No tratamento das anemias por deficiências nutricionais. Anemias ferroprivas. Tratamento das anemias da gravidez, puerpério e lactação.
Hipersensibilidade ao sulfato ferroso ou a qualquer um dos componentes do produto.
Todas as anemias não ferropênicas, particularmente aquelas caracterizadas por acúmulo de ferro ou incapacidade de sua utilização, tais como hemocromatose, anemia falciforme, anemia hemolítica, anemia provocada pelo chumbo, talassemia, anemias por tumores ou infecções (sem deficiência de ferro), anemias associadas à leucemia aguda ou crônica; hepatopatia aguda e processos que impedem a absorção de ferro por via oral, como diarréias crônicas, retocolite ulcerativa.
1 comprimido ao dia ou segundo critério médico, preferencialmente entre as refeições, com um copo de água ou suco de frutas.
Não ingerir com leite ou bebidas alcoólicas.
Pacientes mais sensíveis quando submetidos a terapias com sais de ferro podem, ocasionalmente apresentar distúrbios gastrintestinais, tais como náuseas, vômitos, diarréia, dor epigástrica, cólicas intestinais e constipação.
Nesses pacientes a redução da dose ou a administração imediatamente após as refeições minimiza esses possíveis efeitos.
Como outros compostos de ferro, Sulfato Ferroso + Ácido Fólico + Cianocobalamina provoca coloração escura nas fezes, fato este sem qualquer importância clínica.
Reações alérgicas tem sido raramente reportadas após o uso oral ou parenteral do ácido fólico.
A dose letal de ferro elementar ingerida está estimada em 180 a 300 mg/kg de peso corpóreo. Entretanto, doses de ferro elementar tão baixas quanto 30 mg/kg podem ser tóxicas em alguns indivíduos, bem como doses de 60 mg/kg resultaram em morte.
Os sinais e sintomas da intoxicação grave podem surgir em 30 minutos ou demorar várias horas depois da ingestão. Consistem principalmente em dor abdominal, diarréia ou vômito de conteúdo gástrico acastanhado ou sanguinolento. Preocupam muito a presença de palidez ou cianose, astenia, sonolência, hiperventilação decorrente da acidose e o colapso cardio-vascular. Caso não sobrevenha morte em 6 horas, pode haver um período provisório de recuperação aparente, que é seguido de óbito em 12 a 24 horas. A lesão corrosiva do estômago pode determinar estenose pilórica ou deformidade gástrica.
Pode-se fazer um teste de coloração do ferro no conteúdo gástrico e a dosagem emergencial da concentração deste elemento no plasma, quando se investiga a criança suspeita de ter ingerido ferro.
Deve-se induzir o vômito quando há ferro no estômago e solicitar uma radiografia para avaliar o número de comprimidos que restam no intestino delgado.
O ferro no trato digestivo proximal pode ser precipitado pela lavagem com bicarbonato de sódio ou com uma solução fosfatada, embora o benefício clínico disto seja questionável.
Deve-se administrar deferoxamina quando a concentração plasmática do ferro for superior à capacidade total de ligação deste elemento (63 µM; 3,5 mg por litro).
O choque, a desidratação e as alterações ácido-básicas devem ser tratados da maneira habitual. A rapidez do diagnóstico e do tratamento é muito importante.
Foram selecionadas as seguintes interações medicamentosas com base na importância clínica das mesmas.
Além disso, o ferro provoca coloração negra nas fezes, podendo obscurecer o teste de sangue oculto nas fezes.
As causas e natureza de uma anemia devem ser sempre investigadas.
A administração do produto em pacientes submetidos a transfusões repetidas de sangue deve ser realizada sob rigoroso controle médico e observação do quadro sanguíneo, visto que a concomitância da aplicação de sangue com alto nível de ferro eritrocitário e sais de ferro por via oral pode resultar em sobrecarga de ferro.
