Elprolix (alfaeftrenonacogue) é um medicamento injetável usado para ajudar a controlar e prevenir hemorragias em adultos e crianças (≥12 anos de idade) previamente tratados, com hemofilia B. Hemofilia B também é chamada de deficiência congênita de fator IX.
Seu médico pode prescrever Elprolix (alfaeftrenonacogue) caso você seja submetido à cirurgia.
A segurança e eficácia de Elprolix (alfaeftrenonacogue) em pacientes não previamente tratados não foram estabelecidas.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) é uma proteína de ação prolongada, totalmente recombinante, que substitui temporariamente o fator IX de coagulação ausente, necessário para uma hemostasia (controle de sangramento) eficaz.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) é contraindicado a pacientes que apresentam reações de hipersensibilidade (alergia), incluindo anafilaxia, ao produto ou aos seus componentes. Informe seu médico se você teve uma reação alérgica a qualquer produto contendo fator IX antes de usar Elprolix (alfaeftrenonacogue).
Atenção: Este medicamento contém Açúcar (sacarose), portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) deve ser administrado conforme determinado pelo seu médico.
Você deve ser treinado por um profissional de saúde qualificado para fazer infusões. Muitas pessoas com hemofilia B aprendem a infundir Elprolix (alfaeftrenonacogue) sozinhas ou com o auxílio de um membro da família.
Veja as instruções de uso para obter orientações sobre a infusão. Os passos nas instruções de uso são guias gerais para o uso de Elprolix (alfaeftrenonacogue). Sempre siga instruções específicas de seu médico. Se você não tiver certeza quanto ao procedimento, contate seu médico. Não utilize Elprolix (alfaeftrenonacogue) como uma infusão intravenosa contínua.
Entre em contato com seu médico imediatamente se a hemorragia não for controlada após o uso de Elprolix (alfaeftrenonacogue).
Uso exclusivo via intravenosa após reconstituição.
Ler as instruções de uso antes de iniciar o uso de Elprolix (alfaeftrenonacogue) e a cada vez que adquirir um novo produto. Pode haver novas informações. Esta informação não substitui a discussão com o profissional de saúde sobre suas condições médicas ou seu tratamento.
O profissional de saúde deve demonstrar como reconstituir e administrar Elprolix (alfaeftrenonacogue) ao paciente ou seu cuidador na primeira vez em que Elprolix (alfaeftrenonacogue) for utilizado.
Verificar o prazo de validade no kit de Elprolix (alfaeftrenonacogue).
Não utilizar o produto além de seu prazo de validade.
Deixar o frasco-ampola de Elprolix (alfaeftrenonacogue) e o diluente atingirem temperatura ambiente.
Não utilizar fontes de aquecimento externas, tais como colocar o frasco-ampola e/ou diluente em água quente.
Procurar uma superfície de trabalho limpa, plana e reunir todo o material que será necessário para reconstituir e administrar Elprolix (alfaeftrenonacogue).
Lavar as mãos com água e sabão. Deve-se utilizar uma técnica asséptica (limpa e livre de bactérias) durante o procedimento.
Uso intravenoso apenas após a reconstituição do produto.
Reconstituir Elprolix (alfaeftrenonacogue) apenas com o diluente que acompanha o produto (solução de cloreto de sódio 0,325%).
“Pooling” é o processo de combinação de dois ou mais frascos-ampola em uma seringa maior (não na seringa de diluente) antes da administração intravenosa.
Certifique-se de deixar o adaptador para frasco-ampola conectado ao frasco-ampola, uma vez que este será necessário para conectar à seringa maior do tipo luer lock.
Não desconectar a seringa de diluente ou a seringa maior do tipo luer lock até que esteja pronto para conectar a seringa maior do tipo luer lock ao próximo frasco-ampola (com o adaptador para frascoampola conectado).
Elprolix (alfaeftrenonacogue) é administrado por infusão intravenosa após reconstituição do produto em pó com o diluente.
