Fenoximetilpenicilina Potássica está indicado no tratamento de infecções leves a moderadas causadas por microrganismos sensíveis.
A terapia deverá ser orientada por estudos bacteriológicos (incluindo antibiogramas) e pela resposta clínica.
Nota: Pneumonia grave, empiema, bacteremia, pericardite, meningite e artrite não devem ser tratadas com Fenoximetilpenicilina Potássica durante o estágio agudo.
As seguintes infecções usualmente irão responder a doses adequadas de Fenoximetilpenicilina Potássica:
Nota: Relatos indicando um número crescente de cepas de estafilococos resistentes à Fenoximetilpenicilina Potássica, enfatizam a necessidade de realização de cultura e antibiograma, norteando o tratamento destas infecções.
Fusoespiroquetose (gengivite e faringite de Vincent): infecções leves a moderadas da orofaringe.
Nota: Infecções envolvendo a gengiva requerem tratamento dentário adequado.
Profilaxia da endocardite bacteriana em pacientes, com lesões cardíacas congênitas, ou adquiridas, incluindo a doença reumática, que irão submeter-se à cirurgia dentária, ou a procedimentos cirúrgicos no trato respiratório superior.
Nota: Pacientes recebendo tratamento contínuo com penicilina oral, para prevenção secundária da febre reumática, podem alojar estreptococos alfahemolíticos relativamente resistentes à penicilina. Portanto, deve-se considerar a utilização de outros antimicrobianos como profiláticos, nestes procedimentos, que seriam prescritos em adição ao regime contínuo de profilaxia da febre reumática.
Fenoximetilpenicilina Potássica está contraindicado para pacientes, com história de hipersensibilidade a penicilinas e/ou demais componentes da formulação.
Não deve ser administrado a pacientes sensíveis a cefalosporinas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica, ou do cirurgião-dentista.
Os comprimidos de Fenoximetilpenicilina Potássica devem ser deglutidos com um pouco de líquido. Pode ser administrado durante as refeições, entretanto, obtêm-se melhores efeitos quando tomado com estômago vazio.
Adicione água filtrada dentro do frasco, aos poucos, agitando constantemente, até que a solução atinja a marca indicada no rótulo.
Após reconstituição, o frasco conterá 60 mL de solução e cada mL da solução reconstituída terá 80.000 UI de fenoximetilpenicilina potássica e 5 mL da solução reconstituída terá 400.000 UI .
Essa solução se mantém estável por 7 (sete) dias à temperatura ambiente (entre 15o C e 30o C).
Após este prazo, despreze qualquer solução não utilizada.
A dose de Fenoximetilpenicilina Potássica deve ser determinada de acordo com a sensibilidade do microrganismo infectante, e a gravidade da infecção é ajustada de acordo com a resposta clínica do paciente.
É calculada levando-se em conta o peso corporal.
Recomenda-se a utilização de 25.000 a 90.000 UI/kg/dia, divididas em 3 (três) a 6 (seis) administrações.
Para infecções estreptocócicas leves e moderadas do trato respiratório, incluindo otite média, pode-se utilizar 40.000 UI/kg/dia, divididas em duas doses iguais, por 10 (dez) dias, como regime posológico alternativo.
200.000 a 500.000 UI a cada 6 (seis) ou 8 (oito) horas, por 10 (dez) dias.
500.000 UI a cada 6 (seis) horas em paciente febril por pelo menos 2 (dois) dias.
400.000 a 500.000 UI a cada 6 (seis) ou 8 (oito) horas.
400.000 a 500.000 UI a cada 6 (seis) ou 8 (oito) horas.
Recomenda-se a utilização de 200.000 a 500.000 UI duas vezes ao dia, ininterruptamente.
3.000.000 de UI (1.500.000 de UI para crianças abaixo de 27 kg) uma hora antes do procedimento, e então, 1.500.000 de UI (800.000 a 1.000.000 de UI para crianças abaixo de 27 kg) após 6 horas.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. (para a forma farmacêutica “comprimidos”).
Embora a incidência de reações às penicilinas orais ocorra em menor frequência do que com a terapêutica injetável, deve-se lembrar que todas as formas de hipersensibilidade, incluindo choque anafilático fatal já foram descritas.
As reações adversas da fenoximetilpenicilina, agrupadas por frequência de ocorrência, são:
Monilíase vaginal e/ou vulvar.