Alguns pacientes idosos podem requerer ingestão diária de ferro biodisponível maior que a usual para corrigir uma deficiência de ferro, pois nestes pacientes a habilidade para absorver o ferro pode estar diminuída por apresentarem secreção gástrica reduzida e acloridria.
O ferro, um mineral essencial, é um componente da hemoglobina, da mioglobina e de um grande número de enzimas. O conteúdo total de ferro corpóreo é de aproximadamente 50 mg/kg no homem e 35 mg/kg na mulher. O ferro é inicialmente armazenado no corpo como hemossiderina ou ferritina, encontradas nas células reticuloendoteliais do fígado, baço e medula óssea. Aproximadamente 2/3 do ferro corpóreo total encontra-se na hemoglobina, o maior fator de transporte de oxigênio. A concentração plasmática do ferro e a capacidade de ferro total ligado do plasma variam muito em diferentes condições psicológicas e estados de doença.
Em certos tipos de anemias ferroprivas, principalmente comuns durante a gravidez, lactação, puerpério e senilidade, ocorre concomitantemente redução dos níveis de folatos plasmáticos. O ácido fólico atua como coenzima no metabolismo intracelular, na síntese de alguns aminoácidos e na maturação dos tecidos, principalmente dos glóbulos vermelhos. Sua deficiência leva a um quadro de anemia megaloblástica e, no período da gestação, pode ocasionar complicações como aborto e parto prematuro, sendo importante a suplementação com ácido fólico durante esse período.
A cianocobalamina (vitamina B12) em conjunto com o ácido fólico propicia o desenvolvimento normal dos glóbulos vermelhos. A função de ambos reflete-se da maneira mais clara possível nas anormalidades hematológicas que caracterizam os estados clínicos e experimentais de carência destes fatores.
A absorção aumenta quando os estoques de ferro são depletados ou a produção de células vermelhas do sangue está aumentada. Ao contrário, altas concentrações de ferro diminuem a sua absorção. A média de ingesta de ferro pela dieta é de 18 a 20 mg/dia. Aproximadamente 10% deste ferro é absorvido em indivíduos sadios e aproximadamente 20% a 30% em pessoas com deficiência de ferro.
O ácido fólico e o ferro são absorvidos no intestino delgado proximal, particularmente no duodeno. O ácido fólico é absorvido rapidamente e em grau máximo neste local e o ferro é absorvido em gradiente descendente a partir do duodeno distal. Após a absorção, o ácido fólico é rapidamente convertido em metabólitos ativos.
Aproximadamente 2/3 do ácido fólico é ligado a proteínas plasmáticas. A metade do ácido fólico armazenado no corpo é encontrado no fígado. O ácido fólico está também concentrado no fluido espinhal.
O ferro oral é absorvido de forma mais eficiente quando administrado entre as refeições; entretanto, as preparações convencionais de ferro freqüentemente causam irritação gástrica quando administradas em jejum. Embora a alimentação possa diminuir a absorção de ferro em torno de 40% a 66%, a intolerância gástrica pode freqüentemente exigir a administração da medicação junto com alimentos.
O ferro ferroso atravessa as células da mucosa gastrintestinal diretamente para o sangue e liga-se diretamente à transferrina (glicoproteína beta1-globulina) que transporta o ferro até a medula óssea, onde ele é incorporado à hemoglobina. Pequenos excessos de ferro das células epiteliais das vilosidades são oxidados para o estado férrico.
O ferro férrico combina-se com a proteína apoferritina, resultando ferritina que é armazenada nas células mucosas. As células mucosas são esfoliadas ao final de seus ciclos de vida e excretadas nas fezes.
O metabolismo do ferro ocorre em um sistema virtualmente fechado. A maioria do ferro liberado pela distribuição da hemoglobina é conservado e reutilizado pelo corpo.
A excreção regular de ferro pela urina, suor e descamação das células da mucosa intestinal soma aproximadamente 0,3 a 1 mg em homens sadios e 1 a 2 mg em mulheres no período menstrual. A meia-vida do sulfato ferroso é de aproximadamente 6 horas.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 25 de Junho de 2020