O profissional de saúde deve ensinar como infundir Elprolix (alfaeftrenonacogue). Uma vez ensinada a auto-infusão, você pode seguir estas instruções.
Não administrar Elprolix (alfaeftrenonacogue) reconstituído se este contiver material particulado, apresentar descoloração, ou se estiver turvo.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) deve ser administrado apenas com o conjunto de infusão que acompanha o produto.
Para pacientes com idade igual ou superior a 12 anos, um ajuste de dose geralmente não é necessário.
A posologia de Elprolix (alfaeftrenonacogue) para controle e prevenção de episódios hemorrágicos é fornecida na Tabela 1.
Tabela 1: Posologia para controle e prevenção de episódios hemorrágicos
Gravidade do sangramento | Nível de fator IX requerido (UI/dL ou % do normal) | Intervalo de doses (horas) | |
Menor e moderada | Por exemplo: hemartroses não complicadas, músculo superficial (exceto iliopsoas) sem comprometimento neurovascular, tecidos moles superficiais, membranas mucosas | 30-60 | Repetir a cada 48 horas se houver evidências adicionais de sangramento |
Maior | Por exemplo: Iliopsoas e músculo profundo com lesão neurovascular, ou perda substancial de sangue; faríngeo, retrofaríngeo, retroperitônio, Sistema Nervoso Central. | 80-100 | Considerar repetir a dose após 6 a 10 horas e então a cada 24 horas durante os 3 primeiros dias. Devido ao período de meia-vida longo de Elprolix (alfaeftrenonacogue), a dose pode ser reduzida e a frequência da administração pode ser estendida após o terceiro dia para cada 48 horas ou um período maior, até a hemorragia cessar e a recuperação seja atingida |
A posologia de Elprolix (alfaeftrenonacogue) para o manejo perioperatório é fornecida na Tabela 2.
Tabela 2: Posologia para manejo perioperatório
Tipo de cirurgia |
Nível de fator IX circulante requerido (UI/dL ou % do normal) |
Intervalo entre doses (horas) |
Menor (incluindo extração dentária simples) |
50 a 80 |
Uma única infusão pode ser suficiente. Repetir conforme necessário após 24-48 horas até a hemorragia cessar e a recuperação seja atingida. |
Maior |
60 a 100 (nível inicial) |
Considerar uma dose repetida após 6 a 10 horas e então a cada 24 horas durante os 3 primeiros dias. Devido ao período de meia-vida longo de Elprolix (alfaeftrenonacogue), a dose pode ser reduzida e a frequência da administração em um cenário pós-cirúrgico pode ser estendida após o 3º dia para cada 48 horas ou um período maior, até hemorragia cessar e a recuperação seja atingida. |
O regime posológico inicial recomendado é de 50 UI/kg, uma vez por semana, ou 100 UI/kg, uma vez a cada 10 dias.
Ajustar o regime de administração baseado na resposta individual.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Informe seu médico sobre quaisquer medicamentos que estiver utilizando, incluindo os medicamentos de venda sob prescrição médica e aqueles isentos de prescrição médica, tais como suplementos e fitoterápicos.
Reações de hipersensibilidade do tipo alérgica, incluindo anafilaxia, foram relatadas durante o uso de medicamentos de reposição do fator IX de coagulação e são possíveis com o uso de Elprolix (alfaeftrenonacogue). Os primeiros sintomas de reações alérgicas, que podem progredir para anafilaxia, incluem angioedema, sensação de aperto no peito, hipotensão, rash, náusea, vômito, parestesia, agitação, sibilo (chiado) e dispneia. O uso de Elprolix (alfaeftrenonacogue) deve ser interrompido se ocorrerem sintomas de hipersensibilidade, e o tratamento adequado deve ser iniciado.
Pacientes que utilizam Elprolix (alfaeftrenonacogue) devem ser monitorados quanto ao desenvolvimento de inibidores de fator IX de coagulação através de observações clínicas e exames laboratoriais adequados. A formação de anticorpos neutralizantes (inibidores) do fator IX foi relatada durante a terapia de reposição no tratamento de hemofilia B. Se o nível de fator IX plasmático do paciente não aumentar conforme o esperado ou se a hemorragia não for controlada após a administração de Elprolix (alfaeftrenonacogue), deve-se suspeitar da presença de um inibidor (anticorpos neutralizantes), e devem ser realizados os testes adequados.
