Somapacitana é indicada para a reposição do hormônio do crescimento endógeno em crianças e adolescentes a partir de 2 anos de idade com insuficiência de crescimento devido à deficiência de hormônio do crescimento e em adultos com deficiência do hormônio do crescimento.
Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes.
Somapacitana não deve ser usado quando houver qualquer evidência de atividade tumoral.
Quaisquer tumores pré-existentes devem estar inativos e a terapia antitumoral deve ser concluída antes do início da terapia com Somapacitana. O tratamento deve ser descontinuado se houver evidências de crescimento tumoral.
Somapacitana não deve ser usado para promoção do crescimento longitudinal em crianças com epífises fechadas.
Pacientes com doença aguda crítica apresentando complicações após a cirurgia cardíaca de peito aberto, cirurgia abdominal, trauma múltiplo acidental, insuficiência respiratória aguda ou quadros clínicos semelhantes não devem ser tratados com Somapacitana (em relação a pacientes submetidos à outras terapias de reposição além do hormônio do crescimento, vide item “5. Advertências e Precauções”).
Somapacitana é contraindicado em pacientes com retinopatia diabética proliferativa ativa ou não proliferativa grave.
Somapacitana deve ser iniciado e monitorado por médicos que estejam devidamente qualificados e tenham experiência no diagnóstico e tratamento de pacientes com deficiência do hormônio do crescimento (por exemplo, endocrinologistas).
Somapacitana deve ser administrado uma vez por semana, a qualquer hora do dia, por via subcutânea no abdômen, coxa, nádegas ou parte superior do braço. O local de aplicação pode ser alterado sem ajustes na dose e deve ser alternado toda semana.
O sistema de aplicação fornece doses de 0,05 mg a 4,0 mg em incrementos de 0,05 mg (0,0075 mL) e é de uso individual. O carpule não deve ser retirado do sistema de aplicação nem recarregado.
Uma agulha deve ser sempre acoplada antes do uso. As agulhas não devem ser reutilizadas. A agulha deve ser removida após cada injeção e o sistema de aplicação deve ser armazenado sem a agulha rosqueada. Isso previne entupimento da agulha, contaminação, infecção, vazamento da solução e administração de dose imprecisa. Em casos de entupimento da agulha, os pacientes devem seguir as orientações descritas nas instruções de uso ao final desta bula.
Somapacitana pode ser administrado com agulhas de até 8 mm de comprimento. O seu sistema de aplicação foi desenvolvido para ser utilizado com agulhas descartáveis NovoFine®. As agulhas não estão inclusas.
Para obter orientações detalhadas sobre como administrar somapacitana, vide “Instruções de Uso” abaixo.
Para obter mais informações sobre o sistema de aplicação, consulte os itens: “Verifique a quantidade restante de Somapacitana”, “Como cuidar do seu sistema de aplicação” e “Informações importantes”.
Leia atentamente a bula e estas instruções antes de usar o sistema de aplicação preenchido Somapacitana.
Preste atenção especial a essas informações, pois elas são importantes para o uso seguro do sistema de aplicação.
Somapacitana contém 5 mg de somapacitana e pode ser usado para administrar doses de 0,025 mg a 2,0 mg, em incrementos de 0,025 mg. Somapacitana deve ser administrado apenas sob a pele (via subcutânea). Somapacitana pode ser administrado com agulhas de até 8 mm de comprimento. O seu sistema de aplicação foi desenvolvido para ser utilizado com agulhas descartáveis NovoFine®. As agulhas não estão incluídas e devem ser obtidas separadamente.
Não compartilhe seu sistema de aplicação Somapacitana e as agulhas com outras pessoas. Você pode causar uma infecção ou contrair uma infecção de outras pessoas.
Não use o sistema de aplicação sem o treinamento adequado de seu médico ou enfermeiro.
Certifique-se de estar seguro para fazer a aplicação em você mesmo com o sistema de aplicação antes de iniciar o tratamento. Se você for cego ou tiver problemas de visão e não conseguir ler o contador de doses do sistema de aplicação, não o utilize sem ajuda. Peça ajuda a uma pessoa com boa visão que está treinada para usar o sistema de aplicação.
Sempre use uma agulha nova em cada aplicação. Isso reduz o risco de contaminação, infecção, vazamento de Somapacitana e agulhas entupidas, resultando na administração da dose incorreta.
Nunca use uma agulha torta ou danificada.
Se o sistema de aplicação já estiver em uso, prossiga para a Etapa 3.
Caso uma gota de somapacitana não apareça após verificar o fluxo, a agulha pode estar entupida ou danificada. Não use o sistema de aplicação se o medicamento ainda não aparecer após a troca da agulha. O sistema de aplicação pode estar com defeito.
Não tente recolocar a tampa interna da agulha.
Você pode se furar com a agulha.
Sempre remova a agulha do sistema de aplicação imediatamente após cada aplicação. Isso reduz o risco de contaminação, infecção, vazamento de Somapacitana e agulhas entupidas, resultando na administração da dose incorreta.
Não é possível selecionar uma dose maior do que a quantidade de mg restante em seu sistema de aplicação.
Se precisar de uma dose maior de Somapacitana do que a quantidade que restou no sistema de aplicação, você pode usar um sistema de aplicação novo ou dividir a dose entre o sistema de aplicação atual e o sistema de aplicação novo. Você pode dividir a dose somente se tiver sido treinado ou orientado pelo seu médico ou enfermeiro. Use uma calculadora para planejar as doses, conforme instruído pelo seu médico ou enfermeiro.
Tenha muito cuidado para calcular corretamente, caso contrário, isso pode causar um erro de medicação. Se você não tiver certeza sobre como dividir a dose usando dois sistemas de aplicação, selecione e aplique a dose necessária com um sistema de aplicação novo.
Tenha cuidado para não deixar o sistema de aplicação cair ou bater contra superfícies duras. Não exponha o sistema de aplicação à poeira, sujeira, líquido ou luz direta.
Não tente reabastecer o sistema de aplicação, ele já vem preenchido e deve ser descartado quando estiver vazio.
Se você deixar o sistema de aplicação cair ou achar que algo está errado com ele, conecte uma nova agulha descartável e verifique o fluxo antes de injetar, veja as Etapas 1 e 2. Se o sistema de aplicação tiver caído, verifique o carpule. Se o carpule estiver rachado, não use o sistema de aplicação.
Não lave, mergulhe em água, nem lubrifique o sistema de aplicação. Pode ser limpo com sabão neutro e um pano umedecido.
Para obter mais informações sobre o sistema de aplicação, consulte os itens: “Verifique a quantidade restante de somapacitana”, “Como cuidar do seu sistema de aplicação” e “Informações importantes”.
Leia atentamente a bula e estas instruções antes de usar o sistema de aplicação preenchido Somapacitana.
Preste atenção especial a essas informações, pois elas são importantes para o uso seguro do sistema de aplicação.
Somapacitana contém 10 mg de somapacitana e pode ser usado para administrar doses de 0,05 mg a 4,0 mg, em incrementos de 0,05 mg. Somapacitana deve ser administrado apenas sob a pele (via subcutânea). Somapacitana pode ser administrado com agulhas de até 8 mm de comprimento. O seu sistema de aplicação foi desenvolvido para ser utilizado com agulhas descartáveis NovoFine®. As agulhas não estão incluídas e devem ser obtidas separadamente.
Não compartilhe seu sistema de aplicação Somapacitana e as agulhas com outras pessoas. Você pode causar uma infecção ou contrair uma infecção de outras pessoas.
Não use o sistema de aplicação sem o treinamento adequado de seu médico ou enfermeiro.
Certifique-se de estar seguro para fazer a aplicação em você mesmo com o sistema de aplicação antes de iniciar o tratamento. Se você for cego ou tiver problemas de visão e não conseguir ler o contador de doses do sistema de aplicação, não o utilize sem ajuda. Peça ajuda a uma pessoa com boa visão que está treinada para usar o sistema de aplicação.
