O tratamento com pravastatina sódica é indicado para o controle do colesterol e deve ser feito junto com uma dieta com restrição de gorduras saturadas e colesterol (geralmente presentes em alimentos de origem animal). Seu uso é recomendado quando a resposta à dieta e a outras medidas não medicamentosas falharem ou se mostrarem insuficientes.
Em pacientes com aumento do colesterol (hipercolesterolemia) sem doença do coração, pravastatina sódica é indicada associada à dieta para reduzir risco de infarto do miocárdio (infarto do coração).
Também é indicada associada aos procedimentos de revascularização do miocárdio (cirurgia de ponte do coração ou cateterismo), quando necessário, assim como na melhora da sobrevida destes pacientes por proporcionar uma redução do risco de morte.
Este medicamento é indicado para a redução dos níveis elevados de diversas gorduras prejudiciais do sangue (LDL-colesterol, colesterol total, apolipoproteína B e triglicérides) e para aumentar o HDL-colesterol em pessoas com hipercolesterolemia primária e dislipidemia, como adjuvante da dieta, quando a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (por exemplo, exercício, redução de peso) é insuficiente. Antes de se iniciar o tratamento com pravastatina sódica, as outras causas de aumento do colesterol deverão ser excluídas.
Em pacientes com colesterol alto ou doença cardiovascular, este medicamento está indicado como adjuvante à dieta para reduzir a velocidade de progressão da aterosclerose e para reduzir a incidência de ataques cardiovasculares.
Após o transplante de órgãos sólidos (coração e rins), pravastatina sódica é indicada para aumentar a sobrevida e para reduzir o risco de rejeição aguda em pacientes com transplante renal.
Este medicamento age diminuindo os níveis de colesterol e reduzindo a progressão da aterosclerose. O colesterol é uma forma de gordura que circula no sangue normalmente, mas quando em grande quantidade começa a se acumular nas artérias, provocando estreitamentos (aterosclerose) que diminuem o fluxo de sangue para os órgãos vitais. Por sua ação, pravastatina sódica diminui a possibilidade de entupimento das artérias do organismo, principalmente do coração e do cérebro, reduz o risco dos eventos cardíacos (angina e infarto), reduz o risco de derrame cerebral (acidente vascular cerebral) e aumenta a sobrevida em pessoas com transplantes.
A pravastatina sódica comprimidos reduz o colesterol de duas maneiras. Primeiro inibe de forma reversível a atividade de uma enzima chamada HMG-CoA redutase, que é responsável pela síntese de colesterol no fígado. Depois disso, a pravastatina inibe a produção de lipoproteína de baixa e muito baixa densidades (LDL e VLDL) que se ligam ao colesterol para circular no sangue.
Este medicamento, após a ingestão, está presente no sangue em 1 hora a 1 hora e meia. A eficácia deste medicamento não é alterada pela presença ou não de alimentos no estômago e intestinos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Os comprimidos de pravastatina sódica são de uso oral e devem ser tomados com um pouco de água e independentemente das refeições e preferencialmente à noite.
Antes de iniciar o uso da pravastatina, causas secundárias de hipercolesterolemia devem ser excluídas e os pacientes devem ser colocados em uma dieta padrão de redução de lipídios que deve continuar durante o tratamento.
A faixa de dose recomendada é de 10-40 mg uma vez por dia. A resposta terapêutica é observada após uma semana e o efeito completo de uma dose administrada ocorre dentro de quatro semanas, portanto, as monitorizações periódicas de lipídios devem ser realizadas e a dose ajustada em conformidade. A dose máxima diária é de 40 mg.
Em todos os ensaios preventivos de morbidade e mortalidade, a única dose inicial e de manutenção estudada foi de 40 mg por dia.
Após transplante de órgão, uma dose inicial de 20 mg por dia é recomendada em pacientes que recebem terapia imunossupressora. Dependendo da resposta dos parâmetros lipídicos, a dose pode ser ajustada até 40 mg sob vigilância médica.