Pacientes com inibidores do fator IX podem ter um maior risco de anafilaxia mediante a subsequente exposição ao fator IX. Os pacientes que apresentam reações alérgicas devem ser avaliados quanto à presença de um inibidor. Os pacientes devem ser observados atentamente quanto a sinais e sintomas de reações de hipersensibilidade aguda, particularmente durante as fases iniciais de exposição ao produto.
O uso de produtos contendo fator IX de coagulação foi associado ao desenvolvimento de complicações tromboembólicas, especialmente em indivíduos que recebem infusão contínua através de cateter venoso central. Elprolix (alfaeftrenonacogue) deve ser administrado por infusão em bolus ao longo de vários minutos.
A segurança da administração de Elprolix (alfaeftrenonacogue) por infusão contínua não foi estabelecida.
Não foram realizados estudos de reprodução em animais com Elprolix (alfaeftrenonacogue). Foi demonstrado que Elprolix (alfaeftrenonacogue) atravessa a placenta em camundongos. A experiência sobre a utilização de fator IX durante a gravidez e amamentação não está disponível. Não se sabe se Elprolix (alfaeftrenonacogue) pode afetar a capacidade reprodutiva ou causar danos fetais quando administrado a mulheres grávidas. Elprolix (alfaeftrenonacogue) deve ser utilizado durante a gravidez somente se o potencial benefício justificar o potencial risco.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não há informações disponíveis sobre o efeito da terapia de reposição de fator IX no trabalho de parto. Utilizar o produto apenas se o potencial benefício justificar o potencial risco.
Não se sabe se Elprolix (alfaeftrenonacogue) é excretado no leite humano. Como muitas drogas são excretadas no leite humano, deve-se ter cuidado ao administrar Elprolix (alfaeftrenonacogue) a mulheres lactantes.
Foram avaliadas a segurança, a eficácia e a farmacocinética de Elprolix (alfaeftrenonacogue) em pacientes pediátricos previamente tratados com 12 a <18 anos de idade. Não é necessário um ajuste de dose para adolescentes com 12 a <18 anos de idade.
Os estudos clínicos com Elprolix (alfaeftrenonacogue) não incluíram número suficiente de pacientes com idade igual ou superior a 65 anos para determinar se esta população apresenta resposta diferente de pacientes mais jovens. A seleção da dose para pacientes idosos deve ser individualizada.
O uso de Elprolix (alfaeftrenonacogue) não foi avaliado em pacientes com insuficiência nos rins.
Não foram conduzidos estudos específicos de Elprolix (alfaeftrenonacogue) em pacientes com insuficiência no fígado.
Reações adversas comuns de Elprolix (alfaeftrenonacogue) incluem dor de cabeça, sensação anormal na boca e dor lateral no corpo com presença de sangue em sua urina. Reações alérgicas podem ocorrer.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos anormais em seu corpo, especialmente se você possui fatores de risco para o desenvolvimento de coágulos sanguíneos.
Seu corpo pode produzir anticorpos chamados “inibidores” contra o Elprolix (alfaeftrenonacogue), que podem fazer com que o Elprolix (alfaeftrenonacogue) pare de funcionar adequadamente. Seu médico poderá solicitar um exame de sangue de tempo em tempo para determinar a presença de inibidores.
Estas não são todas as reações adversas possíveis de Elprolix (alfaeftrenonacogue). Converse com seu médico sobre qualquer reação adversa que esteja incomodando ou que não desapareça.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) foi avaliado em dois estudos completos (Estudo 1 e 2) e um estudo de extensão em andamento, em pacientes previamente tratados com hemofilia B grave (≤2% de atividade de fator IX endógeno). Um total de 153 pacientes foi tratado até 17 de outubro de 2014.
