheres. Em mulheres que têm dificuldade em engravidar ou que estão sob investigação de infertilidade, a retirada de AINEs, incluindo Parecoxibe Sódico, deve ser considerada.
Não foi evidenciada teratogenicidade em estudos em ratos e coelhos. Estudos em ratos em doses maternalmente tóxicas e estudos em coelhos na dose máxima avaliável não revelaram efeitos embriotóxicos além de perda pós-implantação, que foi observada com outros fármacos que inibem a síntese de prostaglandina. Não há estudos em mulheres grávidas. Parecoxibe Sódico só deve ser usado durante a gravidez se o benefício potencial para a mãe justificar o risco potencial para o feto. Assim como com outros medicamentos que inibem a síntese de prostaglandinas, deve-se evitar o uso de Parecoxibe Sódico no último trimestre de gestação, uma vez que ele pode causar inércia uterina e fechamento prematuro do canal arterial. A inibição da síntese de prostaglandinas pode afetar negativamente a gravidez. Dados de estudos epidemiológicos sugerem um risco aumentado de aborto espontâneo após o uso de inibidores da síntese de prostaglandinas no início da gravidez. Em animais, a administração de inibidores da síntese de prostaglandinas tem demonstrado aumento na perda pré e pósimplantação.
Se usado durante o segundo ou terceiro trimestre da gravidez, os AINEs podem causar disfunção renal fetal que pode resultar na redução do volume de líquido amniótico ou oligoidrâmnio em casos graves. Tais efeitos podem ocorrer logo após o início do tratamento e são geralmente reversíveis. As mulheres grávidas utilizando parecoxibe devem ser cuidadosamente monitoradas quanto ao volume de líquido amniótico.
Parecoxibe Sódico é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Parecoxibe Sódico e seu metabólito ativo são excretados no leite de ratas. A administração de uma dose única de parecoxibe a lactantes resultou na transferência de uma porção relativamente pequena de parecoxibe e de seu metabólito ativo ao leite materno, o que por sua vez resultou em uma dose relativamente pequena para o lactente (menos de 1% da dose aplicada à mãe, com os devidos ajustes de peso). Por causa do potencial de reações adversas em crianças lactentes devido ao Parecoxibe Sódico, deve-se decidir entre suspender o aleitamento ou o tratamento, levando em consideração a importância do fármaco para a mãe.
Não foi estudado o efeito de Parecoxibe Sódico sobre a capacidade de dirigir ou de operar máquinas.
A eficácia clínica em cólica renal foi demonstrada em estudo randomizado, duplo-cego e multicêntrico, utilizando parecoxibe 40 mg IV em dose única em comparação com cetoprofeno 100 mg IV. O parecoxibe foi considerado não inferior ao cetoprofeno em eficácia e segurança, apresentando ainda as vantagens associadas à inibição seletiva da COX-2 (rápida infusão endovenosa, sem alteração de função plaquetária, baixo risco de desenvolvimento de eventos adversos gastrointestinais).
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O parecoxibe é o pró-fármaco de valdecoxibe. O valdecoxibe é um AINEs, que, em modelos animais, apresenta atividades anti-inflamatória, analgésica e antipirética. Acredita-se que o mecanismo de ação de valdecoxibe é a inibição da síntese de prostaglandinas mediadas pela inibição da COX-2. Em concentrações plasmáticas terapêuticas em humanos, valdecoxibe não inibe a cicloxigenase 1 (COX-1).
O parecoxibe tem sido estudado em uma ampla gama de cirurgias maiores e menores. A eficácia do parecoxibe foi estabelecida nos estudos de dor no pós-operatório de cirurgia dentária, ginecológica (histerectomia), ortopédica (prótese de joelho e quadril) e de revascularização do miocárdio (vide item 4. Contraindicações). O primeiro efeito analgésico perceptível ocorreu em 7 a 13 minutos, com analgesia clinicamente significativa alcançada em 23 a 39 minutos e o efeito máximo foi alcançado dentro de 2 horas após a administração de doses únicas de 40 mg IV ou IM de parecoxibe. A magnitude do efeito analgésico da dose de 40 mg foi comparável a do cetorolaco 60 mg IM ou do cetorolaco 30 mg IV. Após uma dose única, a duração da analgesia foi dependente da dose e do modelo de dor clínica, e variou de 6 a mais de 12 horas.