O intervalo de dose recomendado é de 10-20 mg uma vez por dia para pacientes entre 8 e 13 anos de idade, uma vez que doses superiores a 20 mg não foram estudadas nessa população; e 10-40 mg diariamente para pacientes entre 14 e 18 anos de idade (para crianças e adolescentes do sexo feminino em idade fértil, vide "Quais cuidados devo ter ao usar o Pravastatina Sódica Accord Farma?"). Não há estudo para crianças menores de 8 anos de idade.
Não é necessário ajuste da dose nestes pacientes a não ser que existam fatores de risco predisponentes.
Uma dose inicial de 10 mg por dia é recomendada em pacientes com insuficiência renal moderada ou grave ou insuficiência hepática significativa. A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta dos parâmetros lipídicos e sob supervisão médica.
Os efeitos da pravastatina na diminuição do colesterol total e LDL colesterol são reforçados quando combinada com uma resina de ligação de ácidos biliares (por exemplo, colestiramina, colestipol). A pravastatina deve ser administrada uma hora antes, ou pelo menos, quatro horas após a resina.
Para os pacientes que tomam ciclosporina com ou sem outros medicamentos imunossupressores, o tratamento deve começar com 20 mg de pravastatina uma vez por dia e titulação de 40 mg deve ser realizada com precaução.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se esquecer de tomar uma dose, deverá tomar a dose seguinte como de costume, isto é, na hora regular.
Não dobre a dose para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Os inibidores da HMG-CoA redutase (classe a qual pertence a pravastatina sódica) podem causar anormalidades no funcionamento do fígado e dos músculos. A associação da pravastatina com fibratos não é recomendada.
O risco benefício do tratamento deve ser cuidadosamente avaliado pelo médico antes do início do tratamento em crianças antes da puberdade.
Caso sinta dor, amolecimento ou enfraquecimento muscular inexplicável procure imediatamente o seu médico. O risco dessas alterações musculares durante o tratamento é maior quando se toma junto com outros medicamentos como fibratos, ciclosporina, eritromicina ou niacina. Em geral, você deve evitar o uso combinado de pravastatina e fibratos.
Foram reportados casos muito raros de uma miopatia necrosante imunomediada (IMNM - alteração muscular devida a anticorpos), durante ou após o tratamento com algumas estatinas. A IMNM é caracterizada clinicamente por fraqueza muscular e alteração de exame laboratorial de dosagem de creatina quinase sérica (enzima muscular), que persistem apesar de interrupção do tratamento com estatinas.
A pravastatina não deve ser usada junto com medicamentos com ácido fusídico ou dentro de 7 dias após parar o tratamento com ácido fusídico. Em pacientes em que o uso de ácido fusídico é considerado essencial, o tratamento com estatinas deve ser descontinuado ao longo da duração do tratamento com ácido fusídico. Houve relatos de rabdomiólise (lesão muscular que pode levar a insuficiência renal aguda) (incluindo algumas fatalidades) em pacientes que receberam a combinação de ácido fusídico e estatinas. O paciente deve buscar recomendação médica imediatamente se houver qualquer sintoma de fraqueza muscular, dor ou sensibilidade.
A coadministração de ácido fusídico com estatinas é contraindicada nas indicações cutâneas de antibiótico.
Terapia com estatinas podem ser reintroduzidas sete dias após a última dose de ácido fusídico. Em circunstâncias especiais, onde o uso de prolongado de ácido fusídico sistêmico é necessário, por exemplo, para o tratamento de infecções severas, a necessidade de coadministração de pravastatina e ácido fusídico deve ser considerada em caso a caso e sob supervisão médicas.
Informe ao seu médico se você tem ou teve miastenia (doença com fraqueza muscular geral, incluindo os músculos oculares e, em alguns casos, músculos usados durante a respiração), pois medicamentos da classe das estatinas podem agravar a condição. Raramente, estatinas também podem levar à ocorrência de miastenia.
Converse com seu médico se sentir fraqueza nos braços ou pernas, que piora após períodos de atividade, visão dupla ou queda das pálpebras, dificuldade para engolir ou falta de ar.