Trinta pacientes (19,6%) eram pacientes pediátricos menores de 12 anos de idade, 11 pacientes (7,2%) eram adolescentes (12 a <18 anos de idade) e 112 pacientes (73,2%) eram adultos (≥18 anos de idade). Houve 123 pacientes (80,4%) tratados durante pelo menos 52 semanas e 93 pacientes (60,8%) tratados durante pelo menos 104 semanas. O número total de dias de exposição foi de 17.080, com uma mediana de 100 (intervalo de 1-351) dias de exposição por paciente.
As reações adversas ao medicamento foram notificadas em 14 de 153 (9,2%) pacientes tratados com Elprolix (alfaeftrenonacogue). As reações adversas ao medicamento são consideradas como eventos adversos avaliados pelo investigador como relacionados ou possivelmente relacionados com o tratamento com Elprolix (alfaeftrenonacogue). As reações adversas ao medicamento estão resumidas na Tabela 3.
Nenhum paciente foi retirado do estudo devido a uma reação adversa ao medicamento. Nos estudos, não foram detectados inibidores (anticorpos antialfaeftrenonacogue) e nenhum evento de anafilaxia foi relatado.
Tabela 3: Resumo de reações adversas relatados para Elprolix (alfaeftrenonacogue)
Classificação de Sistema de Órgãos MedDRA | Termo MedDRA preferido | N=1531 | |
N° de pacientes N (%) | Categoria de frequência2 | ||
Distúrbios do sistema nervoso | Dor de cabeça | 2 (1,3) | Comum |
Tontura | 1 (0,7) | Incomum | |
Disgeusia (alteração do paladar) | 1 (0,7) | Incomum | |
Distúrbios gastrointestinais | Parestesia oral (formigamento) | 2 (1,3) | Comum |
Mau hálito | 1 (0,7) | Incomum | |
Distúrbios gerais e condições de administração locais | Fadiga | 1 (0,7) | Incomum |
Dor no local de infusão | 1 (0,7) | Incomum | |
Distúrbios cardíacos | Palpitações | 1 (0,7) | Incomum |
Distúrbios renais e urinários | Uropatia Obstrutiva (bloqueio do trato urinário) | 2 (1,3) | Comum |
Hematúria | 1 (0,7) | Incomum | |
Cólica renal | 1 (0,7) | Incomum | |
Distúrbios vasculares | Hipotensão (pressão arterial baixa) | 1 (0,7) | Incomum |
Distúrbios do metabolismo e nutrição | Diminuição do apetite | 1 (0,7) | Incomum |
1 O programa clínico de Elprolix (alfaeftrenonacogue) incluiu 153 pacientes previamente tratados em profilaxia de rotina ou episódica (conforme demanda) a partir de dois estudos completos e um estudo de extensão em andamento até 17 de outubro de 2014.
2 A frequência de reações adversas é baseada na seguinte escala: Muito comum (≥1/10); Comum (≥1/100 e <1/10), Incomum (≥1/1.000 e <1/100), Rara (≥1/10.000 e <1/1.000), Muito rara (<1/10.000).
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Uso intravenoso (IV).
Uso adulto e pediátrico acima de 12 anos de idade.
Elprolix | 250 UI | 500 UI | 1000 UI | 2000 UI | 3000 UI |
Alfaeftrenonacogue | 250 UI | 500 UI | 1000 UI | 2000 UI | 3000 UI |
Excipientes: sacarose, manitol, histidina e polissorbato 20.
A potência real de fator IX de coagulação está declarada no rótulo de cada produto Elprolix (alfaeftrenonacogue).
Elprolix | 250 UI | 500 UI | 1000 UI | 2000 UI | 3000 UI |
Solução de cloreto de sódio 0,325% | 5 mL | 5 mL | 5 mL | 5 mL | 5 mL |
Excipientes: cloreto de sódio e água para injetáveis.