Sempre use uma agulha nova em cada aplicação. Isso reduz o risco de contaminação, infecção, vazamento de Somapacitana e agulhas entupidas, resultando na administração da dose incorreta.
Nunca use uma agulha torta ou danificada.
Se o sistema de aplicação já estiver em uso, prossiga para a Etapa 3.
Caso uma gota de Somapacitana não apareça após verificar o fluxo, a agulha pode estar entupida ou danificada. Não use o sistema de aplicação se o medicamento ainda não aparecer após a troca da agulha. O sistema de aplicação pode estar com defeito.
Não tente recolocar a tampa interna da agulha.
Você pode se furar com a agulha.
Sempre remova a agulha do sistema de aplicação imediatamente após cada aplicação. Isso reduz o risco de contaminação, infecção, vazamento de Somapacitana e agulhas entupidas, resultando na administração da dose incorreta.
Não é possível selecionar uma dose maior do que a quantidade de mg restante em seu sistema de aplicação.
Se precisar de uma dose maior de Somapacitana do que a quantidade que restou no sistema de aplicação, você pode usar um sistema de aplicação novo ou dividir a dose entre o sistema de aplicação atual e o sistema de aplicação novo. Você pode dividir a dose somente se tiver sido treinado ou orientado pelo seu médico ou enfermeiro. Use uma calculadora para planejar as doses, conforme instruído pelo seu médico ou enfermeiro.
Tenha muito cuidado para calcular corretamente, caso contrário, isso pode causar um erro de medicação. Se você não tiver certeza sobre como dividir a dose usando dois sistemas de aplicação, selecione e aplique a dose necessária com um sistema de aplicação novo.
Tenha cuidado para não deixar o sistema de aplicação cair ou bater contra superfícies duras. Não exponha o sistema de aplicação à poeira, sujeira, líquido ou luz direta.
Não tente reabastecer o sistema de aplicação, ele já vem preenchido e deve ser descartado quando estiver vazio.
Se você deixar o sistema de aplicação cair ou achar que algo está errado com ele, conecte uma nova agulha descartável e verifique o fluxo antes de injetar, veja as Etapas 1 e 2. Se o sistema de aplicação tiver caído, verifique o carpule. Se o carpule estiver rachado, não use o sistema de aplicação.
Não lave, mergulhe em água, nem lubrifique o sistema de aplicação. Pode ser limpo com sabão neutro e um pano umedecido.
Para obter mais informações sobre o sistema de aplicação, consulte os itens: “Verifique a quantidade restante de Somapacitana”, “Como cuidar do seu sistema de aplicação” e “Informações importantes”.
Leia atentamente a bula e estas instruções antes de usar o sistema de aplicação preenchido Somapacitana.
Preste atenção especial a essas informações, pois elas são importantes para o uso seguro do sistema de aplicação.
Somapacitana contém 15 mg de somapacitana e pode ser usado para administrar doses de 0,10 mg a 8,0 mg, em incrementos de 0,1 mg. Somapacitana deve ser administrado apenas sob a pele (via subcutânea). Somapacitana pode ser administrado com agulhas de até 8 mm de comprimento. O seu sistema de aplicação foi desenvolvido para ser utilizado com agulhas descartáveis NovoFine®. As agulhas não estão incluídas e devem ser obtidas separadamente.
Não compartilhe seu sistema de aplicação Somapacitana e as agulhas com outras pessoas. Você pode causar uma infecção ou contrair uma infecção de outras pessoas.
Não use o sistema de aplicação sem o treinamento adequado de seu médico ou enfermeiro.
Certifique-se de estar seguro para fazer a aplicação em você mesmo com o sistema de aplicação antes de iniciar o tratamento. Se você for cego ou tiver problemas de visão e não conseguir ler o contador de doses do sistema de aplicação, não o utilize sem ajuda. Peça ajuda a uma pessoa com boa visão que está treinada para usar o sistema de aplicação.
Sempre use uma agulha nova em cada aplicação. Isso reduz o risco de contaminação, infecção, vazamento de Somapacitana e agulhas entupidas, resultando na administração da dose incorreta.
Nunca use uma agulha torta ou danificada.
Se o sistema de aplicação já estiver em uso, prossiga para a Etapa 3.
Caso uma gota de somapacitana não apareça após verificar o fluxo, a agulha pode estar entupida ou danificada. Não use o sistema de aplicação se o medicamento ainda não aparecer após a troca da agulha. O sistema de aplicação pode estar com defeito.
Não tente recolocar a tampa interna da agulha.
Você pode se furar com a agulha.
Sempre remova a agulha do sistema de aplicação imediatamente após cada aplicação. Isso reduz o risco de contaminação, infecção, vazamento de Somapacitana e agulhas entupidas, resultando na administração da dose incorreta.
Não é possível selecionar uma dose maior do que a quantidade de mg restante em seu sistema de aplicação.
Se precisar de uma dose maior de Somapacitana do que a quantidade que restou no sistema de aplicação, você pode usar um sistema de aplicação novo ou dividir a dose entre o sistema de aplicação atual e o sistema de aplicação novo. Você pode dividir a dose somente se tiver sido treinado ou orientado pelo seu médico ou enfermeiro. Use uma calculadora para planejar as doses, conforme instruído pelo seu médico ou enfermeiro.
Tenha muito cuidado para calcular corretamente, caso contrário, isso pode causar um erro de medicação. Se você não tiver certeza sobre como dividir a dose usando dois sistemas de aplicação, selecione e aplique a dose necessária com um sistema de aplicação novo.
Tenha cuidado para não deixar o sistema de aplicação cair ou bater contra superfícies duras. Não exponha o sistema de aplicação à poeira, sujeira, líquido ou luz direta.
Não tente reabastecer o sistema de aplicação, ele já vem preenchido e deve ser descartado quando estiver vazio.
Se você deixar o sistema de aplicação cair ou achar que algo está errado com ele, conecte uma nova agulha descartável e verifique o fluxo antes de injetar, veja as Etapas 1 e 2. Se o sistema de aplicação tiver caído, verifique o carpule. Se o carpule estiver rachado, não use o sistema de aplicação.
Não lave, mergulhe em água, nem lubrifique o sistema de aplicação. Pode ser limpo com sabão neutro e um pano umedecido.
Tabela 9. Recomendação de dose
Deficiência de hormônio do crescimento em crianças e adolescentes | Dose recomendada |
Pacientes sem tratamento prévio com hormônio do crescimento e pacientes mudando de outro hormônio do crescimento para Somapacitana | 0,16 mg/kg/semana |
Deficiência de hormônio do crescimento em adultos | Dose inicial recomendada |
Pacientes sem tratamento prévio com hormônio do crescimento: | |
Adultos (18 anos de idade ou mais e menos de 60 anos) | 1,5 mg/semana |
Mulheres em uso de estrogênio oral (independentemente da idade) | 2,0 mg/semana |
Idosos (60 anos de idade ou mais) | 1,0 mg/semana |
Pacientes mudando de hormônio do crescimento diário para semanal: | |
Adultos (18 anos de idade ou menos de 60 anos) | 2,0 mg/semana |
Mulheres em uso de estrogênio oral (independentemente da idade) | 4,0 mg/semana |
Idosos (60 anos de idade ou mais) | 1,5 mg/semana |
Individualizar e ajustar a dosagem com base na resposta clínica. Não foram avaliadas doses maiores do que 0,16 mg/kg/semana de somapacitana em pacientes pediátricos.
A dose de somapacitana pode ser individualizada e ajustada conforme necessário, com base na velocidade de crescimento, reações adversas, peso corporal e concentrações séricas de fator de crescimento semelhante à insulina I (IGF-I).
Os níveis médios de pontuação de desvio padrão (SDS) de IGF-I (extraídos 4 dias após a dosagem) podem ser usados como orientação para a titulação da dose. Os ajustes de dose devem ser direcionados para atingir os níveis médios de IGF-1 SDS na faixa normal, ou seja, entre -2 e +2.