Pacientes com histórico de doença no fígado ou de alcoolismo nem sempre estão aptos a utilizar pravastatina sódica comprimidos.
Caso você sinta dor no peito com o uso de pravastatina sódica comprimidos, o médico deverá considerar essa possibilidade.
Os casos excepcionais de doença intersticial pulmonar têm sido relatados com algumas estatinas, especialmente com a terapia de longo prazo. Os sintomas podem incluir dispneia, tosse não produtiva e deterioração da saúde geral (fadiga, perda de peso e febre). Se há suspeita de doença intersticial pulmonar, a terapia com estatinas deve ser interrompida.
Algumas evidências sugerem que as estatinas, em alguns pacientes, com alto risco de diabetes no futuro, podem produzir hiperglicemia (aumento da taxa de açúcar no sangue). Neste caso, deve-se procurar tratamento médico adequado. Esse risco, no entanto, é compensado pela redução do risco vascular com o uso de estatinas e, portanto, não deve ser uma razão para a interrupção do tratamento. Pacientes em situação de risco (glicemia de jejum 5,6-6,9 mmol /L, IMC >30 kg / m2 associado a aumento de triglicérides e hipertensão) devem ser monitorados clínica e laboratorialmente de acordo com as diretrizes nacionais.
Este medicamento possui lactose. Seu uso não é recomendado em paciente com intolerância a galactose, deficiência de lactase de Lapp ou síndrome de má absorção de glicose-galactose (doenças hereditárias raras).
Em crianças antes da puberdade, o risco/benefício do tratamento deve ser cuidadosamente avaliado por médicos antes do início do tratamento.
Houveram relatos de casos raros de miopatia necrosantes imunomediada (IMNM) durante ou depois do tratamento com algumas estatinas. IMNM é clinicamente caracterizado por fraqueza persistente do músculo proximal e aumento sérico de creatina quinase, o qual persiste mesmo após a descontinuação do tratamento.
A pravastatina tem pouca ou nenhuma influência sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
No entanto, quando conduzir um veículo ou utilizar máquinas, deve se atentar que podem ocorrer tonturas distúrbios visuais, distúrbios de sono (incluindo insônia e pesadelos), perda de memória e depressão durante o tratamento.
A pravastatina é contraindicada durante a gravidez e deve ser administrada a mulheres em idade fértil somente quando estas pacientes não são susceptíveis a gravidez e foram informadas do risco potencial.
Especial cuidado é recomendado em mulheres jovens com potencial de engravidar para garantir a compreensão adequada do potencial risco associado à terapia de pravastatina durante a gravidez. Se uma paciente tiver planos para engravidar ou fique grávida, o médico deve ser informado imediatamente e a pravastatina deve ser descontinuada pelo potencial risco para o feto.
Uma pequena quantidade de pravastatina é excretada no leite materno. Sendo assim, pravastatina é contraindicada durante a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento pode causar malformação ao bebê durante a gravidez.
Em crianças antes da puberdade, o risco/benefício do tratamento deve ser cuidadosamente avaliado por médicos antes do início do tratamento.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
Embalagens com 10 ou 30 comprimidos.
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico acima de 8 anos.
10 mg de pravastatina sódica (equivalente a 9,51 mg de pravastatina).
Excipientes: lactose monoidratada, óxido de magnésio, croscarmelose sódica, óxido férrico amarelo, povidona K30, estearato de magnésio, microcelac 100 (lactose monoidratada, celulose microcristalina).
20 mg de pravastatina sódica (equivalente a 19,01 mg de pravastatina).
Excipientes: lactose monoidratada, óxido de magnésio, croscarmelose sódica, óxido férrico amarelo, povidona K30, estearato de magnésio, microcelac 100 (lactose monoidratada, celulose microcristalina).
40 mg de pravastatina sódica (equivalente a 38,03 mg de pravastatina).