Não foram observados problemas específicos de segurança associados à Elprolix (alfaeftrenonacogue) em relatos de superdose do medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Não há interações medicamentosas conhecidas relatadas com o uso de Elprolix (alfaeftrenonacogue). Não foram conduzidos estudos de interação medicamentosa com o produto.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A segurança, eficácia e farmacocinética de Alfaeftrenonacogue foram avaliadas em um estudo multicêntrico, aberto, pivotal de Fase 3. Este estudo comparou a eficácia de dois regimes de tratamento profilático até o tratamento episódico (conforme demanda), determinou a eficácia hemostática no tratamento de episódios hemorrágicos e determinou eficácia hemostática durante o manejo perioperatório de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de grande porte. Um total de 123 pacientes previamente tratados (PPTs), com idade entre 12 a 71 anos, com hemofilia B grave (atividade endógena de fator IX de coagulação ≤ 2%) foram acompanhados por até 77 semanas.
Sessenta e três pacientes no braço de intervalo fixo semanal receberam Alfaeftrenonacogue para a profilaxia de rotina, a partir de uma dose inicial de 50 UI/kg. A dose foi ajustada para manter níveis séricos mínimos de fator IX entre 1% e 3% acima do nível basal ou superior, conforme clinicamente indicado para evitar o sangramento. A dose semanal mediana durante os últimos 6 meses de estudo, em 58 pacientes que estavam no estudo durante pelo menos nove meses, foi de 40,7 UI/kg (intervalo interquartil: 32,3, 54,1).
Vinte e nove pacientes no braço de intervalo individualizado receberam Alfaeftrenonacogue para a profilaxia de rotina a uma dose de 100 UI/kg a cada 10 dias, com o intervalo ajustado para manter níveis séricos mínimos de fator IX entre 1% e 3% acima do nível basal ou superior, conforme clinicamente indicado para prevenir o sangramento. O intervalo mediano durante os últimos 6 meses, em 26 pacientes que estavam no estudo durante pelo menos nove meses, foi de 13,8 dias (intervalo interquartil, 10,5, 14,0).
Vinte e sete pacientes receberam Alfaeftrenonacogue conforme necessário para o tratamento de episódios de hemorragia, no braço de tratamento episódico (conforme demanda).
Doze pacientes receberam Alfaeftrenonacogue para o manejo perioperatório em 14 procedimentos cirúrgicos de grande porte. Quatro pacientes neste braço não participaram de outros braços de tratamento.
Um total de 636 eventos hemorrágicos foi observado em 114 pacientes nos braços de profilaxia de intervalo fixo semanal, profilaxia de intervalo individualizado e tratamento episódico (conforme demanda). A avaliação da resposta para cada injeção foi registrada pelos pacientes 8-12 horas póstratamento. Uma escala de avaliação de 4 pontos de excelente, boa, moderada e sem resposta foi utilizada para avaliar a resposta. Os episódios de sangramento são resumidos na Tabela 1.
Tabela 1: Resumo de Eficácia no Controle de Sangramento
Episódios hemorrágicos |
(N= 636) |
Nº de injeções para tratar o episódio hemorrágico |
1 injeção 575 (90,4%) |
2 injeções 44 (6,9%) |
|
3 injeções 17 (2,7%) |
|
Dose mediana média por injeção (UI/kg) para tratar o episódio hemorrágico (IQR) |
46,07 |
(32,86, 57,03) |
|
Resposta à primeira injeção |
(N= 613) |
Excelente ou boa |
513 (83,7%) |
Moderada |
90 (14,7%) |
Sem resposta |
10 (1,6%) |
Houve uma redução na taxa anualizada de hemorragia (TAH) de 83% (76% a 89%) para os pacientes no braço de intervalo fixo semanal e uma redução de 87% (80% a 92%) para os pacientes no braço de intervalo individualizado, em comparação ao braço de tratamento episódico (conforme demanda) baseado em um modelo binomial negativo. A duração mediana do tratamento no estudo foi de 51,4 semanas (intervalo <1-77). Uma comparação das taxas anuais de sangramento em pacientes passíveis de avaliação para eficácia é resumida na Tabela 2.