Se a pontuação do desvio padrão (SDS) do IGF-1 for >2, ela deve ser inicialmente reavaliada 4-6 semanas depois. Se o valor permanecer >2, recomenda-se reduzir a dose em 0,02 mg/kg/semana. Mais de uma redução de dose pode ser necessária em alguns pacientes.
A avaliação da eficácia e segurança deve ser considerada em intervalos de aproximadamente 6 a 12 meses e pode ser analisada por parâmetros auxológicos, bioquímicos (níveis de IGF-I, hormônios, glicose e lipídios) e estado puberal. Avaliações mais frequentes devem ser consideradas durante a puberdade.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que atingirem a altura final ou próximo da altura final, ou seja, uma velocidade de crescimento anualizada < 2 cm/ano e uma idade óssea > 14 anos em meninas ou > 16 anos em meninos, o que corresponde ao fechamento das placas epifisárias de crescimento. Uma vez que as epífises estejam fechadas, os pacientes devem ser reavaliados clinicamente quanto à necessidade de tratamento com hormônio do crescimento.
Quando a deficiência do hormônio do crescimento persistir após a conclusão do crescimento, o tratamento com hormônio do crescimento deve ser continuado para atingir o desenvolvimento somático completo do adulto, incluindo massa magra corporal e acúmulo de minerais ósseos (para orientação sobre posologia, consulte a dose recomendada para adultos (Tabela 9).
A dose de Somapacitana deve ser ajustada individualmente para cada paciente. Recomenda-se aumentar a dose gradualmente com intervalos de 2 a 4 semanas, em incrementos de 0,5 mg a 1,5 mg, com base na resposta clínica dos pacientes e na experiência de reações adversas até a dose máxima de 8,0 mg de Somapacitana por semana.
Os níveis séricos de fator de crescimento semelhante à insulina tipo I (IGF-I) (obtidos 3 a 4 dias após a administração da dose) podem ser usados como orientação para a titulação da dose. A meta de escore desvio padrão (PDP) do IGF-I deve ter como objetivo o intervalo superior normal, não excedendo 2 PDPs. Os níveis de PDP do IGF-I na faixa alvo geralmente são alcançados dentro de 8 semanas da titulação da dose. Pode ser necessária uma titulação de dose mais longa em alguns pacientes adultos com deficiência do hormônio do crescimento.
Usando a PDP do IGF-I como biomarcador para titulação da dose, o objetivo é atingir os níveis de PDP do IGF-I dentro do intervalo de referência superior ajustado pela idade (PDP do IGF-I: 0 e +2) em até 12 meses da titulação. Se essa faixa-alvo não puder ser alcançada dentro desse período, ou se o paciente não alcançar a resposta clínica desejada, outras opções de tratamento devem ser consideradas.
Durante o tratamento de manutenção com Somapacitana, a avaliação da eficácia e segurança deve ser considerada em intervalos de aproximadamente 6 a 12 meses e pode ser verificada através da avaliação bioquímica (níveis de IGF-I, glicose e lipídios), da composição corporal e do índice de massa corporal.
Os pacientes que esquecerem uma dose são aconselhados a administrar Somapacitana assim que possível, em até 3 dias após a dose perdida e depois retomar o cronograma de administração de dose normal uma vez por semana. Se mais de 3 dias tiverem se passado, a dose perdida deve ser pulada e a dose seguinte deve ser administrada no dia programado regularmente. Se duas ou mais doses forem perdidas, a próxima dose deve ser considerada no dia programado regularmente. Não administre uma dose extra ou aumente a dose para compensar uma dose esquecida.
A troca por outro tipo ou marca de hormônio do crescimento deve ser feita por um médico que tenha experiência no diagnóstico e tratamento da deficiência de hormônio do crescimento.
Recomenda-se que os pacientes que mudam de um hormônio de crescimento semanal para Somapacitana continuem seu esquema de dosagem semanal.
Pacientes que mudam de hormônio do crescimento humano diário para Somapacitana uma vez por semana devem escolher um dia de preferência para a dose semanal e tomar a última dose do tratamento diário no dia anterior ou pelo menos 8 horas antes de tomar a primeira dose de Somapacitana. As recomendações de dose estão apresentadas na Tabela 9.
O dia da aplicação semanal pode ser alterado, desde que o intervalo entre as duas doses seja de pelo menos 4 dias. Após selecionar um novo dia para a aplicação, a administração da dose uma vez por semana deve ser continuada.
Nas ocasiões em que a administração no dia da dosagem semanal programado não for possível, Somapacitana pode ser aplicado até 2 dias antes ou até 3 dias após o dia programado, desde que o intervalo entre as doses seja de pelo menos 4 dias (96 horas). A administração da próxima dose pode ser feita no dia da dosagem semanal regularmente programado.
Na ausência de estudos de compatibilidade, Somapacitana não deve ser misturado com outros medicamentos.
Geralmente, doses mais baixas de somapacitana podem ser necessárias em pacientes idosos.
Homens apresentam uma sensibilidade crescente ao IGF-I com o passar do tempo. Isso significa que há um risco de que os homens sejam tratados em excesso. As mulheres, principalmente aquelas em uso de estrogênio oral, podem necessitar de doses maiores e de um período de titulação mais longo do que os homens. Em mulheres que administram estrogênio oral, deve ser considerada a alteração da via de administração do estrogênio (por exemplo, transdérmica, vaginal).
Não é necessário nenhum ajuste na dose inicial de pacientes adultos com insuficiência renal. Pacientes com insuficiência renal podem precisar de doses mais baixas de somapacitana, mas como a dose de somapacitana é ajustada individualmente de acordo com a necessidade de cada paciente, não é necessário nenhum ajuste de dose adicional. Somapacitana não foi estudado em pacientes pediátricos com insuficiência renal. Nenhuma recomendação de dose pode ser feita para esses pacientes.
Não é necessário nenhum ajuste na dose inicial para pacientes adultos com insuficiência hepática. Pacientes com insuficiência hepática moderada podem precisar de doses maiores de somapacitana, mas como a dose de somapacitana é ajustada individualmente de acordo com a necessidade de cada paciente, não é necessário nenhum ajuste de dose adicional. Não há informações disponíveis sobre o uso de somapacitana em pacientes com insuficiência hepática grave. Deve-se ter cautela ao tratar esses pacientes com somapacitana. Somapacitana não foi estudado em pacientes pediátricos com insuficiência hepática. Nenhuma recomendação de dose pode ser feita para esses pacientes.
As reações adversas são (em ordem decrescente de frequência) cefaleia (9%), dores nas extremidades (7%),reações no local da aplicação (5%), hipotireoidismo (3%), edema periférico (3%), hiperglicemia (3%), artralgia (2%), insuficiência adrenocortical (2%) e fadiga (1%).
As reações adversas listadas abaixo são baseadas nos dados de segurança de um estudo de fase 3 (52 semanas) e de um estudo fase 2 (208 semanas), em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento, além de reações adversas decorrentes do tratamento com Somapacitana.
Tabela 10. Reações adversas do estudo clínico fase 3
MedDRA Classe de Sistemas e Órgãos |
Comum |
Distúrbios endócrinos | Hipotireoidismo* |
Insuficiência adrenocortical | |
Distúrbios metabólicos e nutricionais | Hiperglicemia |
Distúrbios do sistema nervoso | Cefaleia* |
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo | Artralgia |
Dor em extremidade** | |
Distúrbios gerais e quadros clínicos no local de administração | Edema periférico* |
Reações no local da aplicação*# | |
Fadiga |
*Em geral, essas reações adversas foram não-graves, de gravidade leve e transitórias.
# As reações no local da aplicação incluem equimose no local da aplicação (1,5%), dor no local da aplicação (1,5%), hematoma no local da aplicação (1%), desconforto no local da aplicação (0,5%), reação no local da aplicação (0,5%) e inchaço no local da aplicação (0,5%).
**Principalmente dor leve na perna.
As reações adversas sérias e comumente relatadas após o tratamento com Somapacitana são cefaleia (12%), edema periférico (4%) e insuficiência adrenocortical (3%).