Excipientes: lactose monoidratada, óxido de magnésio, croscarmelose sódica, óxido férrico amarelo, povidona K30, estearato de magnésio, microcelac 100 (lactose monoidratada, celulose microcristalina).
Em caso de superdose acidental, procure o seu médico, para proceder às medidas e cuidados gerais de tratamento.
Até a data, houveram experiências limitadas com a sobredosagem de pravastatina. Não existe tratamento específico em caso de overdose.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
O uso de fibratos em monoterapia está ocasionalmente associado à miopatia. Um aumento do risco de eventos adversos relacionados com os músculos, incluindo rabdomiólise, têm sido relatados quando os fibratos são coadministrados com outras estatinas. Esses eventos adversos com pravastatina não podem ser excluídos; por conseguinte, o uso combinado de pravastatina e fibratos (por ex genfibrozila, fenofibrato) deve ser evitado. Se esta combinação é considerada necessária, cuidados clínicos e monitoramento da CK (níveis de creatinoquinase ) de pacientes em tal regime é requerido.
O risco de miopatia (doença muscula) incluindo rabdomiólise (lesão muscular que pode levar a insuficiência renal aguda) pode ser aumentada pela administração concomitante de ácido fusídico sistêmico com estatinas. O mecanismo dessa interação ainda é desconhecida.
A pravastatina não deve ser coadministrada com formulações sistêmicas com ácido fusídico ou dentro de 7 dias após parar o tratamento com ácido fusídico. Em pacientes em que o uso de ácido fusídio sistêmico é considerado essencial, tratamento com estatinas deve ser descontinuado ao longo da duração do tratamento com ácido fusídico. Houveram relatos de rabdomiólise (incluindo algumas fatalidades) em pacientes que receberam a combinação de ácido fusídico e estatinas.
A administração concomitante resultou na diminuição de aproximadamente 40 a 50% na biodisponibilidade da pravastatina. Foi observado que a pravastatina administrada uma hora antes ou quatro horas após a colestiramina ou uma hora antes do colestipol, não causou diminuição clinicamente significativa da biodisponibilidade ou do efeito terapêutico da pravastatina.
A administração concomitante de pravastatina e ciclosporina conduz a um aumento de aproximadamente 4 vezes na exposição sistêmica à pravastatina. Em alguns pacientes, no entanto, o aumento da exposição à pravastatina pode ser maior. Acompanhamento clínico e bioquímico dos pacientes que recebem esta combinação é recomendado.
A combinação de colchicina com pravastatina deve ser feita com cautela, pois aumenta o risco de efeitos adversos nos músculos, incluindo rabdomiólise. O monitoramento clínico e biológico deve ser feito, principalmente no início da combinação.
Os parâmetros de biodisponibilidade no estado de equilíbrio para pravastatina não foram alterados após a administração com a varfarina. A administração crônica dos dois produtos não produziu qualquer alteração na ação anticoagulante da varfarina.
A pravastatina não é metabolizada pelo sistema do citocromo P450. É por isso que os produtos que são metabolizados, ou inibem o sistema citocromo P450 podem ser adicionados a um estável regime de pravastatina sem causar alterações significativas nos níveis do plasma de pravastatina, como tem sido observado com outras estatinas. A ausência de uma significativa interação farmacocinética com a pravastatina tem sido especificamente demonstrada para vários produtos, particularmente aqueles que são substratos / inibidores do CYP3A4, por exemplo, diltiazem, verapamil, itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease, suco de “grapefruit”.
Devem ser tomadas precauções na associação de pravastatina com eritromicina ou claritromicina.
Assim como outros inibidores de HMG-CoA redutase, o início do tratamento ou titulação-aumento de dose de pravastatina em pacientes em tratamento concomitante com antagonistas de vitamina K (como varfarina ou outra cumarina anticoagulante) pode resultar em um aumento na Relação Normalizada Internacional (RNI). Descontinuação ou diminuição da titulação de pravastatina pode resultar em diminuição no RNI. Nessas situações, o monitoramento adequado do RNI é necessário.