Tabela 2: Resumo da taxa anualizada de hemorragia (TAH) mediana (IQR)1 por braço de tratamento em pacientes ≥12 anos de idade
1Mediana (intervalo interquartil, 25º e 75º percentis).
A eficácia hemostática foi avaliada em vinte e oito (28) cirurgias de grande porte em dezoito (18) pacientes (≥17 anos) no estudo completo de fase 3 e no estudo de extensão em andamento. Das 28 cirurgias de grande porte, 23 cirurgias (82,1%) requereram uma dose pré-operatória para manter a hemostase durante a cirurgia. A dose mediana por injeção para manter a hemostase durante a cirurgia foi de 89,9 UI/kg (intervalo: 49 a 152 UI/kg).
A hemostase foi avaliada em 24 horas pós-operatório pelo investigador utilizando uma escala de avaliação de 4 pontos de excelente, boa, regular e nenhuma. A resposta hemostática foi avaliada por 27 cirurgias de grande porte e 100% foram classificadas como excelente ou boa. Não houve evidência clínica de complicações trombóticas em qualquer um dos pacientes.
A resposta hemostática da dosagem durante a cirurgia e pós-operatória para o estudo completo de fase 3 e o estudo de extensão em andamento encontram-se resumidos na Tabela 3.
Tabela 3: Resumo da resposta hemostática durante a cirurgia e pós-operatória
1Uma cirurgia não foi avaliada com relação à resposta.
Foi realizada uma avaliação hemostática em quarenta (40) procedimentos cirúrgicos menores em 26 pacientes no estudo completo de fase 3 e em um estudo de extensão em andamento. A resposta hemostática foi avaliada para 22 cirurgias menores, das quais 20 cirurgias menores foram classificadas como excelentes ou boas e 2 como regulares.
No estudo completo de fase 3, a qualidade de vida foi mensurada utilizando o HAEM-A-QoL, um instrumento de qualidade de vida específico para a hemofilia. HAEM-A-QoL foi realizada em adultos (com idade igual ou superior a 18 anos) nos braços de tratamento profilático. As pontuações mais baixas representam melhor qualidade de vida; portanto, uma variação negativa da linha de base representa melhoria durante o curso do estudo. A mudança geral da linha de base sugere que os indivíduos relataram uma melhoria na sua qualidade de vida geral, independentemente do regime de pré-estudo. A alteração a partir da linha de base até à Semana 26, nos braços de profilaxia combinados por regime de pré-estudo, está resumida na Tabela 4.
Tabela 4: Alteração mediana da linha de base para o questionário HAEM-A-QoL (Braços de Intervalo fixo semanal e Intervalo individualizado combinados)
Nota: estatísticas resumidas são medianas (mínimo, máximo).
Alfaeftrenonacogue é uma proteína de fusão recombinante do fator IX de coagulaçãoFc, com longa ação, que consiste no fator IX de coagulação humano (rFIX) covalentemente ligado ao domínio Fc da imunoglobulina humana G1 (IgG1). A porção de fator IX de Alfaeftrenonacogue possui uma sequência primária de aminoácidos idêntica à forma alélica Thr148 do fator IX de coagulação derivado do plasma e possui características estruturais e funcionais semelhantes ao fator IX de coagulação endógeno. O domínio Fc de Alfaeftrenonacogue contém as regiões de dobradiça, CH2 e CH3 de IgG1. Alfaeftrenonacogue contém 867 aminoácidos com um peso molecular de aproximadamente 98 kDa.
Alfaeftrenonacogue não é derivado de sangue humano e não contém conservantes. A proteína de fusão recombinante do fator IX de coagulação-Fc é expressa em linhagem celular de rim embrionário humano (HEK), que produz alfaeftrenonacogue em um meio de cultura de células definido, que não contém proteínas derivadas de fontes animais ou humanas. O processo de purificação de alfaeftrenonacogue não inclui o uso de um reagente de anticorpo monoclonal. Para aumentar a segurança em relação a vírus, o processo de purificação possui uma etapa de nanofiltração e uma etapa de purificação em coluna cromatográfica que foi validada para a depuração viral. O conteúdo de proteína de fusão do fator IX-Fc ativado é limitado a ≤0,035 mol percentual alfaeftrenonacogue ativado/alfaeftrenonacogue.