As reações adversas listadas abaixo são baseadas nos dados de segurança compilados de três estudos clínicos de fase 3 concluídos em pacientes adultos com deficiência de hormônio do crescimento.
Tabela 11. Reações adversas
MedDRA Classe de Sistemas e Órgãos |
Muito comum | Comum | Incomum |
Distúrbios endócrinos | - | Insuficiência adrenocortical, Hipotireoidismo | - |
Distúrbios metabólicos e nutricionais | - | Hiperglicemia*, Aumento do peso corporal | - |
Distúrbios do sistema nervoso | Cefaleia | Parestesia, Tontura, Distúrbios do sono | Síndrome do túnel do carpo |
Distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos | - | Erupção cutânea*, Urticária* | Lipohipertrofia*, Prurido* |
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos | - | Artralgia, Mialgia, Dor nas costas, Rigidez muscular* | Rigidez articular |
Distúrbios gerais e quadros clínicos no local de administração | - | Edema periférico, Fadiga, Astenia, Reações no local da aplicação* | - |
Distúrbios dos sistemas hematológico e linfático | - | Anemia | - |
Distúrbios vasculares | - | Hipertensão | - |
Distúrbios gastrointestinais | - | Dispepsia, Vômito | - |
Infecções e infestações | - | Amigdalite | - |
Investigações (alterações de exames laboratoriais) | - | Aumento de creatinofosfoquinase | - |
*Em geral, essas reações adversas foram de gravidade não séria, leves ou moderadas e transitórias.
Edema periférico foi comumente observado (3% em crianças e 4% em adultos com deficiência do hormônio de crescimento). Os pacientes com deficiência de hormônio do crescimento são caracterizados por déficit de volume extracelular. Quando o tratamento com hormônio do crescimento é iniciado, esse déficit é corrigido. Pode ocorrer retenção de líquidos com edema periférico. Os sintomas geralmente são transitórios, dependentes da dose e podem necessitar de redução temporária da dose.
Insuficiência adrenocortical foi comumente observada (2% em crianças e 3% em adultos com deficiência do hormônio de crescimento).
A notificação de suspeitas reações adversas após a comercialização do medicamento é importante. Permite o monitoramento contínuo da relação risco/benefício do medicamento. Os profissionais de saúde devem notificar quaisquer suspeitas de reações adversas.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
A experiência clínica de superdose com Somapacitana é limitada.
Baseado nas experiências de tratamento com hormônio de crescimento diário, a superdosagem de curto prazo pode levar a baixos níveis de glicose no sangue inicialmente, seguidos por altos níveis de glicemia. Esses níveis reduzidos de glicose foram detectados bioquimicamente, mas sem sinais clínicos de hipoglicemia.
A superdosagem a longo prazo pode resultar em sinais e sintomas consistentes com os efeitos conhecidos do excesso de hormônio do crescimento humano.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Dados de um estudo de interação realizado em adultos com deficiência de hormônio do crescimento sugerem que a administração de hormônio do crescimento pode aumentar a depuração de compostos conhecidos por serem metabolizados pelas isoenzimas do citocromo P450. A depuração dos compostos metabolizados pelo citocromo P450 (por exemplo esteroides sexuais, corticosteroides, anticonvulsivantes e ciclosporina) pode estar especialmente aumentada, resultando em níveis plasmáticos mais baixos desses compostos. A significância clínica desse achado é desconhecida.
O hormônio do crescimento diminui a conversão de cortisona em cortisol e pode desmascarar o hipoadrenalismo central não descoberto previamente ou tornar ineficazes as doses baixas de reposição de glicocorticoides.
Em mulheres recebendo terapia com estrogênio oral, pode ser necessária uma dose maior de Somapacitana para alcançar o objetivo do tratamento.
O tratamento com anti-hiperglicêmicos, incluindo insulina, pode necessitar de ajuste da dose em casos de coadministração com Somapacitana, visto que Somapacitana pode diminuir a sensibilidade à insulina.
Os efeitos metabólicos de Somapacitana também podem ser influenciados pela terapia concomitante com outros hormônios, por exemplo, testosterona e hormônios da tireoide.
Reações de hipersensibilidade sistêmica graves, incluindo reações anafiláticas e angioedema, foram relatadas após a comercialização com o uso de somatropina. Informe os pacientes e/ou cuidadores de que tais reações são possíveis e que atendimento médico imediato deve ser procurado se ocorrer uma reação alérgica. Somapacitana é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida à somatropina ou a qualquer excipiente de Somapacitana.
A introdução do tratamento com hormônio do crescimento pode resultar na inibição de 11βHSD-1 e redução das concentrações séricas de cortisol. Em pacientes tratados com hormônio do crescimento, o hipoadrenalismo central (secundário) não diagnosticado previamente pode ser desmascarado e a reposição de glicocorticoides pode ser necessária. Além disso, os pacientes tratados com reposição de glicocorticoides em decorrência de hipoadrenalismo previamente diagnosticado podem necessitar de um aumento nas doses de manutenção ou reforçadas após o início do tratamento com hormônio do crescimento. É necessário monitorar os pacientes com hipoadrenalismo conhecido quanto à redução dos níveis séricos de cortisol e/ou necessidade de doses aumentadas de glicocorticoide.
O tratamento com hormônio do crescimento pode diminuir a sensibilidade à insulina, especialmente em doses mais elevadas em pacientes suscetíveis e, consequentemente, pode ocorrer hiperglicemia em indivíduos com capacidade inadequada de secreção de insulina. Como resultado, o comprometimento da tolerância à glicose não diagnosticada previamente e o diabetes mellitus evidente podem ser desmascarados durante o tratamento com hormônio do crescimento. Portanto, os níveis de glicose devem ser monitorados periodicamente em todos os pacientes tratados com hormônio do crescimento, principalmente em pacientes com fatores de risco de diabetes mellitus, como obesidade, ou histórico familiar de diabetes mellitus. Pacientes com diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2 preexistente ou tolerância à glicose diminuída devem ser monitorados atentamente durante a terapia com hormônio do crescimento. As doses dos medicamentos anti-hiperglicêmicos podem necessitar de ajuste quando a terapia com hormônio do crescimento for instituída nesses pacientes.
Existe um risco aumentado de progressão de neoplasias com relação ao uso de somatropina em pacientes com tumores ativos. Quaisquer tumores preexistentes devem estar inativos e a terapia antitumoral deve ser concluída antes do início da terapia com Somapacitana. O tratamento deve ser descontinuado se houver evidências de atividade tumoral recorrente.
Em sobreviventes de cânceres pediátricos que receberam radiação no cérebro/cabeça para sua primeira neoplasia e que desenvolveram deficiência do hormônio de crescimento e foram tratados com somatropina, um aumento nas neoplasias secundárias foi reportado. Os tumores intracranianos, em particular os meningiomas, foram os mais comuns dessas segundas neoplasias. Monitore todos os pacientes com história de deficiência do hormônio de crescimento secundária a uma neoplasia intracraniana durante o tratamento com somatropina quanto à progressão ou recorrência do tumor.
Como crianças com certas causas genéticas raras de baixa estatura têm um risco aumentado de desenvolver malignidades, considere cuidadosamente os riscos e benefícios de iniciar Somapacitana nesses pacientes. Se o tratamento com Somapacitana for iniciado, monitore cuidadosamente esses pacientes quanto ao desenvolvimento de neoplasias.
Existe um risco potencial de alterações malignas de nevos preexistentes em pacientes em tratamento com somatropina. Todos os pacientes recebendo Somapacitana devem ser cuidadosamente monitorados quanto ao aumento do crescimento ou possíveis alterações malignas de nevos preexistentes. Aconselhe os pacientes a relatarem alterações marcantes no comportamento, aparecimento de dores de cabeça, distúrbios da visão e/ou alterações na aparência de nevos preexistentes.