Edema por retenção de água e sódio.
Hipotensão.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Pode haver redução da eficácia contraceptiva dos ACOs.
A elevação do pH gástrico prejudica a absorção da Fenoximetilpenicilina.
Pode haver aumento do risco de convulsões, especialmente em indivíduos predispostos.
Diminui os níveis séricos da Fenoximetilpenicilina (inibição da absorção).
Diminui os níveis séricos da Fenoximetilpenicilina (provavelmente por inibição/atraso da absorção).
As penicilinas diminuem a excreção do metotrexato, acarretando risco de intoxicação pelo mesmo.
Há redução dos níveis séricos de MMF, possivelmente por interação das penicilinas com a circulação enterohepática.
Diminui a taxa de excreção das penicilinas, assim como prolonga e aumenta os níveis sanguíneos.
Podem reduzir o efeito terapêutico das penicilinas.
Pode haver aumento do risco de convulsões, especialmente em indivíduos predispostos.
As penicilinas podem interferir com a medida da glicosúria realizada com o método do reagente sulfato de cobre, ocasionando falsos resultados de acréscimo ou diminuição. Esta interferência não ocorre com o método da glicose oxidase.
Reações de hipersensibilidade sérias e ocasionalmente fatais foram registradas em pacientes sob tratamento com penicilinas. Indivíduos com história de hipersensibilidade a múltiplos alérgenos são mais susceptíveis a estas reações.
Embora a anafilaxia seja mais frequente como consequência da terapêutica injetável, há casos em que ela ocorreu com a administração oral de penicilinas.
Antes de iniciar o tratamento com penicilinas, deve-se investigar o aparecimento de possível reação de hipersensibilidade à penicilina, cefalosporina e outros alérgenos. Caso ocorra reação alérgica, o tratamento com a droga deve ser interrompido e a administração de drogas usuais como aminas vasoativas, anti-histamínicos e corticosteroides é recomendada.
Reações anafiláticas intensas requerem tratamento de emergência com adrenalina, oxigênio, corticosteroides endovenosos e controle respiratório, incluindo entubação, se necessário.
Deve-se usar penicilina cautelosamente em indivíduos com história de alergia e/ou asma.
A via oral de administração não deve ser descartada a não ser em casos de doença grave, náusea, vômito, cardioespasmo ou hipermotilidade intestinal. Alguns pacientes não absorvem quantidades terapêuticas de penicilina administrada oralmente.
Em infecções estreptocócicas, o tratamento deve ser suficiente para eliminar os microrganismos (mínimo de 10 dias), caso contrário, as sequelas da doença estreptocócica poderão surgir.
Deve-se realizar cultura ao término do tratamento, para determinar se os estreptococos foram totalmente erradicados. A possibilidade de superinfecção por patogênicos micóticos ou bacterianos deve ser avaliada, quando o produto for utilizado por tempo prolongado. Nestes casos deve-se instituir terapêutica adequada.
Penicilinas atravessam rapidamente a barreira placentária. O efeito para o feto, caso exista, não é conhecido.
Apesar de serem consideradas seguras, as penicilinas só devem ser administradas a mulheres grávidas quando estritamente necessário.
Categoria B.
Os estudos em animais não demonstraram risco fetal, mas também não há estudos controlados em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram riscos, mas que não foram confirmados em estudos controlados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas, sem orientação médica, ou do cirurgião-dentista.
Pequenas quantidades de Fenoximetilpenicilina foram detectadas no leite materno. O efeito para a criança, caso exista, não é conhecido.
Deve-se ter cautela quando Fenoximetilpenicilina é administrada a mulheres que estejam amamentando.
Este medicamento contém sacarose. (para a forma farmacêutica “pó para solução oral”).
Pode haver acúmulo de Fenoximetilpenicilina em pacientes com comprometimento da função renal.
Não há evidências de que o Fenoximetilpenicilina diminua a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Fyllingen e cols. avaliaram dois esquemas de tratamento com fenoximetilpenicilina, em um estudo envolvendo 206 (duzentos e seis) crianças com mais de 5 (cinco) anos que apresentavam amigdalite bacteriana por estreptococos do grupo A.
As crianças foram randomizadas para receber a dose diária do antibiótico, em duas ou três tomadas ao dia, durante 1 (uma) semana.