Em estudos de interação, diferenças estatisticamente significativas na biodisponibilidade não foram observadas quando a pravastatina foi administrada com ácido acetilsalicílico, antiácidos (quando administrada uma hora antes da pravastatina), ácido nicotínico ou probucol.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
O "West of Scotland Coronary Prevention Study (WOSCOPS)" foi um estudo duplo-cego, randomizado, controlado com placebo entre 6.595 pacientes do sexo masculino com idades entre 45 e 64 anos com hipercolesterolemia moderada a grave (LDL-C: 155- 232 mg/dL [4,0-6,0 mmol/L]) e sem história de infarto do miocárdio, tratados por um período médio de 4,8 anos com uma dose diária de 40 mg de pravastatina ou de placebo, como adjuvante da dieta.
O benefício do tratamento nos critérios anteriormente mencionados não é conhecido em pacientes com idade superior a 65 anos, que não puderam ser incluídos no estudo.
Na ausência de dados em pacientes com hipercolesterolemia associada com um nível de triglicérides de mais de 6 mmol/L (5,3 g/L) após uma dieta durante 8 semanas, neste estudo, o benefício do tratamento com pravastatina não foi estabelecido neste tipo de pacientes.
O estudo "Long-Term Intervention with pravastatin in Ischaemic Disease (LIPID)" foi um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, que comparou os efeitos da pravastatina (40 mg) com placebo em 9014 doentes com idades entre os 31 e 75 anos, com uma duração média de 5,6 anos com níveis de colesterol sérico de normal a elevado (colesterol total = 155-271 mg/dL [4,0-7,0 mmol/L], média de colesterol total = 219 mg/dL [5,66 mmol/L]) e com níveis de triglicérides variáveis de até 443 mg/dL [5,0 mmol/L] e com uma história de infarto do miocárdio ou angina instável nos últimos 3 a 36 meses. O tratamento com pravastatina reduziu significativamente o risco relativo de morte por doença coronária em 24% (p = 0,0004, com um risco absoluto de 6,4% no grupo placebo e 5,3% nos pacientes tratados com pravastatina), o risco relativo de eventos coronários (morte por doença arterial coronariana ou infarto do miocárdio não fatal) em 24% (p <0,0001) e o risco relativo de infarto do miocárdio fatal ou não fatal em 29% (p <0,0001).
O estudo "Cholesterol and Recurrent Events (CARE)" foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo que comparou os efeitos da pravastatina (40 mg) na morte por doença cardíaca coronária e infarto do miocárdio não fatal por uma média de 4,9 anos em 4.159 pacientes com idades entre os 21 e 75 anos, com níveis de colesterol total normais (colesterol total médio basal < 240 mg/dL), que tiveram um infarto do miocárdio nos últimos 3 a 20 meses.
O risco relativo de acidente vascular também foi reduzido em 32% (p = 0,032), e acidente vascular ou ataque isquêmico transitório combinado em 27% (p = 0,02).
O benefício do tratamento nos critérios acima não é conhecido em pacientes com idade acima de 75 anos, que não puderam ser incluídos nos estudos CARE e LIPID.
Na ausência de dados em pacientes com hipercolesterolemia associada com um nível de triglicérides superior a 4 mmol/L (3,5 g/L) ou mais que 5 mmol/L (4,45 g/L), após uma dieta durante 4 ou 8 semanas, nos estudos CARE e LIPID, respectivamente, o benefício do tratamento com pravastatina não foi estabelecido neste tipo de pacientes.
Nos estudos CARE e LIPID, cerca de 80% dos pacientes receberam aspirina como parte do regime.