No caso de cefaleias graves ou recorrentes, sintomas visuais, náuseas e/ou vômitos, recomenda-se a realização de fundoscopia para detectar papiledema. Se o papiledema for confirmado, o diagnóstico de hipertensão intracraniana benigna deve ser considerado e, se apropriado, o tratamento com hormônio do crescimento deve ser descontinuado. Atualmente, não há evidências suficientes para orientar a tomada de decisão clínica em pacientes com hipertensão intracraniana resolvida. Se o tratamento com hormônio do crescimento for reiniciado, é necessário um monitoramento cuidadoso dos sintomas de hipertensão intracraniana.
O hormônio do crescimento aumenta a conversão extratireoidiana de T4 em T3 e pode, como tal, desmascarar o hipotireoidismo incipiente. Como o hipotireoidismo interfere na resposta à terapia com hormônio do crescimento, os pacientes devem ter sua função tireoidiana avaliada regularmente e devem receber terapia de reposição com hormônios da tireoide quando indicado.
O estrogênio oral influencia a resposta do IGF-I ao hormônio do crescimento, incluindo Somapacitana.
Mulheres que estiverem administrando qualquer forma de estrogênio oral (terapia hormonal ou contracepção) devem considerar mudança da via de administração de estrogênio (por exemplo, medicamentos hormonais transdérmicos ou vaginais) ou usar outra forma de contracepção. Se uma mulher em uso de estrogênio oral iniciar terapia com Somapacitana, podem ser necessárias doses iniciais maiores e um período de titulação mais longo.
Se uma mulher que estiver administrando Somapacitana começar a terapia com estrogênio oral, a dose de Somapacitana pode precisar ser aumentada para manter os níveis séricos de IGF-I dentro do intervalo normal apropriado para a idade. Por outro lado, se uma mulher em uso de Somapacitana descontinuar a terapia oral com estrogênio, a dose de Somapacitana pode precisar ser reduzida para evitar o excesso de somapacitana e/ou efeitos indesejáveis.
Quando Somapacitana é administrado no mesmo local por um longo período de tempo, pode ocorrer lipohipertrofia. O local de aplicação deve ser alternado para reduzir o risco.
Embora nenhum anticorpo tenha sido observado após o tratamento com Somapacitana, anticorpos podem ser esperados, conforme observado com outras proteínas terapêuticas. Deve-se realizar testes para verificar a presença de anticorpos contra a somapacitana em pacientes que não responderem à terapia.
O efeito do hormônio do crescimento na recuperação foi estudado em dois estudos controlados por placebo envolvendo 522 pacientes adultos em estado crítico sofrendo de complicações após cirurgia cardíaca de peito aberto, cirurgia abdominal, trauma múltiplo acidental ou insuficiência respiratória aguda. A mortalidade foi maior em pacientes tratados com 5,3 ou 8,0 mg de hormônio do crescimento diariamente em comparação com pacientes que receberam placebo (42% vs. 19%). Com base nessas informações, esses tipos de pacientes não devem ser tratados com Somapacitana. Como não há informações disponíveis sobre a segurança da terapia de reposição do hormônio do crescimento em pacientes com doença aguda crítica, os benefícios da continuidade do tratamento nessa situação devem ser ponderados em relação aos possíveis riscos envolvidos.
A deficiência de hormônio do crescimento em adultos é uma doença crônica e precisa ser tratada de forma adequada. No entanto, a experiência em pacientes com mais de 60 anos de idade e em pacientes com mais de cinco anos de tratamento na deficiência de hormônio do crescimento em adultos ainda é limitada.
Pode ocorrer retenção de fluidos durante a terapia de reposição com Somapacitana. As manifestações clínicas de retenção de líquidos (por exemplo, edema e síndromes de compressão nervosa incluindo síndrome do túnel do carpo/parestesia) geralmente são transitórias e dose-dependentes.
Casos de pancreatite foram relatados em pacientes recebendo produtos de hormônio de crescimento. A pancreatite deve ser considerada em pacientes que desenvolverem dor abdominal intensa persistente.
Os riscos associados ao uso de hormônio do crescimento em pacientes pediátricos incluem morte súbita em pacientes com Síndrome de Prader-Willi, aumento do risco de segunda neoplasia em sobreviventes de câncer pediátrico tratados com radiação no cérebro e/ou cabeça, deslizamento epifisário proximal do fêmur, progressão de escoliose preexistente e pancreatite.
Este medicamento contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) por dose, portanto, é essencialmente “livre de sódio”.
Não há dados do uso de Somapacitana em mulheres grávidas. Estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva.
Somapacitana não é recomendado durante a gravidez e em mulheres com potencial para engravidar que não utilizam métodos contraceptivos.
Não se sabe se Somapacitana e metabólitos são excretados no leite humano.
Os dados farmacodinâmicos/toxicológicos disponíveis em animais mostraram excreção de somapacitana no leite.
O risco para recém-nascidos/lactentes não pode ser excluído. A decisão quanto à descontinuação da amamentação ou descontinuação/abstenção da terapia com Somapacitana deve ser ponderada, levando em consideração o benefício da amamentação para a criança e o benefício da terapia para a mulher.
Não há experiência clínica com o uso de Somapacitana e seu possível efeito na fertilidade.
Não foram observados efeitos adversos na fertilidade masculina e feminina em ratos.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Somapacitana exerce pouca ou nenhuma influência sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Este medicamento pode causar doping.
Crianças tratadas com somapacitana devem ser avaliadas regularmente por um especialista em crescimento infantil. O tratamento com somapacitana sempre deve ser iniciado por um médico especialista na deficiência do hormônio de crescimento e seu tratamento.
O uso de somapacitana no tratamento da insuficiência de crescimento em crianças só foi avaliado em pacientes pediátricos com deficiência do hormônio de crescimento, não sendo indicado seu uso para insuficiência de crescimento devido a outras condições.
Somapacitana não é indicado para o tratamento de adultos sem deficiência do hormônio de crescimento.
A eficácia e segurança de Somapacitana uma vez por semana (5 mg/1,5 mL, 10 mg/1,5 mL e 15 mg/1,5 mL) foram avaliadas em um estudo de 52 semanas, randomizado, multicêntrico, aberto, com controle ativo, grupo-paralelo de fase 3 (REAL 4) em 200 pacientes pediátricos pré-púberes com deficiência de hormônio do crescimento que nunca receberam tratamento com hormônio do crescimento. Os pacientes foram randomizados para 0,16 mg/kg/semana de Somapacitana uma vez por semana (N=132) ou 0,034 mg/kg/dia de somatropina diária (N=68). 15 pacientes atingiram a puberdade durante o estudo.
No início do estudo, os 200 pacientes tinham uma idade média de 6,4 anos (variação: 2,5 a 11). 25,5% dos pacientes eram do sexo feminino e 74,5% do sexo masculino. 37% dos pacientes eram asiáticos, 0,5% eram negros ou afro-americanos, 57% eram caucasianos e 5,5% foram categorizados como “outros” ou não relatados.
O tratamento com Somapacitana uma vez por semana por 52 semanas resultou em uma velocidade de crescimento anualizada de 11,2 cm/ano. Os pacientes tratados com somatropina diária atingiram uma velocidade de crescimento anualizada de 11,7 cm/ano após 52 semanas de tratamento (Tabela 1).
Tabela 1: Resultados de crescimento na Semana 52 em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento
- | Somapacitana semanal (N=132) | Somatropina diária (N=68) | Estimativa da diferença de tratamento (IC 95%) (Somapacitana menos somatropina) |
Velocidade de crescimento anualizada (cm/ano) | 11,2 | 11,7 | -0,5 [-1,1; 0,2] |
A altura SDS (alteração do basal) foi de 1,25 no braço Somapacitana uma vez por semana e 1,30 no braço somatropina diária na semana 52 (Tabela 5). A alteração do IGF-I SDS desde o basal na semana 52 foi semelhante nos dois braços com valores de 2,36 para Somapacitana uma vez por semana e 2,33 para somatropina diária. A média de IGF-I SDS também foi semelhante entre Somapacitana e somatropina diária na semana 52.