Alfaeftrenonacogue é uma proteína de fusão recombinante que substitui temporariamente o fator IX de coagulação ausente, necessário para uma hemostasia eficaz. Alfaeftrenonacogue contém a região Fc da imunoglobulina humana G1 (IgG1) que se liga ao receptor Fc neonatal (FcRn). FcRn é parte de uma via que ocorre naturalmente e atrasa a degradação lisossômica de imunoglobulinas por colocá-las novamente na circulação, prolongando sua meia-vida no plasma.
A hemofilia B é um distúrbio hemorrágico caracterizado por uma deficiência funcional do fator IX de coagulação (FIX), que leva a um tempo de coagulação prolongado no ensaio do tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA), um teste convencional in vitro para a atividade biológica do fator IX de coagulação. O tratamento com Alfaeftrenonacogue diminui o TTPA durante o período eficaz de dosagem.
A farmacocinética de Alfaeftrenonacogue (alfaeftrenonacogue - fator IX de coagulação recombinante de longa duração) em relação ao alfanonacogue (fator IX de coagulação recombinante) foi avaliada em 22 pacientes (≥19 anos) após uma infusão intravenosa de 10 minutos em um estudo completo de fase 3. Os pacientes foram submetidos a um período de eliminação (washout) de 5 dias, antes de receber 50 UI/kg de alfanonacogue. A amostragem farmacocinética foi conduzida antes da administração, seguida por avaliações em 8 períodos de tempo até 96 horas após a dose. Após o período de eliminação (washout) de 120 horas (5 dias), os pacientes receberam uma única dose de 50 UI/kg de Alfaeftrenonacogue. As amostras farmacocinéticas foram coletadas antes da administração, e então subsequentemente em 11 períodos de tempo até 240 horas (10 dias) após a dose. Uma avaliação de repetição de farmacocinética de Alfaeftrenonacogue foi conduzida na Semana 26.
Os parâmetros farmacocinéticos para Alfaeftrenonacogue foram estimados com base no perfil de atividade de fator IX plasmático ao longo do tempo. Um laboratório central analisou todas as amostras de plasma do estudo utilizando um teste de coagulação de um estágio com reagente de TTPA com base em sílica calibrado contra padrões de fator IX plasmático. Para Alfaeftrenonacogue, a atividade máxima (Cmáx) foi observada imediatamente após a infusão, por exemplo, em 10 minutos após o início da administração. O aumento da média geométrica na atividade de fator IX circulante a partir do nível pré-infusão foi 0,92 UI/dL por UI/kg e a meia-vida de eliminação foi de 82 horas. A meia-vida é influenciada pela região Fc de Alfaeftrenonacogue, na qual os modelos animais demonstraram ser mediadas através da via cíclica FcRn. O perfil farmacocinético de Alfaeftrenonacogue foi estável ao longo de doses repetidas conforme demonstrado pelos parâmetros farmacocinéticos comparáveis na Semana 26.
Um resumo dos parâmetros farmacocinéticos para Alfaeftrenonacogue e alfanonacogue é apresentado na Tabela 5.
Tabela 5: Parâmetros farmacocinéticos de Alfaeftrenonacogue e alfanonacogue
Os parâmetros farmacocinéticos de Alfaeftrenonacogue foram determinados em adolescentes com 12 a menos de 18 anos de idade em um estudo fase 3 completo.
Os parâmetros farmacocinéticos foram avaliados após uma infusão intravenosa de 10 minutos em 11 adolescentes que receberam uma dose única de Alfaeftrenonacogue. Foram coletadas amostras farmacocinéticas previamente à administração do medicamento e em vários períodos de tempo até 336 horas (14 dias) após a dose. Os parâmetros farmacocinéticos de Alfaeftrenonacogue foram estimados com base no perfil da atividade de fator IX plasmático sobre o tempo (Tabela 6). Um laboratório central analisou todas as amostras de plasma do estudo farmacocinético utilizando o teste de coagulação de um estágio com um reagente de TTPA com base em sílica calibrado contra padrões de fator IX plasmático.