A maioria dos ensaios foi projetada para administração de até 3 dias. Os dados de 3 dos 28 ensaios randomizados controlados com placebo, onde os protocolos permitiram o tratamento de parecoxibe por > 3 dias foram reunidos e analisados, 358 pacientes receberam parecoxibe por > 3 dias e 318 pacientes receberam placebo por > 3 dias. Ambos os grupos tinham dados demográficos semelhantes. A duração média (DM) do tratamento foi de 4,1 (0,4) dias para o parecoxibe e 4,2 (0,5) dias para o placebo, o intervalo foi de 4 a 7 dias para parecoxibe e 4 a 9 dias para o placebo. A ocorrência de reações adversas (RA) em pacientes que receberam parecoxibe por 4 a 7 dias (duração média de 4 dias) foi baixa após o Dia 3 de tratamento e similar ao placebo.
O parecoxibe, nas doses recomendadas, reduziu de forma significativa o consumo de opioides e os efeitos adversos relacionados aos opioides relatados pelos pacientes (fadiga, sonolência, confusão, dificuldade de concentração, tontura, náuseas, constipação, dificuldade para urinar, coceira, ânsia de vômito/vômitos), ao mesmo tempo em que proporcionou maior alívio da dor em comparação com os opioides em monoterapia. Em um estudo placebo controlado em cirurgia ortopédica e geral (n=1050), pacientes receberam uma dose inicial parenteral de parecoxibe 40 mg IV seguida de 20 mg duas vezes ao dia por no mínimo 72 horas, além disso, receberam tratamento padrão incluindo infusão de opioides suplementar controlada pelo paciente (sulfato de morfina IV). A redução no uso de opioides com o tratamento com o parecoxibe nos Dias 2 e 3 foi de 7,2 mg e 2,8 mg (37% e 28%, respectivamente). A redução no uso de opioides foi acompanhada de reduções significativas nos sintomas de angústia relacionados à opioides reportados pelos pacientes, bem como a melhora no alívio da dor em comparação aos opioides em monoterapia. Estudos adicionais em outros ambientes cirúrgicos apresentaram observações similares.
Nos estudos clínicos que avaliaram pacientes adultos jovens (18-55 anos) e idosos (65-83 anos), doses únicas e múltiplas por até 7 dias com parecoxibe 20 mg e 40 mg duas vezes ao dia, não apresentaram efeito sobre a agregação plaquetária ou tempo de sangramento. Por comparação, cetorolaco 15 mg e 30 mg em dose única, ou após 5 dias de tratamento, reduziu significativamente a agregação plaquetária e aumentou significativamente o tempo de sangramento. O parecoxibe (40 mg duas vezes ao dia) não apresentou um efeito clinicamente significativo sobre a inibição da função plaquetária mediada pelo ácido acetilsalicílico, e não alterou os efeitos farmacodinâmicos da heparina sobre o Tempo de Tromboplastina Parcial ativada (TTPA) ou sobre as plaquetas, em comparação com o placebo.
Em estudos de curta duração (7 dias), a incidência de úlceras ou erosõesgastroduodenais observadas por endoscopia em voluntários jovens e idosos saudáveis ( ≥ 65 anos) que receberam o parecoxibe (5%-21%), embora maior do que a dos que receberam o placebo (5%-12%), foi significativamente menor do ponto de vista estatístico do que a incidência observada com AINEs (66%-90%).