Um estudo duplo cego controlado com placebo em 214 pacientes pediátricos com hipercolesterolemia familiar heterozigótica foi realizado durante dois anos. Crianças (8-13 anos) foram randomizadas para o placebo (n = 63) ou 20 mg de pravastatina diárias (n = 65) e os adolescentes (14-18 anos) foram randomizados para o placebo (n = 45) ou 40 mg de pravastatina diárias (n = 41). A inclusão no estudo solicitou um dos pais com diagnostico molecular ou clínico de hipercolesterolemia familiar. O valor basal médio do LDL-C foi de 239 mg/dL e 237 mg/dL nos grupos com pravastatina (intervalo de 151-405 mg/dL) e placebo (intervalo de 154- 375 mg/dL), respectivamente. Houve uma significativa redução percentual média do LDL-C de -22,9% e também de colesterol total (-17,2%) a partir da análise de dados agrupados em crianças e adolescentes, semelhante à eficácia demonstrada em adultos com 20 mg de pravastatina. Os efeitos do tratamento com a pravastatina nos dois grupos foi semelhante. A média obtida de LDL-C foi de 186 mg/dL (intervalo: 67-363mg/dL) no grupo da pravastatina, em comparação com 236 mg/dL (intervalo: 105-438 mg/dL) no grupo do placebo. Em indivíduos que receberam pravastatina, não houve diferenças observadas em qualquer um dos parâmetros endócrinos monitorados (ACTH, cortisol, DHEAS, FSH, LH, TSH, estradiol (meninas) ou testosterona (meninos)] em relação ao placebo. Não houve diferenças de desenvolvimento, de volume testicular ou Escala de Tanner em relação ao placebo. O poder deste estudo em detectar a diferença entre os dois grupos de tratamento foi baixa. A eficácia a longo prazo da terapia pravastatina na infância para reduzir a morbidade e mortalidade na idade adulta não foi estabelecida.
A pravastatina é um inibidor competitivo da 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, a enzima que catalisa o passo limitante da velocidade no início da biossíntese do colesterol, e produz o seu efeito de redução dos lipídios de duas maneiras. Em primeiro lugar, com a inibição competitiva específica e reversível da HMG-CoA redutase, produz uma redução modesta na síntese do colesterol intracelular. Isso resulta em um aumento no número de receptores-LDL na superfície das células e maior catabolismo mediado por receptor e depuração do colesterol LDL circulante. Em segundo lugar, a pravastatina inibe a produção de LDL por inibição da síntese hepática de colesterol VLDL, o precursor do LDL-colesterol. Em indivíduos saudáveis e em pacientes com hipercolesterolemia, a Pravastatina Sódica reduz os seguintes valores lipídicos: colesterol total, LDL-colesterol, apolipoproteína B, VLDL colesterol e triglicérides; enquanto que o HDL-colesterol e apolipoproteína A são elevados.
A pravastatina é administrada oralmente na forma ativa. É rapidamente absorvida; níveis séricos máximos são atingidos de 1 a 1,5 horas após a ingestão. Em média, 34% da dose administrada por via oral é absorvida, com uma biodisponibilidade absoluta de 17%. A presença de alimentos no trato gastrointestinal leva a uma redução na biodisponibilidade, mas o efeito de redução do colesterol é idêntico quando a pravastatina é administrada com ou sem alimentos. Após a absorção, 66% de pravastatina sofre um metabolismo de primeira passagem no fígado, que é o principal local da sua ação e o principal local da síntese do colesterol e de depuração do LDL-colesterol. Estudos “in vitro” demonstraram que a pravastatina é transportada para os hepatócitos e com substancialmente menor quantidade em outras células. Em vista desta substancial primeira passagem no fígado, as concentrações plasmáticas de pravastatina tem apenas um valor limitado na previsão do efeito de redução de lipídeos. As concentrações plasmáticas são proporcionais às doses administradas.
Cerca de 50% da pravastatina circulante está ligada às proteínas plasmáticas. O volume de distribuição é de cerca de 0,5 L/kg. Uma pequena quantidade de pravastatina passa para o leite materno humano.