Ao final do tratamento, a taxa de cura (clínica + microbiológica) era de 82% no grupo que recebeu duas doses diárias e 88,2% no grupo que recebeu três doses diárias (P = NS).
Em conclusão, a administração da fenoximetilpenicilina, em duas ou três tomadas, tem a mesma eficácia para o tratamento de amigdalites, em crianças.
Num estudo semelhante ao anterior, os mesmos autores avaliaram 131 (cento e trinta e um) pacientes com sinusite, otite média aguda, ou amigdalite.
Observaram que a taxa de cura era de 78,6% quando a fenoximetilpenicilina era administrada em duas doses e 86,2% em três doses diárias, o que não atingiu significância estatística. Estes achados corroboram aqueles do estudo anterior.
Matsen e cols. compararam três antibióticos (fenoximetilpenicilina, penicilina G benzatina e cefalexina) no tratamento de faringite estreptocócica em 128 (cento e vinte e oito) crianças.
A penicilina G benzatina foi administrada em dose única enquanto os outros antibióticos foram prescritos por 10 (dez) dias.
As taxas de cura foram semelhantes entre os grupos (97,1% para fenoximetilpenicilina, 96,4% para penicilina G benzatina e 96,7% para cefalexina; P = NS).
O estudo concluiu que a eficácia dos esquemas com os antibióticos usados era muito boa e equivalente entre si.
Von Konow e cols. compararam a clindamicina com a fenoximetilpenicilina para o tratamento de infecções bacterianas orofaciais, em 60 (sessenta) pacientes.
Embora tenha sido observada tendência a um período mais curto de dor, febre e inchaço nos pacientes tratados com clindamicina, a diferença não foi estatisticamente significante.
Houve um caso de colite pseudomembranosa no grupo clindamicina. Em conclusão, a fenoximetilpenicilina foi tão eficaz quanto a clindamicina, no tratamento de infecções bacterianas agudas orofaciais.
As Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico, Tratamento e Prevenção da Febre Reumática, publicadas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, colocam a Penicilina V como antibiótico de escolha por via oral, tanto para profilaxia primária quanto secundária (grau de recomendação I, nível de evidência B).
As vantagens citadas da Penicilina V são: excelente tolerabilidade, eficácia comprovada e baixo custo.
A Fenoximetilpenicilina Potássica (penicilina V) é o análogo fenoximetil da penicilina G.
É quimicamente designada de ácido 3,3-dimetil-7-oxo-6(2-fenoxiacetamido)-4-tia-1- azabiciclo [3.2.0] heptano-2- carboxílico. É um antibiótico que exerce sua ação bactericida durante o período de multiplicação ativa dos microrganismos sensíveis. Atua por inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular.
Não é ativa contra bactérias produtoras de penicilinase, as quais incluem muitas cepas de estafilococos. A droga exerce elevada atividade in vitro contra estafilococos (exceto as cepas produtoras de penicilinase), estreptococos (grupos A, C, G, H, L e M) e pneumococos.
Outros microrganismos sensíveis à Fenoximetilpenicilina Potássica são: Corynebacterium diphtheriae, Bacillus anthracis, Clostridia, Actinomyces bovis, Streptobacillus moniliformis, Listeria monocytogenes, Leptospira e Neisseria gonorrhoeae. Treponema pallidum é extremamente sensível à ação bactericida da Fenoximetilpenicilina Potássica.
A característica principal do Fenoximetilpenicilina Potássica, que o distingue da benzilpenicilina, é a resistência à inativação pelo suco gástrico.
Pode ser administrada durante as refeições, entretanto, obtêm-se níveis sanguíneos mais elevados quando administrada antes das refeições, ou com o estômago vazio.
Os níveis sanguíneos médios são de duas a cinco vezes maiores que os atingidos com a mesma dose de benzilpenicilina oral e apresentam menores variações individuais.
Uma vez absorvida, a Fenoximetilpenicilina Potássica liga-se em cerca de 80% a proteínas plasmáticas.
Níveis teciduais são mais elevados nos rins, com menores quantidades no fígado, pele e intestinos.
Pequenas quantidades são encontradas em todos os outros tecidos corporais e no líquor. É excretada tão rapidamente quanto é absorvida em indivíduos com função renal normal.
Em recém-nascidos, crianças e indivíduos com disfunção renal a excreção retarda-se consideravelmente.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 08 de Fevereiro de 2024
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