Além do relato de eventos adversos de rotina, categorias de eventos pré-especificadas, julgadas por um comitê independente de especialistas, foram examinadas em dois estudos de segurança controlados por placebo nos quais os pacientes receberam parecoxibe sódico por pelo menos 3 dias e, em seguida, tiveram a terapia trocada para valdecoxibe oral por uma duração total de 10 a 14 dias. Todos os pacientes receberam o padrão de tratamento de analgesia durante o tratamento. Os pacientes receberam uma baixa dose de ácido acetilsalicílico antes da randomização e ao longo de dois estudos de cirurgia de revascularização do miocárdio. O primeiro estudo de cirurgia de revascularização do miocárdio avaliou pacientes tratados com parecoxibe sódico 40 mg duas vezes ao dia por via intravenosa por um mínimo de 3 dias, seguido de um tratamento com valdecoxibe 40 mg duas vezes ao dia (grupo parecoxibe sódico/valdecoxibe) (n=311) ou placebo/placebo (n=151) em um estudo duplo-cego e controlado por placebo de 14 dias de duração. Nove categorias pré-especificadas de eventos adversos foram avaliados (acontecimentos cardiovasculares tromboembólicos, pericardite, início ou exacerbação de insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência/disfunção renal, complicações da úlcera do trato gastrointestinal superior, importante sangramento não relacionado a trato gastrointestinal, infecções, complicações não infecciosas pulmonares e morte). Houve uma incidência significativamente maior (p<0,05) de eventos cardiovasculares/tromboembólicos (infarto do miocárdio, isquemia, acidente vascular cerebral, trombose venosa profunda e embolia pulmonar) detectados no grupo de tratamento parecoxibe/valdecoxibe em comparação com o grupo de tratamento placebo/placebo para o período de administração IV (2,2% e 0,0%, respectivamente) e por todo o período de estudo (4,8% e 1,3%, respectivamente).
Complicações da ferida cirúrgica (a maioria envolvendo cortes do esterno) foram observadas em uma taxa aumentada no tratamento com parecoxibe/valdecoxibe.
No segundo estudo de cirurgia de revascularização do miocárdio, foram avaliadas quatro categorias de eventos pré-especificados (cardiovascular/tromboembólicos; disfunção renal/insuficiência renal; úlcera/sangramento do trato gastrointestinal superior; complicação da ferida cirúrgica). Os pacientes foram randomizados nas 24 horas pós-cirurgia de revascularização do miocárdio: dose inicial de parecoxibe 40 mg IV, em seguida 20 mg IV a cada 12 horas por um mínimo de 3 dias seguido de valdecoxibe VO (20 mg a cada 12 horas) (n=544) pelo período de tratamento restante de 10 dias; placebo IV seguido de valdecoxibe VO (n=544); ou placebo IV seguido de placebo VO (n=548). Uma incidência significativamente maior (p=0,033) de eventos da categoria cardiovascular/tromboembólica foi detectada no grupo de tratamento parecoxibe/valdecoxibe (2,0%) em comparação com o grupo de tratamento placebo/placebo (0,5%). O tratamento com placebo/valdecoxibe também foi associado a uma incidência maior de eventos cardiovasculares tromboembólicos versus tratamento com placebo, porém esta diferença não atingiu significância estatística. Três de seis eventos cardiovasculares tromboembólicos do grupo de tratamento placebo/valdecoxibe ocorreram durante o período de tratamento com placebo; estes pacientes não receberam o valdecoxibe. Os eventos pré-especificados que ocorreram com a incidência mais alta de todos os três grupos de tratamento envolveram a categoria de complicações da ferida cirúrgica, incluindo infecções e alterações da cicatrização do esterno.
Não houve diferenças significativas entre os tratamentos ativos e o placebo para qualquer uma das outras categorias de eventos pré-especificados (disfunção/insuficiência renal, complicações de úlceras do trato gastrintestinal superior ou complicações de corte cirúrgico).
O parecoxibe ainda não foi estudado em outros procedimentos de revascularização cardiovascular diferentes do de revascularização do miocárdio.
Em uma análise de 17 estudos controlados em cirurgias de grande porte, não cardíaca, na qual a maioria dos pacientes foi tratada por 2 dias, os pacientes que receberam o parecoxibe não apresentaram risco aumentado de eventos adversos cardiovasculares em comparação com o placebo. Incluindo pacientes com nenhum, um ou dois fatores de risco cardiovascular. Esta análise possui cerca de 77% de poder para detectar uma duplicação da taxa histórica de eventos adversos cardiovasculares em pacientes tratados com o parecoxibe.