A pravastatina não é significativamente metabolizada pelo citocromo P450 nem parece ser um substrato ou um inibidor da Pglicoproteína, mas um substrato de outras proteínas de transporte. Após a administração oral, 20% da dose inicial é eliminada na urina e 70% nas fezes. A meia-vida de eliminação plasmática da pravastatina por via oral é de 1,5 a 2 horas. Após a administração intravenosa, 47% da dose é eliminada por excreção renal e 53% por excreção biliar e biotransformação. O principal produto de degradação da pravastatina é o metabólito isomérico 3-alfa-hidroxi. Este metabolito tem de um décimo a um quadragésimo da atividade inibidora da HMG-CoA redutase quando comparado ao composto original. A depuração sistêmica da pravastatina é de 0,81 L/h/kg e a depuração renal é de 0,38 L/h/kg, indicando secreção tubular.
Os valores de Cmáx e AUC médios de pravastatina para os pacientes pediátricos reunidos de acordo com idade e sexo foram semelhantes aos valores observados em adultos após uma dose oral de 20 mg.
A exposição sistêmica à pravastatina e metabólitos em pacientes com cirrose alcoólica é aumentada em cerca de 50% comparativamente a pacientes com função hepática normal.
Não foram observadas modificações significativas em pacientes com insuficiência renal leve. No entanto, insuficiência renal grave e moderada pode levar a um aumento de duas vezes na exposição sistêmica à pravastatina e metabólitos.
Com base em estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dose repetida e toxicidade reprodutiva, não existem outros riscos para o paciente do que os esperados pelo seu mecanismo de ação.
Estudos de dose repetida indicam que a pravastatina pode induzir vários graus de hepatotoxicidade e miopatia; em geral, efeitos substanciais nestes tecidos apenas foram evidentes com doses 50 vezes ou mais a dose humana máxima em mg/kg.
Estudos de toxicologia genética “in vivo” e “in vitro” não mostraram evidência de potencial mutagênico. Em camundongos, um estudo de carcinogenicidade de 2 anos com a pravastatina demonstrou em doses de 250 e 500 mg/kg/dia (≥ 310 vezes a dose máxima humana em mg/kg), um aumento estatisticamente significativo na incidência de carcinomas hepatocelulares em machos e fêmeas e adenomas de pulmão apenas em fêmeas. Em ratos, um estudo de carcinogenicidade de 2 anos demonstrou em uma dose de l00mg/kg/dia (125 vezes a dose máxima humana em mg/kg/dose) um aumento estatisticamente significativo na incidência de carcinomas hepatocelulares apenas em machos.
Quando administrada em camundongos jovens ( 4 a 80 dias pós-natal [PND]), 5 a 45 mg/kg/dia, foi observado o afinamento do corpo caloso e os níveis de pravastatina sérica foram de aproximadamente ≥ 1 vez (AUC) o máximo da dose pediátrica e adolescente de 40 mg. Em níveis de pravastatina de aproximadamente ≥ 2 vezes (AUC) de 40mg da dose humana, alterações neurocomportamentais foram observados (melhorar a resposta de início e aumentar erros em aprendizado em labirintos de água). A não diminuição do corpo caloso foi observada em camundongos com dose de pravastatina (≥ 250 mg/kg/dia) iniciando 35 até 3 meses pós-natal (PND) sugerindo aumento da sensibilidade em camundongos jovens. A causa e significado do afinamento do corpo calose e dos efeitos neurocomportamentais em camundongos jovens é desconhecido.
Pontos extremos de espermas alterados e redução de fertilidade forma observados em machos até 335 vezes (AUC) da dose humana. A níveis sem efeito observados para pontos extremos reprodutivos foram 1 (macho) e 2 (fêmeas) vezes (AUC) a dose de 40mg para humanos.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS - 1.5537.0006
Farm. Resp.:
Dra. Jarsonita Alves Serafim
CRF-SP n° 51.512
Fabricado por:
Intas Pharmaceuticals Ltd.
Plot nº 457, 458 – Matoda 382 210,
Dist. Ahmedabad – Índia
Importado por:
Accord Farmacêutica Ltda.
Av. Guido Caloi, 1985 – G.01 – Santo Amaro – São Paulo/SP
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SAC
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Venda sob prescrição médica.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 12 de Fevereiro de 2024