Tabela 2: Altura SDS e IGF-I SDS em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento em 52 semanas de tratamento
- | Somapacitana semanal (N=132) | Somatropina diária (N=68) | Estimativa da diferença de tratamento (IC 95%) (Somapacitana menos somatropina) |
Altura SDS, basala | -2,99 | -3,47 | - |
Altura SDS, alteração do basal | 1,25 | 1,30 | 0,05 [-0,18; 0,08] |
IGF-I SDS, basala | -2,03 | -2,33 | - |
IGF-I SDS, semana 52a | 0,28 | 0,10 | - |
Alteração do nível de IGF-I SDS desde o basal | 2,36 | 2,33 | 0,03 [-0,30; 0,36] |
a Média observada.
A grande maioria dos pacientes pediátricos (96,9%) no estudo alcançou um nível médio de IGF-I SDS dentro da faixa normal (-2 a +2) após 52 semanas de tratamento com Somapacitana uma vez por semana (Tabela 3). Baixo número de pacientes teve média de IGF-I SDS acima de +2 (2,3%) e nenhum paciente teve média de IGF-I SDS acima de +3.2
Tabela 3: Valores médios de IGF-I SDS após 52 semanas de tratamento em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento com Somapacitana semanal
Categoria IGF-I SDS | Média da semana 52 (N=132) |
<-2 | 0,8% |
-2 a 0 | 21,2% |
0 a +2 | 75,8% |
+2 a +3 | 2,3% |
>+3 | 0 |
Um total de 59 pacientes pediátricos pré-púberes com deficiência de hormônio do crescimento sem tratamento prévio com hormônio do crescimento completaram um período principal de 26 semanas e uma extensão de 26 semanas em um estudo de grupo paralelo de 4 braços com Somapacitana semanal em doses de 0,04, 0,08 e 0,16 mg/kg /semana e braço de controle ativo de 0,034 mg/kg/dia de somatropina diária. Os pacientes continuaram em um período de extensão para avaliação de segurança, de 104 semanas, aberto, em braços paralelos, com Somapacitana 0,16 mg/kg/semana e somatropina diária 0,034 mg/kg/dia. Todos os pacientes foram posteriormente transferidos para Somapacitana 0,16 mg/kg/semana em uma extensão de segurança de longo prazo de 208 semanas. 17 pacientes atingiram a puberdade durante o estudo.
O tratamento com Somapacitana semanal levou a benefícios contínuos do tratamento até pelo menos a semana 208. A SDS de altura foi de -1,06 (alteração do basal: 2,85) em 38 pacientes.
O resultado da altura obtido na semana 208 em pacientes que mudaram de 0,034 mg/kg/dia de somatropina diária para 0,16 mg/kg/semana com Somapacitana na semana 156 indicou que os benefícios do tratamento com somatropina diária são mantidos após a mudança para Somapacitana semanal.
A média de IGF-I SDS permaneceu dentro da faixa normal para todos os grupos.
As amostras de sangue podem ser colhidas em qualquer dia da semana após as aplicações de somapacitana. A amostragem 2 dias após a aplicação aproxima-se muito do valor máximo de IGF-I esperado, enquanto a concentração média de IGF-I ao longo do intervalo de dosagem semanal é mais aproximada com uma amostra colhida 4 dias após a aplicação.
Com base em dados de ensaios clínicos em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento, uma orientação para calcular o IGF-I SDS médio com base na amostragem de sangue após a aplicação é fornecida na Tabela 4.
Tabela 4: Fórmula para calcular o IGF-I SDS médio aproximado ao longo do intervalo de dosagem semanal em indivíduos pediátricos com base na amostragem de sangue após a injeção
Intervalo Dias (horas) após a dose |
Ajuste do IGF-I SDS medido para aproximar o IGF-I SDS médio |
1 dia após a dose (25-48 horas) | IGF-I SDS – 0,8 |
2 dias após a dose (49-72 horas) | IGF-I SDS – 1,0 |
3 dias após a dose (73-96 horas) | IGF-I SDS – 0,5 |
4 dias após a dose (97-120 horas) | Nenhum ajuste* |
5 dias após a dose (121-144 horas) | IGF-I SDS + 0,7 |
6 dias após a dose (145-168 horas) | IGF-I SDS + 1,1 |
* Nenhum ajuste com base no resultado de IGF-I SDS + 0,1, que é considerado de relevância clínica desprezível.
O perfil de segurança da somapacitana foi semelhante ao perfil de segurança bem conhecido da somatropina. Não foram identificados novos problemas de segurança. Não foram identificados problemas de tolerabilidade local.
Um baixo número de pacientes testou positivo para anticorpos de ligação à somapacitana em qualquer momento durante o tratamento. Nenhum desses anticorpos foi neutralizante e não houve impacto clínico.
O uso de Somapacitana foi avaliado apenas em crianças com deficiência do hormônio de crescimento. Seu uso em crianças nascidas pequenas para a idade gestacional (PIG) não foi avaliado.
Pacientes pediátricos tratados com Somapacitana uma vez por semana relataram uma carga de tratamento menor conforme medido usando o GHD-CTBa na semana 52 em comparação com pacientes tratados com somatropina diária.
Os cuidadores de pacientes pediátricos tratados com Somapacitana uma vez por semana relataram menor carga de tratamento conforme medido usando o GHD-PTBb na semana 52 em comparação com pacientes tratados com somatropina diária.2
Tabela 5: Resultados de GHD-CTB e GHD-PTB no REAL 4 após 52 semanas
- | Resultado na semana 52 (Somapacitana) | Resultado na semana 52 (somatropina) | ETD* (Somapacitana – somatropina) [95% CI] |
GHD-CTB | |||
Físico | 11.6 | 14.5 | -2.9 [-6.8; 1.0] |
Bem-estar emocional | 15.5 | 19.1 | -3.5 [-9.5; 2.4] |
Interferência | 5.2 | 6.4 | -1.3 [-3.9; 1.3] |
Pontuação geral | 10.7 | 13.1 | -2.4 [-5.7; 0.9] |
GHD-PTB | |||
Bem-estar emocional | 12.4 | 17.7 | -5.3 [-10.0; -0.7] |
Interferência | 4.9 | 11.6 | -6.7 [-11.6; -1.9] |
Pontuação geral | 8.7 | 14.7 | -6.0 [-10.0; -2.1] |
a GHD-CTB (do inglês Growth Hormone Deficiency – Child Treatment Burden).
b GHD-PTB (do inglês Growth Hormone Deficiency – Parent Treatment Burden).
*Baixas pontuações indicam melhora.
ETD (do inglês estimated treatment difference).
82% dos cuidadores de pacientes pediátricos que mudaram de somatropina diária preferiram Somapacitana uma vez por semana usando o PPQ (do inglês Patient Preference Questionnaire).
89% dos que preferiram Somapacitana uma vez por semana, indicaram que seriam mais aderentes à terapia do que a somatropina diária.
Em um estudo controlado por placebo (duplo-cego) e com controle ativo (aberto) de 34 semanas, 301 pacientes adultos com deficiência do hormônio do crescimento sem tratamento prévio foram randomizados (2:1:2) e expostos à somapacitana ou placebo uma vez por semana ou somatropina diariamente por um período de tratamento de 34 semanas (fase principal do estudo clínico). A população de pacientes tinha uma idade média de 45,1 anos (faixa de 23 a 77 anos; 41 pacientes tinham 65 anos ou mais), 51,7% eram do sexo feminino e 69,7% tinham deficiência do hormônio do crescimento de início na fase adulta.
Um total de 272 pacientes adultos com deficiência do hormônio do crescimento que concluíram a fase principal de 34 semanas continuaram em um período de extensão aberto de 53 semanas. Os participantes em uso de placebo foram transferidos para somapacitana e os pacientes em uso de somatropina foram randomizados novamente (1:1) para somapacitana ou somatropina.
Os efeitos clínicos observados para os principais desfechos primários na fase de tratamento principal (Tabela 6) e na fase de tratamento de extensão (Tabela 7) estão apresentados abaixo.