Em um estudo principal de grande porte (N=1050) em cirurgia ortopédica/geral, os pacientes receberam uma dose inicial de parecoxibe 40 mg IV, seguida de 20 mg IV a cada 12 horas por um mínimo de 3 dias seguido de valdecoxibe VO (20 mg a cada 12 horas) (n=525) pelo período de tempo restante de tratamento de 10 dias, ou placebo IV seguido de placebo VO (n=525). Não houve diferenças significativas no perfil de segurança global, incluindo as quatro pré-específica categoria descrita acima pelo segundo estudo de revascularização do miocárdio (cardiovascular/tromboembólicos; disfunção renal/insuficiência renal; úlcera/sangramento do trato gastrointestinal superior; complicação da ferida cirúrgica) para parecoxibe sódico/valdecoxibe em comparação com o tratamento placebo nestes pacientes pós-cirúrgicos.
Após administração por injeção IV ou IM, parecoxibe é rapidamente convertido em valdecoxibe, a substância farmacologicamente ativa, por hidrólise enzimática no fígado.
A exposição de valdecoxibe após dose única de parecoxibe, como medido tanto pela área sob a curva (AUC) quanto pela concentração máxima (Cmáx), é quase linear na faixa de doses clínicas. A AUC e a Cmáx após duas administrações diárias é linear até 50 mg IV e 20 mg IM. O estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas de valdecoxibe foi atingido em 4 dias com o esquema posológico de 2 vezes ao dia. Após dose única de 20 mg de parecoxibe sódico por via IV e IM, a Cmáx de valdecoxibe é atingida em aproximadamente 30 minutos e 1 hora, respectivamente. Exposição de valdecoxibe foi similar em relação a AUC e Cmáx após administração IV e IM.
Exposição de parecoxibe foi similar após administração IV ou IM em relação à AUC. A Cmáx média de parecoxibe após administração IM foi menor comparado à IV em bolus, que é atribuído à absorção extravascular mais lenta após administração IM. Essas reduções não foram consideradas clinicamente importantes uma vez que a Cmáx de valdecoxibe é comparável após administração IM e IV de parecoxibe sódico.
O volume de distribuição de valdecoxibe depois de sua administração IV é de aproximadamente 55 litros. A ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 98% na faixa de concentração) atingida com a máxima dose recomendada de 80 mg/dia. O valdecoxibe, mas não parecoxibe, difunde-se extensivamente para o interior dos eritrócitos.
O parecoxibe é rápida e quase completamente convertido em valdecoxibe e ácido propiônico in vivo com meia-vida plasmática de aproximadamente 22 minutos. A eliminação do valdecoxibe é extensivamente por metabolização hepática envolvendo vias múltiplas, incluindo citocromo P-450 (CYP-isoenzimas 3A4 e CYP2C9) e glicuronidação (cerca de 20%) do radical sulfonamida. Identificou-se um metabólito do valdecoxibe (forma hidroxilada pela via do CYP-450) no plasma humano, que é ativo como um inibidor da COX-2. Ele representa cerca de 10% da concentração de valdecoxibe. Por causa da concentração reduzida desse composto, sugere-se que ele não contribua de forma clinicamente significativa para os efeitos da administração de doses terapêuticas de parecoxibe sódico.
O valdecoxibe é eliminado por metabolismo hepático com menos de 5% da dose excretada inalterada na urina. Não se detecta parecoxibe inalterado na urina e apenas pequena quantidade é detectada nas fezes. Cerca de 70% da dose é excretada na urina como metabólitos inativos. O clearance plasmático (CLp) de valdecoxibe é de aproximadamente 6 L/h. A meia-vida de eliminação (T1/2) de valdecoxibe após administração IV ou IM de parecoxibe sódico é de aproximadamente 8 horas.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 27 de Março de 2020