Tabela 6: Comparação de parâmetros farmacocinéticos de Alfaeftrenonacogue para pacientes com 12 a <18 anos de idade
Parâmetros farmacocinéticos1 |
12 a <18 anos de idade (12, 17) |
N=11 |
|
RI (UI/dL por UI/kg) |
0,8470 (0,6767, 1,0600) |
AUC/Dose (UI*h/dL por UI/kg) |
29,50 (25,13, 34,63) |
t½ (h) |
82,22 (72,30, 93,50) |
TMR (h) |
93,46 (81,77, 106,81) |
CL (mL/h/kg) |
3,390 (2,888, 3,979) |
Vss (mL/kg) |
316,8 (267,4, 375,5) |
1Parâmetros farmacocinéticos derivados de análise não compartimental são apresentados em média geométrica (95% IC).
Abreviações: IC = Intervalo de confiança; RI = Recuperação incremental; AUC = área sob a curva do tempo de atividade de fator IX; t½ = meia-vida terminal; TMR = tempo médio de residência; CL = depuração (clearance); Vss = volume de distribuição no estado de equilíbrio.
Não foram realizados estudos com animais que investigam os efeitos carcinogênicos de Alfaeftrenonacogue, uma vez que é um fator de reposição para a atividade de coagulação. Alfaeftrenonacogue não foi avaliado em ensaios de mutagenicidade ou testes de aberração cromossômica, uma vez que é um fator de proteína substituto para coagulação.
Alfaeftrenonacogue não foi avaliado em estudos de fertilidade animal. Não se sabe se (alfaeftrenonacogue) podem afetar a fertilidade ou o desenvolvimento de esperma em pacientes com hemofilia B. Nenhum impacto sobre os órgãos reprodutores masculinos ou femininos foi demonstrado em estudos toxicológicos.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) deve ser conservado sob refrigeração (2ºC a 8ºC). Não congelar. O congelamento pode danificar a seringa preenchida com diluente. O produto deve ser armazenado na embalagem original para protegê-lo da luz.
Prazo de validade: 48 meses a partir da data de fabricação, desde que observados os cuidados de conservação de Elprolix (alfaeftrenonacogue).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O produto reconstituído pode ser armazenado à temperatura ambiente até 30ºC por um período de até 3 horas. Proteger da incidência direta de raios de sol. Descartar qualquer produto não utilizado dentro de 3 horas após a reconstituição.
Após preparo (reconstituição), manter à temperatura ambiente (até 30ºC) por até 3 horas.
Elprolix (alfaeftrenonacogue) apresenta-se como um pó liofilizado branco a esbranquiçado, estéril, apirogênico, isento de conservantes para reconstituição com o diluente fornecido para administração intravenosa. Após reconstituição, Elprolix (alfaeftrenonacogue) é uma solução límpida a levemente opalescente e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS: 1.6993.0005
Farm. Resp.:
Milton Castro
CRF GO nº 8070
Fabricado e embalado por:
Vetter Pharma-Fertigung GmbH & Co. KG
Langenargen, Alemanha
Embalado por (embalagem secundária):
Biogen (Denmark) Manufacturing ApS
Hillerød, Dinamarca
Registrado por:
Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Avenida Doutor Cardoso de Melo, 1184 - 17° andar - Vila Olímpia
CEP 04548-004 - São Paulo - SP
CNPJ 07.986.222/0001-74
Importado e comercializado por:
Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia BR-153, s/n - Km 42 - Parte B, Subparte R
Zona Urbana - Parque Calixtópolis
CEP 75135-040 - Anápolis - GO
CNPJ 07.986.222/0003-36
SAC
0800 7240055
Venda sob prescrição médica.
Nº de lote, data de fabricação e validade: vide rótulo e cartucho.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 09 de Março de 2023