Tabela 6. Resultados em 34 semanas
Alteração em relação à avaliação basal em 34 semanasa | Somapacitana | Somatropina | Placebo | Diferença somapacitana - placebo [IC de 95%] valor-p | Diferença somapacitana - somatropina [IC de 95%] |
Número de participantes (N) | 120 | 119 | 61 | - | - |
% de gordura troncular (desfecho primário) | -1,06 | -2,23 | 0,47 | -1,53 [-2,68; -0,38] 0,0090b | 1,17 [0,23; 2,11] |
Tecido adiposo visceral (cm2) | -10 | -9 | 3 | -14 [-21; -7] | -1 [-7; 4] |
Massa muscular esquelética apendicular (g) | 558 | 462 | -121 | 679 [340; 1.019] | 96 [-182; 374] |
Massa corporal magra (g) | 1.394 | 1.345 | 250 | 1.144 [459; 1.829] | 49 [-513; 610] |
Nível de PDP do IGF-I | 2,40 | 2,37 | -0,01 | 2,40 [2,09; 2,72] | 0,02 [-0,23; 0,28] |
a Os parâmetros de composição corporal baseiam-se em exame de absorciometria de raio-x com dupla energia (DXA, do inglês Dual-Energy X-Ray Absorptiometry).
b A análise primária foi uma comparação das alterações em relação à avaliação basal de somapacitana e placebo na % de gordura troncular. As alterações na % de gordura troncular desde a avaliação basal até as medições de 34 semanas foram analisadas usando um modelo de análise de covariância com tratamento, tipo de início da deficiência do hormônio do crescimento, sexo, região, DM e sexo por região por interação do DM como fatores e a avaliação basal como covariável, incorporando uma técnica de imputação múltipla em que os valores ausentes da semana 34 foram imputados com base nos dados do grupo do placebo.
Abreviações: N = número de participantes no conjunto de análise completo, IC = intervalo de confiança, DM = diabetes mellitus. PDP do IGF-I: escore de desvio padrão do fator-I de crescimento semelhante à insulina.
A análise de subgrupos post-hoc das alterações em relação à avaliação basal na porcentagem de gordura troncular (%) em comparação ao placebo na semana 34 revelou uma diferença de tratamento estimada (somapacitana-placebo) de -2,49% [-4,19; -0,79] em homens, -0,80% [-2,99; 1,39] em mulheres que não receberam estrogênio oral, -1,44% [-3,97; 1,09] em mulheres recebendo estrogênio oral.1
Tabela 7. Resultados em 87 semanas
Alteração em relação à avaliação basal em 87 semanasa | Somapacitana/ somapacitana | Somatropina/ somatropina | Placebo/ somapacitana | Somatropina/ somapacitana | Diferença somapacitana/ somapacitana vs. somatropina/somatropina [IC de 95%] |
Número de participantes (N) | 114 | 52 | 54 | 51 | - |
% de gordura troncular | -1,52 | -2,67 | -2,28 | -1,35 | 1,15 [-0,10; 2,40] |
Tecido adiposo visceral (cm2) | -6,64 | -6,85 | -10,21 | -8,77 | 0,22 [-10; 10] |
Massa muscular esquelética apendicular (g) | 546,11 | 449,09 | 411,05 | 575,80 | 97,02 [-362; 556] |
Massa corporal magra (g) | 1.739,05 | 1.305,73 | 1.660,56 | 1.707,82 | 433,32 [-404; 1.271] |
a Os parâmetros de composição corporal são baseados no exame de DXA.
Na fase principal do estudo clínico, os valores de PDP do IGF-I de 0 e maiores foram, em geral, alcançados em 53% dos participantes do estudo com deficiência do hormônio do crescimento em adultos tratados com somapacitana após um período de titulação da dose de 8 semanas. Essa proporção, no entanto, foi menor em subgrupos específicos, como mulheres em uso de estrogênio oral (32%) e pacientes com início de deficiência do hormônio do crescimento na infância (39%) (Tabela 8). As análises de simulação post-hoc indicaram que as proporções de pacientes adultos com deficiência do hormônio do crescimento que alcançaram níveis de PDP do IGF-I acima de 0 devem ser maiores caso a titulação da dose de somapacitana além de 8 semanas seja permitida. Nesta análise de simulação, presumiu-se que a titulação da dose de somapacitana foi bem tolerada em todos os pacientes até que o intervalo alvo de PDP do IGF-I ou uma dose de somapacitana de 8 mg por semana fosse alcançada.1
Tabela 8. Proporções de pacientes adultos com deficiência do hormônio do crescimento tratados com somapacitana com níveis de PDP do IGF-I acima de 0
Subgrupos | Homens | Mulheres sem uso de estrogênio oral | Mulheres em uso de estrogênio oral | Adultos com deficiência do hormônio do crescimento de início na infância | Adultos com deficiência do hormônio do crescimento de início na fase adulta | Todos |
Observadosa | 71% | 46% | 32% | 39% | 60% | 53% |
Simulações post-hoc | 100% | 96% | 70% | 84% | 92% | 90% |
a O estudo foi desenhado para titular para um nível de PDP do IGF-I acima de -0,5.
A dose de manutenção varia de pessoa para pessoa e entre pacientes do sexo masculino e feminino. A dose de manutenção média de somapacitana observada nos estudos clínicos de fase 3 foi de 2,4 mg/semana.
Referências Bibliográficas
1. Johannsson G, Gordon MB, Højby Rasmussen M, Håkonsson IH, Karges W, Sværke C, Tahara S, Takano K, Biller BMK. Once-weekly Somapacitan is Effective and Well Tolerated in Adults with GH Deficiency: A Randomized Phase 3 Trial. J Clin Endocrinol Metab. 2020 Apr 1;105(4):e1358–76. doi:10.1210/clinem/dgaa049. PMID: 32022863; PMCID: PMC7076631.
2. A Trial Comparing the Effect and Safety of Once Weekly Dosing of Somapacitan With Daily Norditropin® in Children With Growth Hormone Deficiency (REAL 4).
3. A Trial Investigating Efficacy and Safety of Once-weekly NNC0195-0092 (Somapacitan) Treatment Compared to Daily Growth Hormone Treatment (Norditropin® FlexPro®) in Growth Hormone Treatment naïve Pre-pubertal Children With Growth Hormone Deficiency naïve Pre-pubertal Children With Growth Hormone Deficiency (REAL 3).
A somapacitana é um derivado do hormônio do crescimento humano recombinante de ação prolongada. Ela consiste em 191 aminoácidos semelhantes ao hormônio do crescimento humano endógeno, com uma única substituição na estrutura principal do aminoácido (L101C) à qual um componente de ligação à albumina foi acoplado. O componente de ligação à albumina (cadeia lateral) consiste em um componente de ácido graxo e um espaçador hidrofílico ligado à posição 101 da proteína.
O mecanismo de ação da somapacitana ocorre diretamente via receptor do GH (do inglês growth hormone) e/ou indiretamente via IGF-I produzido nos tecidos em todo o organismo, mas predominantemente pelo fígado.
Quando a deficiência do hormônio do crescimento é tratada com somapacitana, é alcançada uma normalização da composição corporal (ou seja, diminuição da massa de gordura corporal, aumento da massa corporal magra) e da ação metabólica.
A somapacitana distribui-se para a zona hipertrófica e esponjosa primária na epífise da tíbia proximal de ratos hipofisectomizados com deficiência de hormônio do crescimento. A distribuição da somapacitana nos tecidos periféricos é comparável à do hormônio do crescimento endógeno.
A somapacitana estimula o crescimento esquelético em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento através dos efeitos nas placas de crescimento (epífises) dos ossos.
O IGF-I é um biomarcador geralmente aceito para avaliação de eficácia na deficiência do hormônio do crescimento.
Uma resposta do IGF-I dependente da dose é induzida após a administração de somapacitana. Um padrão de estado de equilíbrio é alcançado nas respostas do IGF-I após 1 a 2 doses semanais.
Os níveis de IGF-I flutuam durante a semana. A resposta do IGF-I é máxima após 2 a 4 dias. Em comparação com o tratamento diário com GH, o perfil do IGF-I da somapacitana difere, consulte a Figura 1.
Em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento, a somapacitana produz uma resposta de IGF-I linear à dose, com uma alteração de 0,02 mg/kg em média, resultando em uma alteração na pontuação de desvio padrão (SDS) do IGF-I de 0,32.
Figura 1. Perfis de IGF-I derivados do modelo durante o estado de equilíbrio da somapacitana e somatropina (baseado em dados da deficiência do hormônio do crescimento em adultos)
A somapacitana possui propriedades farmacocinéticas compatíveis com a administração uma vez por semana. A ligação reversível à albumina endógena retarda a eliminação da somapacitana e, portanto, prolonga a meia-vida in vivo e a duração da ação.
A farmacocinética da somapacitana após a administração subcutânea foi investigada em níveis de dose de 0,02 a 0,16 mg/kg/semana na população pediátrica, de 0,01 a 0,32 mg/kg em adultos saudáveis e em doses de até 0,12 mg/kg em adultos com deficiência do hormônio do crescimento.
Em geral, a somapacitana exibe farmacocinética não linear, mas na faixa de dose clinicamente relevante de somapacitana em adultos com deficiência do hormônio do crescimento, a farmacocinética da somapacitana é aproximadamente linear.
Em pacientes adultos e pediátricos com deficiência do hormônio do crescimento, o tmáx mediano variou de 4 a 24 horas em doses de 0,02 mg/kg/semana a 0,16 mg/kg/semana.
A exposição em estado de equilíbrio foi alcançada após 1 a 2 administração(ões) semanal(is).
A biodisponibilidade absoluta da somapacitana em humanos não foi investigada.
A somapacitana se liga majoritariamente (> 99%) às proteínas plasmáticas e espera-se que seja distribuída como a albumina. Com base nas análises da farmacocinética populacional, o volume de distribuição estimado (V/F) foi de 1,7 L em pacientes pediátricos com deficiência do hormônio do crescimento e 14,6 L em adultos.
Após uma dose única de 0,16 mg/kg/semana, a meia-vida terminal foi de 34 horas em pacientes pediátricos com deficiência de hormônio do crescimento.
A meia-vida terminal foi estimada com médias geométricas variando de aproximadamente 2 a 3 dias em estado de equilíbrio em pacientes com deficiência do hormônio do crescimento (doses: 0,02 a 0,12 mg/kg).
A somapacitana estará presente na circulação por aproximadamente 2 semanas após a última dose. Foi observado pouco ou nenhum acúmulo (razão de acúmulo médio: 1 a 2) de somapacitana após doses múltiplas em pacientes com deficiência do hormônio do crescimento.
A somapacitana é extensivamente metabolizada pela degradação proteolítica e clivagem da sequência ligante entre o peptídeo e o ligante de albumina.
A somapacitana foi extensivamente metabolizada antes da excreção e nenhuma somapacitana intacta foi encontrada na urina, que foi a principal via de excreção (81%), nem nas fezes, onde 13% do material relacionado à somapacitana foi encontrado, indicando biotransformação completa antes da excreção.
Com base na análise farmacocinética populacional, sexo, raça e peso corporal não apresentam efeito clinicamente significativo na farmacocinética após a dosagem baseada no peso.
Indivíduos com mais de 60 anos de idade têm maior exposição (29%) do que indivíduos mais jovens recebendo a mesma dose de somapacitana. Uma dose inicial menor para indivíduos com mais de 60 anos de idade está descrita no item “8. Posologia e Modo de Usar”.
Indivíduos do sexo feminino e, em específico, indivíduos do sexo feminino recebendo estrogênio oral, apresentaram exposição menor (53% para mulheres recebendo estrogênio oral e 30% para mulheres não recebendo estrogênio oral) do que indivíduos do sexo masculino na mesma dose de somapacitana. O item “8. Posologia e Modo de Usar” descreve uma dose inicial mais alta para mulheres em uso de estrogênio oral.
Não houve diferença na exposição da somapacitana e resposta do IGF-I entre indivíduos japoneses e brancos. Apesar de uma exposição maior em asiáticos não japoneses em comparação com brancos na mesma dose de somapacitana, brancos, japoneses e asiáticos não japoneses precisaram das mesmas doses para atingir níveis semelhantes de IGF-I. Portanto, não há recomendação de ajuste de dose com base na raça.
A etnia (hispânica ou latina 4,5% (15 indivíduos receberam somapacitana)) não foi investigada devido ao pequeno tamanho da amostra no programa de desenvolvimento.
Apesar de uma maior exposição em indivíduos com baixo peso corporal em comparação com os de alto peso corporal na mesma dose de somapacitana, os indivíduos precisaram das mesmas doses para atingir níveis semelhantes de IGF-I em toda a faixa de peso corporal de 35 kg a 150 kg. Portanto, não há recomendação de ajuste de dose com base no peso corporal.
Uma dose de somapacitana de 0,08 mg/kg em estado de equilíbrio resultou em exposições mais elevadas em indivíduos com insuficiência renal, mais acentuada em indivíduos com insuficiência renal grave e naqueles que necessitavam de hemodiálise, nos quais as razões da AUC0-168h para função renal normal foram de 1,75 e 1,63, respectivamente. Em geral, a exposição da somapacitana tendeu a aumentar com a diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG). Foram observados níveis mais elevados de IGF-I AUC0-168h em indivíduos com insuficiência renal moderada e grave e naqueles que necessitavam de hemodiálise, com índices para função renal normal de 1,35, 1,40 e 1,24, respectivamente. Devido ao modesto aumento observado no IGF-I combinado com as baixas doses iniciais recomendadas e a titulação da dose individual de somapacitana, não há recomendação de ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal.
Uma dose de somapacitana de 0,08 mg/kg em estado de equilíbrio resultou em maior exposição em indivíduos com insuficiência hepática moderada, com razões para função hepática normal de 4,69 para AUC0-168h e 3,52 para Cmáx. Foram observados níveis mais baixos de IGF-I estimulados por somapacitana em indivíduos com insuficiência hepática leve e moderada em comparação com indivíduos com função hepática normal (índices para função normal foi de 0,85 para leve e 0,75 para moderada). Devido à modesta diminuição observada no IGF-I combinado com a titulação da dose individual de somapacitana, não há recomendação de ajuste da dose em pacientes com insuficiência hepática.
Os dados pré-clínicos não revelaram nenhum risco especial para humanos com base em estudos convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de doses repetidas, genotoxicidade ou desenvolvimento pré e pós-natal. Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com a somapacitana.
Não foram observados efeitos adversos na fertilidade masculina e feminina em ratos com uma dose que resultou em exposição pelo menos 13 e 15 vezes maior do que a exposição clínica máxima esperada a 8 mg/semana para machos e fêmeas, respectivamente. No entanto, um ciclo estral irregular em fêmeas foi observado em todas as doses tratadas.
Nenhuma evidência de dano fetal foi identificada quando ratas e coelhas grávidas receberam somapacitana por via subcutânea durante a organogênese em doses que levaram a exposições bem acima da exposição esperada na dose clínica máxima de 8 mg/semana (pelo menos 18 vezes). Em doses altas que levaram a exposições pelo menos 130 vezes acima da exposição clínica máxima esperada de 8 mg/semana, foram observados ossos longos curtos/tortos/espessos em filhotes de ratas fêmeas recebendo somapacitana. Sabe-se que tais achados em ratos se resolveram após o nascimento e devem ser considerados como malformações menores, e não anomalias permanentes.
O crescimento fetal foi reduzido quando coelhas grávidas receberam doses de somapacitana por via subcutânea em exposições pelo menos 9 vezes acima da exposição esperada na dose clínica máxima de 8 mg/semana.
Em ratas lactantes, o material relacionado à somapacitana foi secretado no leite, mas em um nível menor do que o observado no plasma (até 50% do nível no plasma).
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 28 de Março de 2024